terça-feira, 31 de março de 2020

Deputados entregam petição com um milhão de assinaturas pedindo impeachment de Bolsonaro

Foto: Isac Nóbrega/PR


Pedido de impeachment de Bolsonaro tem mais de um milhão de assinaturas. 

Deputados vão entregar um abaixo-assinado pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro na tarde desta terça-feira (31) no Protocolo da Câmara dos Deputados. A petição com mais de um milhão de assinaturas será anexada ao pedido oficial apresentado por um grupo de parlamentares do PSOL.
O pedido sustenta que o presidente cometeu crimes de responsabilidade quando convocou protestos que pediam o fechamento do Congresso Nacional e do STF (Supremo Tribunal Federal) e por ter incentivado a quebra do isolamento contra o coronavírus que foi indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o pedido dos deputados Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP), David Miranda (RJ) e Luciana Genro (RS), o presidente colocou em risco a saúde nacional ao participar das manifestações que aconteceram no dia 15 de março. A peça dá peso grave à conduta de Bolsonaro.
Agora, o grupo vai incentivar uma campanha para que o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) receba o pedido. Já foi formalizado um pedido de reunião com Maia para que a deputada Fernanda entregue o pedido, que foi apresentado oficialmente em 18 de março, pessoalmente.


EM TEMPO: A população precisa se conscientizar que é preciso melhorar a qualidade do voto. Não devemos votar nem por emoção, nem por submissão, nem por dinheiro,  nem por ódio e nem tão pouco por religião. Comece pelo seu município. Caso você faça um Raio X dos políticos em atividade, é fácil chegarmos a conclusão que há uma enorme quantidade de votos perdidos. Chamar Bolsonaro de "Mito" é demais. Você não acha?

‘Não tenho a menor dúvida de que o presidente cometeu crimes’



Veja.com - Roberta Paduan



© Marcelo Camargo/Agência Brasil O advogado Miguel Reale Júnior durante o julgamento de impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado - 30/08/2016.

O jurista Miguel Reale Júnior foi co-autor dos dois pedidos de impeachment que resultaram na queda dos presidentes Fernando Collor de Mello, em 1991, e Dilma Rousseff, em 2016. Atualmente, Reale vem recebendo consultas “verbais e informais” de interessados em pedir um novo impedimento, o de Jair Bolsonaro. “Não tenho a menor dúvida de que, juridicamente, ele cometeu crime de responsabilidade e crime comum”, afirmou a VEJA o jurista, de sua casa em Canela, no Rio Grande do Sul. 

Segundo ele, no entanto, essa medida não deve ser considerada nesse momento. Além de o processo demorar muito, não se pode desperdiçar forças no combate à epidemia do coronavírus. “Bolsonaro usaria politicamente a ação, diria que é vítima de um golpe, e colocaria suas tropas virtuais e reais na rua para dizer que só queriam o cargo dele”.

A palavra impeachment era praticamente proibida, principalmente entre parlamentares e membros do Judiciário, mas começou a ser pronunciada nas últimas semanas, diante do comportamento do presidente Jair Bolsonaro na crise do novo coronavírus. Existem elementos para fundamentar um pedido de impedimento?  

Não tenho a menor dúvida de que juridicamente está caracterizada a afronta ao decoro, porque decoro engloba conduta, uma forma de comportamento que respeite as leis, que respeite o direito dos outros, que não deixe prevalecer os interesses pessoais de vaidade ou políticos sobre o interesse geral; decoro envolve compostura, ponderação. Há vários atos do presidente, ao longo do tempo, que ofenderam o decoro, como os insultos a jornalistas. 

Tudo isso configura quebra de decoro, mas o comportamento que ele vem tendo ao longo do mês de março, em relação à pandemia, é o mais grave de todos. O que ele fez nesse final de semana foi uma loucura. Aliás, eu já disse que o caso do Bolsonaro não é um problema de impeachment, mas de interdição (em que o Ministério Público pede que o presidente se afaste e seja submetido a um exame de sanidade mental). É um processo paranoico.

Jornalistas deixam entrevista após Bolsonaro estimular apoiadores a hostilizarem repórteres



REUTERS



© Reuters Presidente Jair Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada em Brasília.

Os jornalistas que acompanhavam a fala do presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada nesta terça-feira deixaram o local da entrevista após o presidente mais uma vez estimular apoiadores para que hostilizassem e xingassem os repórteres. 

Depois de uma pergunta sobre a postura do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem dado orientações contrárias às de Bolsonaro durante a crise do coronavírus, um dos apoiadores começou a gritar que a imprensa “colocava o povo contra o presidente”. Bolsonaro reagiu incentivando o apoiador a falar e mandando que os jornalistas ficassem quietos.

“É ele que vai falar, não é vocês não”, disse Bolsonaro.

Com isso, os apoiadores começaram a xingar os jornalistas, que se retiraram do local e ficaram ao fundo. O presidente ficou inicialmente surpreso com a reação dos repórteres, mas logo aproveitou para ironizá-los.

“Mas vão abandonar o povo? Nunca vi isso, a imprensa que não gosta do povo”, gritou Bolsonaro aos repórteres que se mantinham afastados.

Em seguida, enquanto continuava a conversar com caminhoneiros que se reuniram na porta do Alvorada, Bolsonaro continuou falando aos jornalistas.

(Reportagem de Lisandra Paraguassu)

EM TEMPO:  Esse Bolsonaro é uma fuleragem. Meu povo: “ARREPENDEI-VOS”

Ministro do STF manda PGR analisar pedido de afastamento de Bolsonaro

Foto: AP Photo/Andre Borges

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello determinou que a PGR (Procuradoria-Geral da República) analise uma notícia-crime apresentada contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A medida foi tomada pelo magistrado na última sexta-feira (27), mas acabou publicada apenas na noite desta segunda-feira (30) no sistema do Supremo.

O autor da petição é o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG). O parlamentar solicita que a Procuradoria promova denúncia contra o presidente por “histórico das reiteradas e irresponsáveis declarações" feitas por Bolsonaro sobre a pandemia do novo coronavírus.
Qualquer denúncia contra um presidente da República durante o mandato deve ser apresentada pela PGR, hoje ocupada por Augusto Aras. Se oferecida, cabe ao STF aceitá-la ou não. Em caso de Bolsonaro virar réu, um eventual processo de impeachment é votado pelo Congresso Nacional.
Segundo a petição, a "conduta irresponsável e tenebrosa" de Bolsonaro incorre no crime previsto no artigo 268 do Código Penal Brasileiro: "infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa" e prevê detenção de um mês a um ano, além de multa.
"Para que a conduta irresponsável e tenebrosa e criminosa perpetrada pela maior autoridade pública Nacional, em seus pronunciamentos, não continue a colocar em risco a saúde de todos os cidadãos brasileiros", diz a petição assinada por cinco advogados.

Coronavírus: Moro e Guedes se unem a Mandetta e isolam Bolsonaro, diz jornal


Moro e Guedes são dois dos ministros mais fortes do governo Bolsonaro (Foto: Getty Images)

O presidente Jair Bolsonaro parece estar cada vez mais isolado dentro de seu próprio governo.
Segundo a Folha de S.Paulo, os ministros Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Fazenda) se uniram nos bastidores para fortalecer o colega Luiz Henrique Mandetta (Saúde) nas ações deste na questão do distanciamento social - tendo como objetivo o combate ao novo coronavírus no Brasil.
O trio ganhou apoio de alguns setores militares e criou uma espécie de bloco oposto ao comportamento de Bolsonaro com relação ao confinamento das pessoas, medida adotada por grande parte dos países do mundo, mas muito criticada por Bolsonaro. A movimentação vem preocupando o Planalto, segundo o jornal.
Vale lembrar que nos últimos dias a cúpula do Congresso e o presidente do STF, Dias Toffoli, manifestaram apoio ao isolamento social.
Ainda de acordo com a Folha, Sergio Moro disse recentemente a alguns auxiliares próximos que estava insatisfeito com as recentes atitudes de Jair Bolsonaro, como o passeio que o presidente fez a um comércio em Brasília no domingo (29).
Além disse, o ministro da Justiça mostrou incômodo por não ter sido chamado para participar de um encontro no sábado com Gilmar Mendes e outros ministros do governo.
Guedes, outro ministro forte do atual governo, disse que não vê motivos para o País colocar fim ao isolamento, dando apoio a Mandetta e isolando ainda mais Bolsonaro.

EM TEMPO: Está  chegando ao fim, tempestivamente, o governo Bolsonaro. Deve assumir o governo o vice-presidente, o general Mourão, que não é “ouro 18”, mas quando quer tem mais lucidez do que Bolsonaro e além do mais será extinto o  tal do “Gabinete do Ódio”, ora comandado pelos filhos de Bolsonaro. Só no Brasil mesmo para existir esse tal de “Gabinete do Ódio”. Agora durma com essa bronca.

segunda-feira, 30 de março de 2020

A Morte do estudante Edson Luís, completou 52 anos em 28.03.2020


Por Airton Queiroz

O tiro que atingiu o estudante paraense de 18 anos, Edson Luís, não veio do alto.
Eu era comensal do Calabouço, pois, na época, já me tinha tornado um transposto político forçado, sem dinheiro, recém fugido do Nordeste, de onde passara meses na clandestinidade, por causa da perseguição da ditadura e motivado pela “queda” de membros dos Comitês Estadual e Universitário do Partidão (PCB) em Pernambuco, no segundo semestre de 1967. Eu era o Secretário Agitprop (Agitação e Propaganda) do Comitê Universitário.
O Calabouço era um complexo estadual de assistência estudantil, localizado em um velho prédio, alongado por um grande galpão ao lado da Avenida Marechal Câmara, no centro do Rio de Janeiro. Compreendia um verdadeiro universo de estudantes carentes de todas as partes do país e reduto de todas as esquerdas universitárias e secundaristas.
Havia, no seu interior, oficinas de diferentes tipos de artesanato, de produção rústica de livros de poesia, “salas” de aula de tudo quanto era matéria comum e esotérica, cursinhos pré-vestibular, projeção rudimentar de filmes, grupos de teatro popular, de dança, muito namoro e amor livre e, claro, comida barata, que era o principal. No Calabouço, também existia o Instituto Cooperativo de Ensino, no qual Edson Luís continuava seu curso secundário começado em sua Belém do Pará.
Comícios eram feitos quase todos os dias e noites, dentro e fora, num descampado situado à frente do galpão do Calabouço e delimitado pelo Edifício da Legião Brasileira de Assistência (LBA) e por muros de prédios que voltavam suas frentes para a Avenida General Justo.

Com Ciro e Haddad, lideranças da esquerda pedem renúncia de Bolsonaro

Fonte: Estadão

ESTADÃO - Ricardo Galhardo


Diante do crescente protagonismo de líderes de centro-direita como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na oposição a Jair Bolsonaro durante a crise do coronavírus, líderes da esquerda se uniram em um manifesto para pedir a renúncia do presidente. Segundo eles, a saída voluntária de Bolsonaro seria ¨menos custosa¨ao País. O processo de impeachment, segundo alguns signatários, paralisaria o Congresso e o país durante o combate à doença.

"Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável. Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de saúde pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários. Basta! Bolsonaro é mais que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública. Falta a Bolsonaro grandeza. Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para permitir uma saída democrática ao país. Ele precisa ser urgentemente contido e responder pelos crimes que está cometendo contra nosso povo", diz o documento.

Assinam o texto os três principais candidatos de esquerda derrotados por Bolsonaro na eleição presidencial de 2018, Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL), os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann; PDT, Carlos Lupi; PC do B, Luciana Santos; PSB, Carlos Siqueira; PSOL, Juliano Medeiros, e PCB, Edmilson Costa, além de outras lideranças da esquerda como o governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B), o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) e os ex-senadores Roberto Requião (MDB-PR) e Manuela D'Ávila (PC do B-RS).

Solidariedade à República Popular da China



O Partido Comunista Brasileiro manifesta sua total solidariedade à República Popular da China e ao Partido Comunista Chinês (PCCh) frente aos ataques desferidos por segmentos da ultradireita brasileira. Repudiamos o pronunciamento do deputado federal Eduardo Bolsonaro e as manifestações com ofensas e insultos realizadas nas cercanias da embaixada chinesa em Brasília, assim como as notícias falsas que circulam com acusações inverídicas e carregadas de preconceitos contra o povo e o governo da China.



Ao contrário do que dizem essas pessoas, a China vem demonstrando sua enorme capacidade de fazer frente à pandemia do coronavírus, já superada no país, pela utilização planejada, racional e consequente de sua economia e de seu sistema de saúde, pela eficiência na coordenação de ações na sociedade, pela imensa solidariedade e fraternidade que mantêm unidos seus cidadãos na mobilização contra o novo vírus. Mais ainda, a China se apresenta ao mundo como um bastião moral e um exemplo de solidariedade internacional, ao enviar equipes médicas, equipamentos e medicamentos para apoiar os países mais afetados pela pandemia e se colocar à disposição de todos os demais.
Viva a solidariedade internacionalista!
Partido Comunista Brasileiro
Comissão Política Nacional

Partidos de oposição decidem ingressar com notícia-crime no STF contra Bolsonaro




ESTADÃO - Ricardo Galhardo

© Marcos Pereira/ Estadão Após passagem pelo Hospital das Forças Armadas (HFA), comboio presidencial seguiu para a Ceilândia.

Os sete partidos de oposição ao governo federal (PTPDTPSBPCdoBPSOLRede e PCB) decidiram nesta segunda-feira, 30, ingressar com uma notícia crime junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Jair Bolsonaro por crime comum ao ter supostamente colocado em risco a saúde da população descumprindo orientações das autoridades sanitárias e sair para um passeio pelo Distrito Federal na manhã de domingo.

Se aprovada pelo STF e pela Câmara, a denúncia leva ao afastamento do presidente por 180 dias.
A ideia é do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão e foi aprovada na reunião dos partidos realizada na manhã desta segunda-feira. A proposta agora será avaliada pelos departamentos jurídicos das legendas antes de ser formalizada. O objetivo, segundo pessoas que participaram da reunião, é apresentar uma alternativa a setores do Centrão que querem a saída de Bolsonaro, mas são contra o impeachment por considerar que, além de demorado, o processo paralisaria o Congresso no momento em que precisam ser votadas medidas de urgência no combate à pandemia.

De acordo com a proposta discutida na reunião nesta segunda-feira, Bolsonaro seria processado com base em vários dispositivos legais, entre eles o artigo 268 do Código Penal, que prevê pena de um mês a um ano de detenção para quem “infringir determinação do poder público destinada a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa”. No domingo de manhã, Bolsonaro saiu de carro para dar um passeio pelo comércio do Distrito Federal. Ele desceu para cumprimentar apoiadores e comerciantes ambulantes, o que gerou aglomeração de pessoas.

domingo, 29 de março de 2020

Passeio de Bolsonaro contrariou Mandetta, que deve reafirmar postura pelo isolamento social, mesmo que custe sua demissão


Foto: REUTERS/Adriano Machado
Por Gerson Camarotti

Comentarista político da GloboNews, do Bom Dia Brasil, na TV Globo, e da CBN. É colunista do G1 desde 2012

29/03/2020, às  18h35  

 Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta 





passeio do presidente Jair Bolsonaro pelo comércio de Brasília neste domingo (29) provocou contrariedade no ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, segundo relatos de aliados.

Nesta segunda-feira (30), Mandetta dará uma nova entrevista coletiva para reafirmar o que disse neste fim de semana: que as pessoas devem permanecer em casa, em isolamento social, para evitar a disseminação do novo coronavírus. Ele deve enfatizar as suas recomendações técnicas, mesmo que isso signifique a sua demissão.

Pela manhã, Bolsonaro saiu do Palácio da Alvorada, e foi ao bairro Sudoeste, onde visitou uma farmácia e uma padaria. Depois, foi ao Hospital das Forças Armadas e ao centro de Ceilândia, uma das regiões administrativas do Distrito Federal. Nas ruas, a presença do presidente provocou pequenas aglomerações, indo na contramão da orientação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo interlocutores do ministro, houve forte contrariedade com o gesto do presidente. Nas palavras de um aliado, o fato de Bolsonaro ter feito o passeio por Brasília um dia depois da recomendação do ministro foi visto como um movimento para desautorizar a fala dele. “Mandetta não vai mudar de posição. Vai manter a posição da ciência, mesmo que isso signifique a sua demissão”, disse ao Blog um aliado.

A Venezuela exige respeito!





Comitê de Solidariedade à Revolução Bolivariana – RJ

A Venezuela exige respeito! O Comitê de Solidariedade à Revolução Bolivariana do Rio de Janeiro-CSRB vem expressar sua profunda indignação frente à injuriosa iniciativa do governo dos Estados Unidos da América do Norte de – à maneira dos hábitos e costumes dos tempos de barbárie da ocupação genocida do oeste do país – publicar um documento oficial oferecendo uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levem à “captura do narcotraficante” Nicolás Maduro.
Quando imaginávamos que nada mais restara no sórdido arsenal de provocações e sujeiras que o imperialismo vem usando no campo da guerra psico-ideológica que também move contra a Venezuela desde a eleição do comandante Hugo Chávez, eis que a quadrilha comandada pelo degenerado Donald Trump eleva a um ponto de absoluta desqualificação suas mentiras contra o bolivarianismo. 
Até agora, alardeavam uma falsa falta de legitimidade do presidente Maduro, sob alegação de hipotéticas – e jamais comprovadas – fraudes em sua eleição. Propagandeava também o imperialismo que Maduro chefiava o que denominam ‘narcoditadura’. Mentiras e mais mentiras na linha do princípio do chefe da propaganda de Hitler, segundo o qual uma mentira mil vezes repetida se torna uma verdade. Mas não na Venezuela. O canalha Guaidó que o diga.
A verdade é que país nenhum, em igual espaço de tempo, realizou número sequer próximo de eleições livres e limpas como a Venezuela Bolivariana. O imperialismo é mestre em inventar pretextos para o desencadeamento de guerras de pilhagem e dominação contra povos e governos que o desafiam. O exemplo da agressão covarde ao Iraque do presidente Saddam Hussein, valendo-se do pretexto abertamente mentiroso da existência de perigosíssimas armas químicas nos arsenais do país, permanece viva na memória daqueles que lutamos pela libertação do proletariado.
Agora seria a vez da Venezuela de Bolívar e Chávez. Mas não o será. Não se equivoquem, senhores imperialistas! Qualquer tentativa de agressão ao país terá apenas um resultado: o massacre inescapável dos agressores pelas mãos e armas do proletariado venezuelano. Que tentem.
Venceremos! Rio, 26/03/2020.
Diretor Internacional do Conaicop – Rubén Suaréz
Secretária executiva do Conaicop – Cristiane Camargo
https://conaicopbr.wixsite.com/conaicopbr/post/a-venezuela-exige-respeito

Vocês (ainda) estão aqui!



Coronavírus e os trabalhadores “autônomos”.

Esse escrito foi elaborado por duas pessoas que viram o filme Você não estava aqui no finalzinho de fevereiro e início de março, em sessões separadas. 
As angústias despertadas pelo filme e os incentivos de alguns amigos nos levaram a escrever essa breve crítica. Quando surgiu a ideia de escrever sobre a temática do filme, o surto do Covid-19 ainda não havia chegado a tal nível no Brasil. À época, pensamos em direcionar o texto a uma visão crítica sobre os “serviços informais” oferecidos no Brasil e dialogar com o filme. Contudo, nesses últimos dias, todas as mortes e o aumento do número de pessoas infectadas com o vírus cresceram tanto que não tem como falar da informalidade do trabalho e não relacionar com a atual crise que nos aflige. Vamos ao filme então…
Você não estava aqui, do diretor britânico Ken Loach, aborda questões relacionadas ao que tratamos como a uberização do trabalho. Logo de início, o personagem principal do filme, Ricky Turner, é convidado a embarcar em um “trabalho autônomo” numa empresa que realiza entregas em uma cidade inglesa. “Você não trabalha para nós, você trabalha conosco!” é um dos jargões utilizados pelo empregador no início do filme. O cotidiano da família Turner, Abbie (esposa), Seb (filho) e Lisa Jane (filha) vai sendo modificado pelo novo trabalho de Ricky, onde será traço marcante o constante distanciamento, pelo menos físico, e a culpabilização mútua entre seus membros.
“Você está exausto!”, diz Abbie em um dos diálogos com Ricky durante o filme. As longas jornadas de trabalho, acima das 14 horas diárias, associadas ao aumento da intensidade do trabalho, obrigam, em um dos momentos do filme, o protagonista a urinar em uma garrafa para economizar tempo. Associado a isso, a transferência dos gastos, da empresa para o trabalhador, com a saúde e responsabilidades com a escala (em caso de falta); pagamento e manutenção do carro, no caso do próprio protagonista; materiais fornecidos pela empresa e os objetos a serem entregues são determinações que desmascaram a ideologia “empreendedora” proposta no neoliberalismo. Loach, amparado na realidade dos trabalhadores de aplicativo, nos apresenta a condição de superexploração da força de trabalho.

sábado, 28 de março de 2020

“Faltam consistência e discernimento estratégico” a Bolsonaro ante coronavírus, diz militar

Andre Borges/AP Photo



RESUMO DA NOTÍCIA
·         “Faltam consistência, conhecimento, discernimento estratégico” ao presidente Jair Bolsonaro para liderar um plano de combate ao novo coronavírus.
·         Avaliação é do general da reserva Maynard Santa Rosa, ex-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência; ministros competentes geram insegurança no presidente, diz.

“Faltam consistência, conhecimento, discernimento estratégico” ao presidente Jair Bolsonaro para liderar um plano de combate ao novo coronavírus. A avaliação é do general da reserva Maynard Santa Rosa, ex-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, para quem o incômodo do ex-capitão a ministros competentes advém da insegurança.
As declarações foram dadas em entrevista à revista Época, à qual Santa Rosa, no entanto, disse ver em Bolsonaro “uma pessoa idealista, inteligente”.
“É muito intuitivo, mas não vai conseguir dar a guinada que o Brasil precisa. Ele [no governo] está prestando um serviço ao país. Depois vai ter de vir alguém com mais consistência para colocar o barco na rota. O presidente tem uma personalidade um pouco rebelde. Por um lado, pode ser bom. Por outro lado, tem esses inconvenientes. Ele teve o mérito de tirar o PT e ensejar uma mudança de ares no país. Entendo que esse governo, presidido por ele, está numa transição. Ele não tem um projeto”, admitiu.
Questionado sobre a atuação do presidente ante a crise gerada pela pandemia de coronavírus, Santa Rosa definiu: “Ele não tinha noção do problema. Agora, já faz um juízo mais adequado da situação e demonstra que tomou uma posição”, comentou. “É importante que ele esteja à frente de tudo, acho que já se recuperou dessa indecisão. Antes, foi uma espécie de imaturidade. Cabia ao presidente apoiar o ministro Luiz Henrique Mandetta e ajudá-lo a reforçar, validar o que ele estava fazendo, e não se contrapor a ele. Como ele [presidente] mostrou ambiguidade, e viu que não deu certo, caiu em si”, completou.


O general também confirmou que o presidente se incomoda demais quando um ministro se destaca – como ocorrera com o titular da Justiça, Sergio Moro, meses atrás. “Senti isso. De memória, só me lembro do caso do ministro Sergio Moro. Isso para mim significa insegurança”.

'Pula no esgoto e nada acontece': Brasil tem mais de 300 mil internações por ano por doenças causadas por falta de saneamento




BBC NEWS


© Getty Images Em 2016, houve 166,8 internações hospitalares por 100 mil habitantes no Brasil devido a doenças relacionadas à falta de saneamento.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) contrariam a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que o brasileiro seria resistente a infecções, já que "pula no esgoto e nada acontece". Em 2016, houve 166,8 internações hospitalares por 100 mil habitantes no Brasil devido a doenças relacionadas à falta de saneamento. Considerando uma população de 207,7 milhões à época, foram 346,5 mil internações hospitalares por doenças causadas por "saneamento ambiental inadequado".

Entre as doenças que levaram à internação estão diarreias, cólera, hepatite A e leptospirose (causada pela exposição à urina de animais, principalmente ratos). Os dados de 2016 são os últimos disponibilizados pelo órgão e sinalizam uma queda no número de internações ao longo dos anos.
Em 2010, foram 309,1 internações por 100 mil habitantes, ou cerca de 610 mil internações no total, considerando a população de 197 milhões à época.

Na quinta-feira (26/03), Bolsonaro disse que o brasileiro "tem que ser estudado", pois pula "no esgoto e nada acontece com ele" ao comparar a situação do Brasil com a dos Estados Unidos no combate à pandemia do novo coronavírus.
"Eu acho que não, não vamos chegar a esse ponto [tantos casos quanto os Estados Unidos], até porque o brasileiro tem que ser estudado. O cara não pega nada. Eu vi um cara ali pulando no esgoto, sai, mergulha... Tá certo?! E não acontece nada com ele", disse Bolsonaro durante entrevista realizada na porta do Palácio do Planalto, em Brasília.