quarta-feira, 31 de março de 2021

Oposição protocola pedido de impeachment de Bolsonaro

Postado por Magno Martins em 31.03.2021. 

Com edição de Ítala Alves

Líderes da oposição e da minoria no Congresso protocolaram, hoje, na Câmara dos Deputados, mais um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O pedido aponta a prática de crimes de responsabilidade relacionados às demissões de Fernando Azevedo, do Ministério da Defesa, e dos três comandantes das Forças Armadas.

O documento é assinado pelos seguintes parlamentares:

  • Randolfe Rodrigues, senador (REDE/AP);
  • Jean Paul Prates, senador (PT/RN);
  • Alessandro Molon, deputado (PSB/RJ);
  • Marcelo Freixo, deputado (PSOL/RJ);
  • Arlindo Chignalia, deputado (PT/SP).

Cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidir se aceita ou não um pedido de impeachment.

Argumentos – Os parlamentares apontam que Jair Bolsonaro infringiu sete normas previstas na lei que define os crimes de responsabilidade, como atentar contra o livre exercício do poder Judiciário, Legislativo e dos Estados; tentar subverter por meios violentos a ordem política e social; incitar militares à desobediência; e provocar animosidade entre as classes armadas.

Segundo o pedido, ao promover a troca no comando do Ministério da Defesa e de todas as Forças Armadas, o "Presidente da República parece pretender se utilizar das autoridades sob sua supervisão imediata para, literalmente, praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua".

O documento também destaca que a troca do comando do Ministério da Defesa e em todos os comandos das Forças Armadas pode incitar militares à desobediência.

"Trata-se do fenômeno de tentativa de cooptação dos quartéis, incitando uma espécie de revolta natural de militares com o status quo, para que almejem à mudança e à ruptura da condução dos rumos da história", diz o pedido.

Anvisa autoriza uso emergencial da vacina da Janssen contra a Covid-19

 

Yahoo, Redação Notícias

qua., 31 de março de 2021

Nesta terça-feira (30), a Anvisa havia concedido certificado de boas práticas de fabricação à Janssen-Cilag Farmacêutica, produtora da vacina Janssen contra a Covid-19 (Foto: AP Photo/Ted S. Warren).




·         A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial da vacina contra a Covid-19 da farmacêutica Janssen, empresa do grupo Johnson & Johnson. 

·         A entrega das vacinas deve começar em julho. Até setembro, devem ser entregues 16,9 milhões de doses. Em seguida, de outubro a dezembro, são esperadas mais 21,1 milhões de doses

·         A vacina Janssen é o terceiro imunizante que tem o uso emergencial aprovado no Brasil, ao lado da CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e a AstraZeneca, da Universidade de Oxford

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta quarta-feira (31), o uso emergencial da vacina contra a Covid-19 da farmacêutica Janssen, empresa do grupo Johnson & Johnson. Com a decisão, a vacina de uma dose pode agora ser aplicada na população brasileira.

Por unanimidade, os cinco membros da Diretoria Colegiada se manifestaram a favor do uso temporário do imunizante, garantindo assim a liberação do uso emergencial — eram necessários, ao menos, três votos favoráveis para liberar a vacina.

A entrega de 38 milhões de doses do imunizante, que faz parte do Plano Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, deve começar em julho. Até setembro, devem ser entregues 16,9 milhões de doses. Em seguida, de outubro a dezembro, são esperadas mais 21,1 milhões de doses.

De acordo com os relatórios, o imunizante apresentou eficácia global de 66,9% em adultos com idade igual ou acima de 18 anos, mas a agência alertou que ainda há incerteza sobre a eficácia da vacina contra novas variantes do coronavírus.

De acordo com a Anvisa, a vacina será aplicada em dose única de 0,5 ml em pessoas com 18 anos ou mais, apenas por injeção intramuscular.

terça-feira, 30 de março de 2021

Troca simultânea nos três comandos das Forças Armadas é inédita no País

 

ESTADÃO - João Prata

© Dida Sampaio|Estadão Edson Pujol, do Exército, Moretti Bermudes, da Aeronáutica, e Ilques Barbosa, da Marinha


troca simultânea nos três comandos das Forças Armadas anunciada nesta terça-feira, 30, pelo Ministério da Defesa é inédita no País. Criada em 1999 no governo Fernando Henrique Cardoso, a pasta confirmou as saídas de Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa Júnior (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica). Os três foram demitidos por não concordar com a politização dos militares desejada pelo presidente Jair Bolsonaro, como revelou o Estadão.

O encontro aconteceu um dia depois de Bolsonaro demitir Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa. “Preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, escreveu Azevedo ao comunicar sua saída.

 O professor de relações internacionais da ESPM Gunther Rudzit disse que o episódio expõe uma crise entre governo e militares. "Nunca houve mudança nos três comandos simultâneas, com agravante ainda de ter havido a troca do ministro da Defesa. Fica claro que existe uma crise entre o governo e as Forças Armadas. É o agravamento do isolamento político do presidente. É a indicação de que o Bolsonaro está ficando isolado e dependente cada vez mais do Centrão", disse.

Para Rudzit, o momento indica que a crise política no Brasil também é inédita. Segundo ele, “muito mais profunda até do que na época do governo de Fernando Collor”, que terminou com a renúncia do presidente em 1992. “Em nenhum momento no governo Collor houve crise com as forças armadas. Naquele momento o Brasil tinha acabado de ter a democratização. A imagem dos militares estava muito desgastada”.

O professor da ESPM vê três alternativas para contornar o problema: “impeachment, renúncia do presidente ou o presidente mudar de atitude. A mudança de atitude não é só uma tentativa de não politização das Forças Armadas. É o grupo ligado ao presidente, especialmente também ligado aos filhos do presidente, não incentivar as rebeliões das PMs pelo Brasil. Isso é algo que opõe radicalmente as Forças Armadas e o presidente e que gera uma desestabilização de ordem jurídica do País.”

EM TEMPO: Para desatar esse nó, basta os milhares de militares desembarcarem do governo Bolsonaro e deixá-lo sozinho com o Centrão. É um santo remédio.

 

Humilhados por Bolsonaro, chefes militares entregam suas cabeças

  


                                                                                Yahoo Notícias, 
Matheus Pichonelli     
ter., 30 de março de 2021. 

O presidente Jair Bolsonaro se cercou de generais. Adriano Machado/Reuters

Na peça “A Visita da Velha Senhora”, de Friedrich Dürrenmatt, a herdeira de um rico empresário volta à sua cidade-natal, Guellen, após muitos anos, em um momento peculiar. Decadente, o vilarejo enfrenta uma aguda crise econômica e seus moradores não demoram a vislumbrar, na visita da antiga moradora e sua fortuna, as esperança de retorno aos tempos gloriosos.

Claire (ou Karla, na adaptação para o cinema de 1964 com Ingrid Bergman) faz com que todos imaginem um alinhamento natural em direção aos mesmos desejos por dias melhores, mas ela está lá por outra razão: humilhar um antigo amante que a fez deixar a cidade em desgraça e pelas portas dos fundos. A condição para abrir a carteira em benefício da localidade é que o personagem seja condenado à morte.

Iletrado, é improvável que Jair Bolsonaro conheça a peça ou o filme. Seria menos arriscado dizer que ele a atualiza para os novos tempos por obra do inconsciente. Sim, até ele deve ter um.

Saído do Exército após ser acusado de indisciplina e insubordinação, o “mau militar” (palavras de Ernesto Geisel) suspeito de planejar explosões em unidades militares se converteu no rico visitante à velha cidade ao ser eleito presidente da República. Chegou não como viúva, mas como recém-casado com um anel valioso no dedo chamado Paulo Guedes. Com o trunfo ele prometia retomar a ordem e fazer jorrar dinheiro pelas burras com as bombas de seu Posto Ipiranga.

Um trailer do espírito vingativo do personagem, mal disfarçado como projeto de nação, foi visto quando humilhou publicamente, na reunião de 22 de abril, o seu ministro da Justiça, Sergio Moro, a quem havia batido continência em um café do Congresso e foi ignorado em seus tempos de deputado. O troco veio a coice de cavalão —seu apelido, aliás, antes de subir a capitão.

Faltavam os generais.

Um deles assumiu a vice-presidência e é desmoralizado dia sim, dia não, pelo chefe. Quem disse que um capitão não pode mandar um quatro estrelas calar a boca?

No alto comando das Forças Armadas, virou jura de morte uma certa análise de conjuntura de ex-integrantes do governo petista após o impeachment. Eles lamentavam não ter feito mais para mudar a cartilha ideológica corrente nos quartéis, vista como um entulho intacto da Guerra Fria. A análise feriu os brios dos generais. Onde já se viu querer mexer em nossa doutrina?

Troca na Defesa denuncia crise militar e marca divisão entre generais sobre radicalismo de Bolsonaro

EL PAÍS - Carla Jiménez

© EVARISTO SA (AFP) O general Fernando Azevedo e Silva, de saída do Ministério da Defesa.

A segunda-feira parecia agitada pela notícia da saída do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Mas foi a carta de demissão do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, que revelou o tamanho do caos no Governo Bolsonaro. 

Num momento de turbulências em Brasília com a pressão pela gestão pífia da pandemia de covid-19, a saída de Azevedo, amigo de longa data do presidente Jair Bolsonaro, mostrou que a estabilidade do Governo está cambaleante neste final de março. A leitura é clara: quando o ministro que dirige as Forças Armadas pede para sair de um Governo dominado por militares há uma discrepância maior do que parecia sobre os rumos da instituição. 

O anúncio de última hora de uma reunião dos três comandantes das Forças Armadas aumentaria a tensão. Nesta terça, confirmou-se que o trio desembarca do Governo Bolsonaro. “O Ministério da Defesa (MD) informa que os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão substituídos. A decisão foi comunicada em reunião realizada nesta terça-feira (30), com presença do Ministro da Defesa nomeado, Braga Netto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos Comandantes das Forças”, avisou o comunicado.

 “Esta é uma crise militar séria”, diz João Roberto Martins Filho, estudioso das Forças Armadas no Brasil, organizador do livro recém lançado Os militares e a crise brasileira (Alameda Editorial). “É a primeira vez desde a redemocratização que acontece isso. O que falta desvendar é o que Bolsonaro vai fazer”, diz Martins Filho. Ao que tudo indica, a falta de posicionamento diante de anúncios radicais do Governo Bolsonaro estaria cobrando seu preço, culminando na saída de Azevedo.

Defesa anuncia saída dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica

Yahoo Notícias, João de Mari

ter., 30 de março de 2021

Comandantes da Marinha, Ilques Barbosa; do Exército, Edson Pujol; da Aeronáutica, Antônio Carlos Moretti Bermudez (Foto: Fábio Rodrigues Pozzobom/Agência Brasil)



 O Ministério da Defesa anunciou a saída dos comandantes das três Forças Armadas: Exército, Marinha e Aeronáutica

  É primeira vez desde 1985 que os comandantes das três Forças Armadas deixam o cargo ao mesmo tempo sem ser em      troca de governo

 O anúncio acontece um dia após o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ter deixado o cargo; Bolsonaro estaria insatisfeito com o afastamento das Forças Armadas do governo

Ministério da Defesa anunciou, nesta terça-feira (30), a saída dos comandantes das três Forças Armadas: Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica).

"O Ministério da Defesa (MD) informa que os Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica serão substituídos", diz trecho do comunicado oficial da pasta.

É primeira vez desde 1985 que os comandantes das três Forças Armadas deixam o cargo ao mesmo tempo sem ser em troca de governo.

No documento, o ministério não informou o motivo da saída dos três e também não anunciou os substitutos.

O anúncio acontece um dia após o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, ter deixado o cargo. No lugar dele, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já nomeou o general da reserva Walter Souza Braga Netto, que até então comandava a Casa Civil.

De acordo com a Defesa, a decisão foi comunicada em reunião com presença do Ministro da Defesa nomeado, Braga Neto, do ex-ministro, Fernando Azevedo, e dos Comandantes das Forças.

Horas depois do anuncio da saída, no entanto, o jornal Folha de S. Paulo noticiou que Bolsonaro decidiu demitir o ministro da Defesa, porque estava insatisfeito com o afastamento do serviço ativo das Forças Armadas do governo

Reação à saída de Azevedo e Silva

Militares se unem ao Judiciário e ao Legislativo para dizer ‘não’ aos absurdos de Bolsonaro

 ESTADÃO - Eliane Cantanhêde 

O cerco do Congresso, dos tribunais superiores, de diplomatas, médicos, enfermeiros, ambientalistas, economistas, advogados, banqueiros e grandes empresários gerou um grito uníssono em Brasília: Basta! Basta de desgoverno, basta de delírios ideológicos e ameaças golpistas, basta de afundar o Brasil no cenário internacional. Há uma exaustão.

Nada, porém, foi mais estridente do que a demissão do ministro da Defesa, general de quatro-estrelas Fernando Azevedo e Silva, da reserva, que confirmou a crescente insatisfação das Forças Armadas com o governo e com o próprio capitão insubordinado Jair Bolsonaro. Nem os militares aguentam mais.

Ordem, progresso, disciplina e hierarquia, sim, sempre. Mas Azevedo e Silva não segue a cartilha da submissão, da humilhação, da continência incondicional do general Eduardo Pazuello: “um manda, outro obedece”. Para o agora ex-ministro, a lealdade das Forças Armadas não é com o governo de plantão, muito menos com um governo errático e de viés autoritário. É com o Brasil.

Demorou, mas Azevedo e Silva cansou e ele não está sozinho ao negar ao presidente um alinhamento automático que engula os brios e os princípios das Forças Armadas para participar de qualquer tipo de ameaça ao País. Além de agir em acordo com o comandante Edson Pujol e o Alto Comando do Exército, o general teve apoio durante todo esse tempo também das duas outras Forças.

Na Marinha e na Aeronáutica concentram-se a insatisfação com a falta de compostura do presidente e a indignação com as menções recorrentes às Forças Armadas para ameaças e chantagens políticas. Mas, enquanto elas exibiam independência e distância, o Exército foi sendo sugado para o centro da política. Isso tem bônus: cargos, soldos, privilégios no Orçamento e nas reformas e a falsa sensação de poder. Mas o ônus não compensa: a perda de imagem, o uso da sua marca com intenções espúrias.

Com a demissão do general Azevedo e Silva os militares demonstram ao povo brasileiro que estão firmemente comprometidos com suas funções constitucionais, seus compromissos institucionais e a democracia. Unem-se, assim, a uma ampla parcela da sociedade que não suporta mais tantos desmandos, absurdos e erros, justamente numa pandemia com mais de 300 mil mortos.

A sensação é inevitável: quando o ministro da Defesa cai, mais um ministro da Saúde na pandemia cai e desabam o chanceler Ernesto Araújo, o ministro da Justiça, André Mendonça, e o advogado-geral da União, José Levi, é porque o governo está se desmilinguindo. Sem falar na fila de demissionários do Posto Ipiranga. Só falta o dono do posto.

Agora é preciso ver o que será construído no lugar. Não está claro se Bolsonaro vai trocar só o chanceler ou a política externa. Se muda o AGU para pintar e bordar a favor dos filhos no Judiciário e para perseguir os governadores no Superior Tribunal de Justiça.

O que está muito claro é que o general Braga Netto, que vai para a Defesa, vai encontrar o ambiente militar contaminado pela política, dividido, polarizado. E vai enfrentar, sobretudo, uma dúvida que não é apenas das Forças Armadas, mas de toda a Nação: ele assume para fazer o jogo sujo que o general Azevedo Silva teve a dignidade de se recusar a fazer?

O imbróglio militar e a pressão política inviabilizaram a ida do almirante Flávio Rocha para o Itamaraty. Se já resistia abertamente à presença de um oficial de quatro-estrelas da ativa no Planalto, a Marinha não admitiria que ele assumisse a vaga de chanceler depois da demissão do ministro da Defesa. O trauma Azevedo e Silva cristaliza a mania de Bolsonaro de exigir submissão incondicional, principalmente nos erros, nos absurdos. Assim, tudo muda, mas não se sabe o que muda.

EM TEMPO: O certo seria os militares desembarcarem do governo Bolsonaro, entregando os cargos aos civis. Voltando para os quartéis. 

segunda-feira, 29 de março de 2021

Procuradora diz a Dallagnol que Lava Jato ‘ajudou a eleger’ Bolsonaro, revela mensagens

 ISTO É - Da Redação 

A procuradora Jerusa Viecili disse para o procurador Deltan Dallagnol, em março de 2019, que a Operação Lava Jato ‘ajudou a eleger’ o presidente Jair Bolsonaro. A mensagem, obtida por um hacker, faz parte de material da Operação Spoofing e foi entregue pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o STF nesta segunda-feira (29). As informações são de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

“Temos que entender que a FT (Força Tarefa) ajudou a eleger Bozo, e que, se ele atropelar a democracia, a LJ (Lava Jato) será lembrada como apoiadora. Eu, pessoalmente, me preocupo muito com isso”, disse a procuradora no dia 28 de março.

A procuradora pediu também para que a operação se desvincule do governo Bolsonaro para não perder a credibilidade. “Delta (Deltan Dallagnol), sobre a reaproximação com os jornalistas, minha opinião é de que precisamos nos desvincular do Bozo [Jair Bolsonaro], só assim os jornalistas vão novamente ver a credibilidade e apoiar a LJ (Lava Jato) “, afirmou Jerusa. Após a mensagem, Deltan responde para a procuradora: “Isso. defender, sem atacar”, disse.

EM TEMPO: Essa ocorrência e outras semelhantes  ocorrem no Brasil porque a maioria da população brasileira é despolitizada e conservadora. A falta de cultura é cruel num país continental como o nosso. Creio que nós brasileiros(as) não merecíamos um governante tão ruim e despreparado como é o Bolsonaro. É o fim do mundo. 


Oito a cada dez pacientes intubados no Brasil com Covid morrem na UTI

 


EXTRA - Suzana Correa*

seg., 29 de março de 2021

Uma das explicações para a alta mortalidade nas UTIs brasileiras seria a política errática do governo federal em relação ao combate ao coronavírus - Foto: EVARISTO SA / AFP via Getty Images




·         Especialistas apontam ausência de profissionais treinados e problemas de gestão como alguns dos motivos para esse cenário

·         Condução errática do governo federal contribuiu decisivamente para a alta mortalidade nos leitos do país

·         Índice do Brasil é um dos maiores do mundo e supera Itália, Reino Unido, Alemanha e México

Entre novembro de 2020 e março deste ano, oito em cada dez pacientes com Covid-19 intubados em unidades de terapia intensiva (UTIs) do Brasil morreram, segundo dados do Ministério da Saúde compilados por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A taxa de mortalidade de pacientes internados no país, de 83,5%, é uma das maiores do mundo.

Especialistas dizem que a alta taxa de mortalidade é reflexo da ausência de profissionais treinados, além de problemas de gestão e justamente da longa espera por leitos nos hospitais, agravada pela escalada da doença.

Os dados sobre a mortalidade vêm do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e foram compilados por pesquisadores da Rede Brasileira de Pesquisa em Medicina Intensiva, coordenada por Fernando Bozza.

Um outro estudo do grupo, publicado na revista The Lancet Respiratory Medicine, já havia revelado que as taxas brasileiras de morte de pacientes intubados com Covid-19 entre março e 15 de novembro de 2020 era de 77,8%. O número já era superior, no período, ao do Reino Unido (69%), Itália (51,7%), Alemanha (52,8%) e México (73,7%).

Segundo Bozza, uma das explicações para a alta mortalidade nas UTIs brasileiras foi a política errática do governo federal em relação ao combate ao coronavírus:

— O Brasil perdeu muito tempo em 2020 com irrelevâncias, como medicamentos sem eficácia, e a chance de incorporar as melhores práticas e políticas que são de fato eficientes, como treinar equipes de UTI e reduzir a transmissão — afirma.

domingo, 28 de março de 2021

PCB: 99 anos de luta e história

Por: Marcelo Bamonte, membro da Comissão de Comunicação e Jornalismo do PCB

A tarefa de um comunista é infindável. Não se nasce comunista, torna-se. E é um desenvolvimento que lhe acompanha pela vida. Portanto, tendo a compreensão de que seu pleno desenvolvimento é, também, o desenvolvimento de uma base em si, o comunista compreende que suas ações, visando a constante elaboração da estratégia revolucionária e seu fortalecimento, vão além de sua vida. É necessário plantar a raiz que gere os frutos. Ser comunista é plantar, todo dia, uma nova raiz.

Como compreendido no processo dialético, a teoria sem a prática de nada vale, e a prática, sem a teoria, é cega. Dentro deste cenário, surge o Partido Comunista do Brasil (PCB), em 25 de março de 1922. Em meio ao turbilhão operário que engolfava a Rússia Soviética, recém vitoriosa após uma brutal guerra civil, com duração de três anos, a história se faria em Niterói, então capital do Estado do Rio de Janeiro, onde foi realizado o congresso fundador do Partido, com a participação de 73 militantes. O objetivo era claro: expandir o ideal da revolução socialista dentro do país, trazendo a classe trabalhadora como enfoque do processo político, introduzindo ações sistemáticas de agitação e propaganda, infiltração no movimento sindical e resistindo contra qualquer tipo de opressão, seja policial, seja no cenário da política institucional.

Completando 99 anos, a história do Partido, preenchida por nomes históricos, segue sendo um marco da resistência contra o liquidacionismo oportunista, contra as tentativas de sua destruição, e principalmente continua preenchendo e ocupando o seu papel como um dos importantes pilares da luta pela emancipação da classe trabalhadora brasileira. Da insurreição de 1935 à resistência urbana, de Trombas e Formoso ao exílio, das manifestações artísticas ao combate à ditadura, de Saldanha no Paraná a Marighella, da defesa do marxismo-leninismo e sua manutenção como estruturação interna possível para a revolução, não há um único momento decisivo do contexto político proletário em que o PCB não esteja presente, direta ou indiretamente.

Descontentes com Bolsonaro, militares articulam terceira via para eleições de 2022


dom., 28 de março de 2021

EXTRA

Um grupo de militares que ajudou a eleger o presidente Jair Bolsonaro em 2018 tem defendido a construção de uma alternativa política para a disputa do Palácio do Planalto no próximo ano. 

O movimento, encabeçado por oficiais da reserva, ganhou força depois da volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à cena com a anulação de suas condenações pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Caso consiga adesões, a articulação pode abrir uma dissidência ao plano do atual presidente de buscar um novo mandato. Na última disputa, os militares representaram um dos pilares do projeto político de Bolsonaro. 

Antes da presença massiva na gestão, na qual ocupam cerca de seis mil cargos comissionados, integrantes das Forças Armadas já vinham retomando o protagonismo político — quando foi presidente, Michel Temer escalou os generais Sérgio Etchegoyen e Joaquim Silva e Luna para o Gabinete de Segurança Institucional e o Ministério da Defesa, respectivamente.

O GLOBO ouviu sete generais e um coronel, todos da reserva, que defenderam a necessidade de uma terceira via. Seis deles já ocuparam cargos no atual governo. Quatro se manifestaram de forma reservada.

— O centro tem uma grande chance agora, porque um grupo se perdeu na corrupção e outro não sabe governar. E para que existe eleição? Para corrigir. Precisamos voltar à normalidade e ao equilíbrio — diz o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria de Governo.

O também general Maynard Santa Rosa, que ocupou a Secretaria de Assuntos Estratégicos até novembro de 2019, concorda com o colega:

— O retorno do PT seria um retrocesso inaceitável. Por sua vez, o atual governo não conseguiu honrar o próprio discurso e cumprir o que todo mundo esperava.

Katia Abreu cobra saída de 'marginal' Ernesto; chanceler convoca reunião

 

JULIA CHAIB

dom., 28 de março de 2021

 

BRASILIA, DF, BRASIL, 25-02-2021- Entrevista com a senadora Kátia Abreu (PP-TO), eleita, por aclamação, presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) para o biênio de 2021 a 2023. (Foto: Raul Spinassé/Folhapress)

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Senadores reagiram neste domingo (28) com indignação e cobraram a demissão do ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores), que fez postagens insinuando uma ligação do Senado com o lobby chinês pelo 5G, o que estaria por trás da pressão para derrubá-lo.

Araújo tem reunião marcada com toda a sua equipe de secretários nesta segunda.

Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado da República e citada nas postagens do chanceler, a senadora Katia Abreu (PP-TO) divulgou nota em que acusa Araújo de mentir e de adotar uma postura marginal.

"O Brasil não pode mais continuar tendo, perante o mundo, a face de um marginal. Alguém que insiste em viver à margem da boa diplomacia, à margem da verdade dos fatos, à margem do equilíbrio e à margem do respeito às instituições. Alguém que agride gratuitamente e desnecessariamente a Comissão de Relações Exteriores e o Senado Federal", afirmou.

De acordo com a senadora, Ernesto resumiu em um tuíte um encontro de três horas em que ela teria alertado o ministro sobre os prejuízos que um veto à China na questão 5G, entre vários outros temas.

"Se um Chanceler age dessa forma marginal com a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado da República de seu próprio país, com explícita compulsão belicosa, isso prova definitivamente que ele está à margem de qualquer possibilidade de liderar a diplomacia brasileira", afirmou, na nota.

Em áudio enviado a senadores, mais cedo, ela pediu aos colegas uma "reação séria" às postagens de Araújo, que, segundo ela, estaria afirmando que o Senado se vendeu ao lobby chinês.

Ônibus de time pernambucano quebra, e equipe chega a jogo de uber e de carona com rivais

 

ESTADÃO – Redação

© Reprodução / TV Globo Jogadores do Sete de Setembro chegando para o jogo contra o Afogados após ônibus do clube quebrar

 

 

 

Um imprevisto pouco comum aconteceu com o Sete de Setembro, time pernambucano: o ônibus que levaria a equipe até o estádio Lacerdão, para o jogo contra o Afogados pelo Campeonato Pernambucano, quebrou na porta do hotel. O clube então, teve que usar diversas soluções para os jogadores.

Os jogadores improvisaram e começaram a pedir carona para os carros de passeios que estavam na rua. Outros, foram de uber. Em determinado momento, até o ônibus do Afogados chegou para ajudar no transporte do Sete de Setembro. Por conta disso, os atletas foram chegando pouco a pouco até o Lacerdão para a partida, um de cada vez.

O ônibus do Afogados com os jogadores que faltavam chegou no estádio quando faltavam apenas 15 minutos para o horário marcado. Com o aquecimento dos jogadores do Sete de Setembro atrasado por conta do problema no transporte, foi preciso deixar o começo da partida um pouco para depois também.

Em campo, o jogo acabou empatado em 1 a 1: Fauver abriu o placar para o Afogados e Heverton, contra, deixou tudo igual para o Sete de Setembro. O Afogados ocupa a quinta colocação na tabela do Campeonato Pernambucano com cinco pontos, enquanto o Sete de Setembro tem dois pontos e está no sétimo lugar.

EM TEMPO: Garanhuns sempre está no noticiário do futebol pernambucano, pois quando não é o Prefeito querendo acessar ao Estádio esnobando "autoridade", agora é o ônibus que pifa. Só que desta vez foi parar no noticiário do jornal "ESTADÃO" de São Paulo. Salvem Garanhuns!