sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Não ao golpe de Bolsonaro e aliados!



Ditadura Nunca Mais!
Nota Política do PCB
O Partido Comunista Brasileiro (PCB) vem a público externar o mais veemente repúdio às ações desenvolvidas nas redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro, por membros do governo e aliados, que apoiam enfaticamente a convocação de manifestações de rua que clamam pelo fechamento do Congresso Nacional.
O PCB não nutre simpatia alguma nem ilusão com o posicionamento político da imensa maioria dos integrantes do Congresso, os quais são responsáveis, juntamente com o Governo de Bolsonaro, Mourão, Guedes e Moro, pela implementação de violentos ataques aos direitos sociais e trabalhistas duramente conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras em décadas de lutas. Porém, entendemos que o chamamento feito por Bolsonaro e aliados aumenta a escalada golpista desencadeada por este governo e que vem sendo promovida através de inúmeras medidas que visam destruir a legislação social e as tímidas liberdades democráticas implantadas no Brasil com o processo que resultou na aprovação da Constituição de 1988, após as intensas batalhas travadas contra a ditadura empresarial militar imposta a partir do golpe de 1964.
O objetivo final de Bolsonaro e seus aliados, razão pela qual pretende impor uma ordem autocrática e reacionária, para calar os movimentos grevistas em curso e as lutas populares, é transformar o Brasil num país totalmente à mercê dos interesses imperialistas estadunidenses, com a entrega das riquezas nacionais, como o petróleo, a privatização plena das empresas estatais, o desmonte completo dos serviços públicos, a destruição dos direitos da classe trabalhadora, mulheres, negros e negras, povos indígenas, lgbts e juventude, tudo isso para beneficiar unicamente os interesses dos monopólios privados nacionais e estrangeiros.
A resposta à ação golpista de Bolsonaro e seus aliados deve ser dada de forma enérgica e unitária pelo conjunto dos movimentos sociais organizados, partidos da esquerda socialista, forças democráticas e organizações de luta. Não podemos nos render ao calendário eleitoral como forma de barrar a ofensiva bolsonarista. O combate à política ultraliberal, autoritária e golpista se dará por meio das mobilizações populares, nos sindicatos de trabalhadores e movimentos sociais.
Por isso devemos engrossar as manifestações que ocorrerão na primeira semana de março, em torno das comemorações pelo 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Vamos participar ativamente da construção da Greve Nacional da Educação de 18 de março e cerrar fileiras nas ruas em atos massivos em defesa dos direitos da classe trabalhadora e das liberdades democráticas.
O Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB) conclama toda a sua militância e dos nossos coletivos de luta a se engajar, juntamente com as forças políticas da esquerda socialista e das organizações democráticas, na preparação destes atos, que devem se tornar grandes manifestações populares contra o golpismo, o governo Bolsonaro-Mourão e a ameaça fascista em nosso país.
Ampla unidade na luta antifascista!
Contra o golpe de Bolsonaro e aliados!
Em defesa das liberdades democráticas e dos direitos da classe trabalhadora!
Pelo Poder Popular no rumo do Socialismo!
Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro – PCB

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

PAULO CAMELO DEFENDE 3ª VIA PELA ESQUERDA



Texto extraído do Blog do jornalista Roberto Almeida

Engenheiro Paulo Camelo (PCB) acredita que uma terceira via na eleição deste ano em Garanhuns somente será viável com uma candidatura à esquerda.

Por isso que ele defende a união, em torno da pré-candidatura do médico Pedro Veloso, do Partido dos Trabalhadores, PSOL e Partido Comunista Brasileiro, o partidão.

Camelo está disposto a apoiar o nome do cardiologista, desde que seja um projeto à esquerda, sem participação do PSB, a seu ver hoje um partido de centro.

Uma candidatura bolsonarista em Garanhuns, na visão do engenheiro, não tem a menor possibilidade de prosperar, "porque o espaço da direita já está ocupado pelo prefeito, que apoiou Jair Bolsonaro na eleição de 2018".

Caso a aliança entre os três partidos de esquerda não aconteça, o PCB então lançará candidatura própria à prefeitura.

Paulo Camelo admite, no entanto, que a eleição no município poderá polarizar na cidade entre Sivaldo Albino e Haroldo Vicente, por conta das máquinas estadual e municipal.

A seu ver o socialista ainda tem resistência na classe média, assim como o vice-prefeito, "que até hoje não conseguiu decolar por estar atrelado demais à gestão, além de ser muito fraco de discurso".

Representante do PCB está atento também a questão nacional e vê o governo de Bolsonaro com olho crítico. Ele acha que o presidente tenta formular um projeto autoritário, mas não consegue, porque não tem o apoio nem das forças armadas. "Ele convocou o povo para uma manifestação contra o Congresso e foi repreendido pelo general Santos Cruz", comentou Paulo, que abordou o assunto em seu blog.

Camelo é um defensor histórico de Garanhuns e não se conforma com o que chama de Legião Estrangeira.

Município elegeu como prefeitos políticos que nasceram em Lajedo, Calçado, Terezinha e até na Paraíba. Há 50 anos que Garanhuns não tem no Palácio Celso Galvão uma pessoa nascida na Terra de Simoa Gomes.

EM TEMPO: O PCB deverá lançar, brevemente,  pré-candidato  a Prefeito, mantendo o diálogo com o PT e o PSOL. Essa estratégia visa manter a esquerda em linha de combate caso o PT local sofra alguma pressão da sua Direção Estadual em função do alinhamento do PT com o PSB do governador  Paulo Câmara. 

PT deve entrar com processo de impeachment contra Bolsonaro, diz líder petista no Senado


Rogerio Carvalho (PT-SE) é líder do partido no Senado - Foto: Senado/Divulgação

O Partido dos Trabalhadores (PT) deve protocolar um pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assim que o recesso do carnaval terminar. O senador Rogério Carvalho (SE) líder do PT na casa confirmou a ação em entrevista ao Portal UOL.

O dia tem sido marcado pela repercussão negativa gerada depois que Jair Bolsonaro compartilhou mensagens de apoio às manifestações marcadas para 15 de março. Os atos que serão pró-governo e contra o Congresso Nacional vem sendo organizados depois que o general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), afirmou que o Legislativo estava chantageando o Executivo devido a divergências em relação a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Segundo Carvalho, a atitude do presidente ao compartilhar o vídeo é "um ato muito ofensivo à democracia e precisa de uma resposta à altura".
Parlamentares de oposição alegam que Bolsonaro pode ter cometido crime de responsabilidade ao apoiar os protestos convocados por bolsonaristas. A pena para o delito seria o impeachment, ou seja, a perda do mandato.
O PT se reunirá com outros partidos da oposição para definir quais medidas serão tomadas depois que o recesso do carnaval passar. A decisão definitiva sobre o impeachment deve ser confirmada até o início da semana que vem.
"A situação é muito grave. O que o presidente está fazendo é uma ameaça real à democracia, às instituições, e, se não tiver reação à altura, ele está testando os limites e vai adiante", afirmou o senador petista ao UOL.
Bolsonaro disse nesta quarta-feira (26) que o WhatsApp é utilizado por ele para fins pessoais e "qualquer ilação fora desse contexto são tentativas rasteiras de tumultuar a República".

EM TEMPO: Há um ditado popular que diz: “hum dia é do caçador outro dia é o da caça”. Por esta razão todos nós devemos aprender a medir nossas  palavras e gestos. Outro ditado popular afirma: “ o remédio para um doido é outro na porta”. Que o diga Bolsonaro e seu Clã para Ciro Gomes.

FHC, Lula, Ciro e OAB reagem contra apoio de Bolsonaro a ato anti-Congresso



 Folhapress 

SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Líderes políticos como os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso e o presidente da OAB manifestaram repúdio na noite desta terça-feira (25) à iniciativa do presidente Jair Bolsonaro de compartilhar vídeos convocando manifestações contra o Congresso para o próximo dia 15.
A manifestação é uma reação à fala do ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno, que chamou o Congresso de "chantagista" na semana passada.
Bolsonaro encaminhou a amigos um vídeo que convoca a população a ir às ruas para defendê-lo.
A informação foi confirmada à reportagem pelo ex-deputado federal Alberto Fraga, amigo do presidente. Outro vídeo, diferente do recebido por Fraga, mas exaltando a manifestação do dia 15, também foi compartilhado por Bolsonaro, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo.
Em mensagem em rede social nesta terça, Lula chamou o episódio de "mais um gesto autoritário de quem agride a liberdade e os direitos todos os dias".
"É urgente que o Congresso Nacional, as instituições e a sociedade se posicionem diante de mais esse ataque para defender a democracia."
Fernando Henrique Cardoso, também em rede social, disse: "A ser verdade, como parece, que o próprio Pr tuitou [na verdade, enviou a amigos por WhatsApp]convocando uma manifestação contra o Congresso (a democracia) estamos com uma crise institucional de consequências gravíssimas. Calar seria concordar. Melhor gritar enquanto de tem voz, mesmo no Carnaval, com poucos ouvindo."
O ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT), candidato derrotado por Bolsonaro na eleição de 2018, também cobrou reação dos presidentes da Câmara e do Senado. "É criminoso excitar a população com mentiras contra as instituições democráticas."
O governador de São Paulo, João Doria, também falou por meio de rede social: "Devemos repudiar com veemência qualquer ato que desrespeite as instituições e os pilares democráticos do país. Lamentável o apoio do Presidente Jair Bolsonaro a uma manifestação contra o Congresso Nacional."
O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), líder da oposição, informou que está propondo aos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e a outros líderes que se reúnam para discutir ações diante da participação de Bolsonaro na convocação para as manifestações.

Bolsonaro 'não está à altura do altíssimo cargo que exerce' se enviou vídeo sobre ato, diz Celso de Mello

O ministro Celso de Mello, durante sessão do STF

 Carolina Brígido e Daniel Gullino,  Extra 
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quarta-feira que a divulgação, pelo presidente Jair Bolsonaro, de um vídeo convocando para manifestações contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), "se realmente confirmada", demonstra "uma visão indigna de quem não está à altura do altíssimo cargo que exerce".

Em nota, Celso de Mello afirmou que Bolsonaro "desconhece o valor da ordem constitucional" e "ignora o sentido fundamental da separação de poderes". A divulgação do vídeo, segundo o ministro, "traduz gesto de ominoso desapreço e de inaceitável degradação do princípio democrático".
Celso de Mello anda afirmou que o presidente da República, "qualquer que ele seja, embora possa muito, não pode tudo" e ressaltou que desrespeitar a Constituição significa "incidir em crime de responsabilidade".
Na terça-feira, Bolsonaro compartilhou por WhatsApp um vídeo convocando para os atos, marcados para o dia 15 de março. Amigo do presidente, o ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) confirmou ao GLOBO ter recebido o vídeo de Bolsonaro. Na manhã desta quarta, sem fazer referência direta ao episódo, o presidente disse que as mensagens trocadas com amigos pelo celular são "de cunho pessoal".
Outro ministro do STF, Gilmar Mendes afirmou, em texto publicado em sua conta no Twitter, que "a harmonia e o respeito mútuo entre os Poderes são pilares do Estado de Direito". De acordo com Gilmar, que não fez referência a Bolsonaro, "nossas instituições devem ser honradas por aqueles aos quais incumbe guardá-las".

Carnaval na Alemanha tem carro alegórico com sátira política a Bolsonaro



Yahoo Notícias.
Bolsonaro é retratado como 'assassino do clima' no Carnaval de Dusseldorf (Photo by Lukas Schulze/Getty Images)

Famoso pela sátira política de seus desfiles, o carnaval de Düsseldorf, na Alemanha, apresentou uma alegoria retratando o presidente da República Jair Bolsonaro. Em um dos carros durante a Rosenmontag, o desfile da "segunda-feira de rosas" alemão, o presidente brasileiro apareceu com motoserras no lugar dos braços abertos, em referência ao monumento do Cristo Redentor. Nas motoserras estava seu nome escrito de um lado e do outro, em alemão, "Klimakiller", que significa "assassino do clima".
Segundo a agência de notícias alemã Deutsche Welle, também havia uma suástica no centro da bandeira do Brasil que estampava o peito da representação de Bolsonaro, mas os carnavalescos responsáveis removeram o símbolo a pedido das autoridades locais. Outros líderes também foram lembrados pelo carnaval de Düsseldorf, como o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o chinês Xi Jinping, o premiê britânico Boris Johnson, o norte-coreano Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
EM TEMPO: Não só foi no Brasil que o presidente Bolsonaro foi citado, nesse Carnaval,  pela sua política contra o meio ambiente, os indígenas, os negros e os direitos sociais.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Sobre a “greve” da PM do Ceará



A greve é um instrumento legítimo de luta da classe trabalhadora para manutenção de direitos e avanço nas conquistas, sejam estas salariais ou de melhorias das condições de trabalho, bem como momento de avanço na consciência de classe dos trabalhadores. 

A reivindicação dos policiais por reajuste salarial é justa tendo em vista a defasagem que se encontra o salário dos servidores do Estado hoje. Entretanto, o que estamos vendo no atual movimento da Polícia Militar no Ceará não pode se enquadrar numa greve comum, visto que, além de ser uma categoria que se constitui como braço armado do Estado, tem sido instrumentalizada para interesses políticos diante das eleições municipais que se avizinham, bem como nas disputas em nível nacional.

Se no início do movimento a categoria policial reivindicava uma pauta justa de aumento salarial frente a política de arrocho fiscal do governo estadual de Camilo Santana (PT), o que vemos nas últimas semanas é a radicalização de um segmento “bolsonarista”, que age por fora das associações profissionais da categoria, motivado por interesses escusos. 
Tal setor tem atuado como verdadeiras “milícias”, com formação de grupos de encapuzados que aterrorizam a população, tanto quanto as facções, com ordens de fechar o comércio, toque de recolher, troca de tiros com os policiais do Batalhão de Policiamento Meio Ambiente (BPMA), roubo e outras barbaridades. Um dado sintomático da crise local é que, em meio ao motim de parte das forças armadas estaduais, o Ceará registrou 51 assassinatos em 48 horas, mais de 1 por hora!
É preciso destacar que o fortalecimento do aparato repressor do Estado, com o consequente aumento da liberdade e impunidade de atuação de grupos militares nas periferias cearenses, esteve em consonância com as políticas de segurança pública dos dois governos Cid Gomes (2007-2010 e 2011-2014) e vem sendo seguido à risca pelos governos Camilo Santana (2015-2018 e 2019- aos dias atuais). O governo Camilo, inclusive, passou a investir massivamente nesta área, realizando amplos concursos, modernizando a frota de veículos, comprando novas armas, implantando um sistema de vídeomonitoramento, buscando ampliar investimentos para, a partir daí, obter um saldo político. 
Ao mesmo tempo, corta recursos em áreas de interesse social, não convoca aprovados em concurso, a exemplo da área da educação, e não concede qualquer reajuste aos demais servidores. Tal política de militarização se intensificou no contexto nacional da eleição de Jair Bolsonaro, governo com manifestações fascistas e com fortes ligações com grupos milicianos e para-militares.

Enquanto governo silencia sobre ato contra Congresso, general dá nome aos bois: má fé e irresponsabilidade



 Matheus Pichonelli,  Yahoo Notícias 


General Carlos Alberto dos Santos Cruz. Foto: Evaristo Sá/AFP via Getty Images

“Não podemos aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo. Foda-se”.
Oficialmente, a declaração do general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional, foi dita extraoficialmente, em uma conversa com Paulo Guedes e Luiz Augusto Ramos captada, sem querer, durante uma transmissão ao vivo.
A polêmica levou o ministro a se justificar. “Externei minha visão sobre as insaciáveis reivindicações de alguns parlamentares por fatias do orçamento impositivo, o que reduz, substancialmente, o orçamento do Poder Executivo e de seus respectivos ministérios. Isso, a meu ver, prejudica a atuação do Executivo e contraria os preceitos de um regime presidencialista. Se desejam o parlamentarismo, mudem a constituição. Sendo assim, não falarei mais sobre o assunto”, prometeu Heleno no Twitter.
Vazada ou não, a conversa dá o tom da beligerância de parte do governo Bolsonaro com o Congresso -- como se apenas um dos representantes dos poderes tivesse sido escolhido pelo voto popular em 2018. 
Como quem recebe uma ordem, apoiadores do governo iniciaram nas redes uma campanha para levar às ruas uma manifestação contra os presidentes da Câmara e do Senado. “Vamos às ruas em massa. Os generais aguardam as ordens do povo. Fora Maia e Alcolumbre”, diz a convocação para um ato no dia 15 de março que estampa as fotos de Heleno entre outros militares.
Heleno não se pronunciou sobre a manifestação. Nem para endossar nem para pedir, a exemplo dos atores marcados numa postagem recente da ministra da Cultura Regina Duarte, que fosse incluído fora dessa.
Quem se manifestou publicamente sobre o assunto foi outro general, Carlos Alberto dos Santos Cruz, que já integrou o governo Bolsonaro e saiu se queixando da quantidade de bobagens produzidas pelo time do capitão.

Bolsonaro é alfinetado em desfile de escolas de samba no Rio

Foto: Bruna Prado/Getty Images


 Por Leonardo Benassatto  e Sebastian Rocandio

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Escolas de samba do Rio de Janeiro desfilaram na segunda noite de apresentações o Carnaval carioca, na segunda-feira, apimentando a fusão de música, dança e figurinos com cutucadas no presidente Jair Bolsonaro.

As últimas seis das 13 principais escolas de samba da cidade levaram ao Sambódromo muitos passistas e músicos vestidos com trajes coloridos, alguns com pouca roupa, em meio a enormes carros alegóricos elaborados.
Os desfiles de segunda-feira, que ocorreram até a manhã desta terça, abordaram muitos temas, entre eles o presidente Bolsonaro.
O ator e comediante Marcelo Adnet estrelou o desfile da São Clemente. Vestido com terno azul brilhante e gravata verde-amarela, ele zombou de Bolsonaro ao fazer flexões e gestos como se estivesse disparando uma arma imaginária, imitando o presidente.
O carro alegórico da São Clemente também exibia cartazes com as frases "Tá ok", muito usada por Bolsonaro, e "a culpa é do Leonardo DiCaprio", uma referência a Bolsonaro culpando o ator de Hollywood pelos incêndios na Floresta Amazônica no ano passado.
Desde a posse de Bolsonaro em janeiro de 2019, os brasileiros estão fortemente divididos entre os que o apoiam, creditando a ele uma rápida queda na criminalidade e melhora na economia, e os que o criticam, denunciando seu racismo, sexismo e postura em relação ao meio ambiente.
No domingo, a famosa escola de samba Mangueira abordou o fervor religioso de direita e o aumento da violência policial, principalmente no Rio, nos primeiros 14 meses de Bolsonaro no poder.
O samba-enredo da Mangueira incluía trecho que dizia "Não tem futuro sem partilha nem Messias de arma na mão", uma referência a Bolsonaro, cujo nome do meio é 'Messias' e que defende a ampliação da posse de armas.
Os figurinos, carros alegóricos e coreografias das escolas de samba carioca podem mudar, mas são sempre brilhantes e espetaculares, custando milhões de reais a cada ano.
A apuração com as notas dos jurados ocorre na quarta-feira de cinzas.
(Reportagem de Leonardo Benassatto e Sebastian Rocandio no Rio de Janeiro, e Jamie McGeever em Brasília)


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Hillary Clinton afirma que Trump é um 'perigo para a democracia'



 AFP 
Hillary Clinton, ex-chefe da diplomacia americana.

A ex-senadora americana Hillary Clinton disse nesta segunda-feira em Berlim que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é um "perigo para a democracia".
"Vou apoiar o candidato do nosso partido", quem quer que seja nas eleições de novembro, uma vez que "nosso presidente é claramente um perigo para a democracia e o nosso futuro", disse Clinton na abertura do festival de cinema de Berlim, onde apresentou "Hillary", uma minissérie documental sobre sua vida.
Contudo, não revelou qual pré-candidato das primárias do Partido Democrata é seu favorito para enfrentar o republicano Trump nas eleições presidenciais de novembro, acrescentando que esta é uma decisão dos "eleitores".
No documentário, apresentado em janeiro no festival de cinema de Sundance, ex-candidata presidencial derrotada por Donald Trump ataca Bernie Sanders, favorito nas primeiras prévias dos democratas.
"Esteve no Congresso durante anos, apenas teve o apoio de um senador. Ninguém o quer, ninguém quer trabalhar com ele, ele não fez nada", declarou na produção.
Nesta segunda-feira, Clinton justificou este comentário: "A política é um esporte de combate, muitas coisas são ditas. É claro que muitas coisas foram ditas sobre mim", disse à AFP.
Por outro lado, Clinton pediu "vigilância" contra informações erradas (as "fake news"), depois de acusações de interferência russa a favor de Trump e Sanders.
"Aqueles que tentam negar (interferência russa, vivem em um mundo imaginário", alertou.
"Cada vez mais", as potências estrangeiras tentarão influenciar as eleições na Europa e nos Estados Unidos, acrescentou.
"Se não protegermos nossa democracia, entregamos armas ... e perdemos o controle", concluiu.


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Mesmo liberado, família de Adriano da Nóbrega decide não sepultar o corpo


Vinicius Sassine
Extra

Adriano da Nóbrega e sua mulher, numa fazenda na Bahia

A interferência política no caso da morte de Adriano da Nóbrega, ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) morto em ação da polícia na Bahia no último dia 9, atrapalha a elucidação do caso e dificulta o esclarecimento da suspeita de execução do ex-policial, acusado de comandar uma milícia no Rio. É o que diz a defesa da família de Adriano, que tenta manter a conservação do corpo, apesar da decisão da Justiça do Rio determinando que o Instituto Médico-Legal (IML) libere o corpo do ex-PM.
A liberação pelo IML está prevista para esta terça-feira. Mesmo assim, o corpo será preservado numa funerária pelos próximos dias, segundo decisão inicial da família, comunicada pelos advogados em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta terça.
Os defensores pediram tanto à Justiça no Rio quanto à Justiça na Bahia a realização de uma perícia independente no corpo, no local da morte em Esplanada (litoral norte da Bahia) e a conservação dos restos mortais até a realização dessa perícia. Entre idas e vindas da Justiça, prevaleceu uma decisão que determina a retirada do corpo do IML do Rio.
A defesa conta com uma decisão favorável da Justiça em Esplanada, ainda pendente de deliberação. Se isto ocorrer, e caso o corpo já tenha deixado o IML, ele voltaria para o local.
Adriano já foi homenageado pela família Bolsonaro. A mãe e a mulher do ex-policial foram empregadas no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, antes de ele ser eleito senador da República. Os empregos e a distribuição do dinheiro passaram a ser investigados no suposto esquema de “rachadinha” que operava no gabinete de Flávio, investigado pelo Ministério Público do Rio.

Atriz Alessandra Negrini é defendida por indígenas



 Folhapress 

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A atriz Alessandra Negrini, 49, publicou uma nota divulgada pela APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) em suas redes sociais, após ser acusada de apropriação cultural. Rainha do bloco Baixo Augusta, em São Paulo, ela causou polêmica ao usar uma fantasia com acessórios indígenas. 
Na nota, a instituição defende a atriz e diz que ela colocou "seu corpo e sua voz a serviço de uma das causas mais urgentes. Fez uso de uma pintura feita por um artista indígena para visibilizar o nosso movimento. Sua construção foi cuidadosa e permanentemente dialógica, compreendendo que a luta indígena é coletiva."
A fantasia escolhida por Negrini virou polêmica entre internautas logo que a musa foi fotografada no bloco. No momento, ela foi questionada pela reportagem. "Hoje para mim a questão indígena é a central desse país. Ela envolve não somente a preservação da cultura deles como a preservação das nossas matas", respondeu a atriz. "A luta indígena é de todos nós e por isso eu tive a ousadia de me vestir assim", completou. 
Negrini estava acompanhada de diversos indígenas, inclusive, da líder e ativista Sônia Guajajara, que também a defendeu.  "Muita gente usa acessórios indígenas como fantasia. Isso a gente não concorda. Mas quando a pessoa usa de uma forma consciente, como um manifesto para amplificar as vozes indígenas, então tudo bem, é compreensível", Guajajara.
Em nota, a APIB afirmou que é preciso dar atenção a outros temas. "Essa semana está tramitando no Congresso uma MP que tenta regularizar a grilagem, o PL da Devastação quer impor a mineração e a exploração das terras indígenas, um evangélico missionário está em um posto estratégico da FUNAI e pode provocar a extinção de povos não contactados. São muitos os ataques. Não nos esqueçamos, o momento é grave e dramático, querem nos dizimar!"
A associação pede que a discussão sobre apropriação cultural seja feita com responsabilidade. "Alessandra Negrini é ativista, além de artista, e faz parte do Movimento 342 Artes, que muito vem contribuindo com o movimento indígena. Esteve conosco em momentos fundamentais. Portanto, ela conta com o nosso respeito e agradecimento."


Segue forte a greve petroleira!



GREVE NACIONAL PETROLEIRA: A MAIS FORTE DA CATEGORIA NOS ÚLTIMOS ANOS
Por direitos, emprego e soberania
Federação Nacional dos Petroleiros
A Petrobras, uma das maiores empresas do mundo, vem passando por um processo de desmonte que perpassa por diversos governos. No entanto, sob o governo de Bolsonaro, esse processo tem sido aprofundado a passos largos.
Sob o fogo de diversos ataques econômicos, o governo busca o fechamento de unidades, demissões, precarização das condições de trabalho através do desrespeito do Acordo Coletivo de Trabalho, sob a cumplicidade do Judiciário que mediou o conflito.
Não é à toa que a categoria ao entrar em greve no último dia 01/02/2020 tomou como uma pauta central a reversão das demissões de mais de mil trabalhadores, consequência do fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados Araucária, no Paraná (FAFEN-PR).
ATOS E VENDA DE GÁS POR PREÇO JUSTO MARCAM UMA SEMANA DE GREVE NO LITORAL PAULISTA
Na segunda-feira (17), dando sequência aos atos unificados, como os já realizados nos terminais de Alemoa, em Santos, Pilões e RPBC, em Cubatão os petroleiros em greve estarão no edifíco sede da Petrobrás, no Valongo, em Santos. Convidamos todos e todas, trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas a se juntarem a mais um grande dia de luta dessa, que já é a maior greve desde 1995!
As bases do Litoral Paulista se mobilizaram nesta sexta-feira (14), em ato unificado de greve, em solidariedade aos trabalhadores da Fafen Araucária-PR, que hoje começam a ser demitidos da fábrica, que será fechada.
Na RPBC, o ato contou com a participação do Sintrajud, Sintracomos, Sindicato dos Jornalistas, Bancários, Sindicato dos Servidores de Santos, Comissão de Desempregados, Metalúrgicos e movimentos sociais, que ajudaram a parar os trabalhadores próprios e terceirizados nas portarias 1 e 10, que participaram da mobilização.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Em carta, 20 governadores criticam Bolsonaro por não contribuir para 'evolução da democracia'




ESTADÃO - Pedro Caramuru


© Gabriela Biló/Estadão O presidente Jair Bolsonaro na saída do Palácio da Alvorada nesta segunda-feira, 17

Após os recentes ataques do presidente Jair Bolsonarovinte governadores assinaram uma carta aberta em que o criticam por fazer declarações que "não contribuem para a evolução da democracia no Brasil". Eles citam os recentes comentários do presidente sobre a investigação em curso do assassinato da vereadora Marielle Franco, em que Bolsonaro, segundo o documento, se antecipa "a investigações policiais para atribuir fatos graves à conduta das polícias e de seus Governadores".

Bolsonaro disse no sábado, 15, que o governador da Bahia, Rui Costa (PT), "mantém fortíssimos laços" com bandidos e que a "PM da Bahia, do PT" era responsável pela morte do ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Adriano da Nóbrega.

A carta também traz os os comentários de Bolsonaro em que desafiou que os chefes dos Executivos estaduais para que reduzissem, segundo a carta, "impostos vitais à sobrevivência dos Estados". 

Recentemente Bolsonaro havia dito que zeraria os impostos federais sobre combustíveis se todos os governadores abrissem mão do ICMS sobre os produtos.

O texto pede ainda que se observe "os limites institucionais com a responsabilidade que nossos mandatos exigem", e cobra: "Equilíbrio, sensatez e diálogo para entendimentos na pauta de interesse do povo é o que a sociedade espera de nós". Os governadores também convidam Bolsonaro para participar do próximo Fórum Nacional de Governadores, a ser realizado em 14 de abril.