quinta-feira, 31 de março de 2022

Como Mariupol irá se tornar um nó de importância crucial para a integração eurasiana

(Foto: Twitter)


Mariupol já vinha sendo fustigada pelo Batalhão Azov de extrema direta ucraniano muito antes de Moscou lançar sua operação militar

31 de março de 2022

Por Pepe Escobar (*), para o The Cradle.co

Tradução de Patricia Zimbres para o 247

Mariupol, o porto estratégico do Mar de Azov, continua no olho da tempestade na Ucrânia. 

Segundo a narrativa da OTAN, a Azovstal – uma das maiores usinas metalúrgicas e siderúrgicas da Europa, foi praticamente destruída pelo Exército Russo e pelas as forças aliadas de Donetsk que "sitiaram" Mariupol. A história verdadeira é que, desde o início da operação militar russa na Ucrânia, os neonazistas do Batalhão Azov vinham usando como escudos humanos dezenas de civis de Mariupol para depois recuarem para o Azovstal, usado como último ponto de resistência. Após um ultimato proferido na semana passada, eles agora vêm sendo totalmente exterminados pelas forças da Rússia e de Donetsk e pela Spetsnaz chechena.

Azovstal, parte do grupo Metinvest controlado pelo oligarca mais rico da Ucrânia, Rinat Akhmetov, é de fato uma das maiores usinas metalúrgicas da Europa, que descreve a si própria como  um empreendimento metalúrgico integrado e de alto desempenho produzindo coque, sedimento calcário, aço, bem como outros produtos como rolamentos, barras e moldes". Em meio a uma tempestade de depoimentos detalhando os horrores infligidos pelos neonazistas do Azov sobre a população civil de Mariupol, uma outra história invisível e bem mais auspiciosa traz bons augúrios para o futuro imediato.

A Rússia é a quinta maior produtora de aço, além de possuir imensos depósitos de ferro e carvão. Mariupol – uma Meca siderúrgica – antes obtinha seu aço de Donbass, mas a partir dos eventos de 2014 em Maidan, que levaram a um domínio neonazista de fato, a cidade tornou-se importadora. O ferro, por exemplo, passou a ser fornecido por Krivbas, na Ucrânia, distante mais de 200 quilômetros de Mariupol.

EUA: deputados exigem documentos da Casa Branca sobre atividades de Hunter Biden na Ucrânia

(Foto: Reuters | Reprodução)

No início do mês, a Rússia incluiu Hunter Biden em sua lista de sanções, ao lado do presidente Joe Biden e de membros do governo norte-americano

31 de março de 2022





Sputnik - Após as denúncias do Ministério da Defesa da Rússia, membros do partido Republicano exigiram respostas da Casa Branca. Membros republicanos do Comitê de Supervisão da Câmara dos Estados Unidos exigiram, nesta quinta-feira (31), que a Casa Branca divulgue documentos sobre suas atividades na Ucrânia e na Rússia. Eles argumentam que as sanções recentemente impostas pela Rússia a Hunter Biden levantam novas questões sobre seus negócios.

No início do mês, a Rússia incluiu Hunter Biden em sua lista de sanções, ao lado do presidente Joe Biden e de membros do governo norte-americano. O pedido para que a Casa Branca esclareça os negócios de Hunter ocorre logo após graves denúncias feitas pelo Ministério da Defesa da Rússia no âmbito da operação militar especial na Ucrânia.

 A imprensa ocidental também pressiona Biden após revelações de que entidades controladas pelo filho e pelo irmão do presidente dos EUA receberam US$ 4,8 milhões (R$ 22,7 milhões) em pagamentos de uma gigante de energia chinesa. "As conexões de Hunter Biden em toda a esfera de influência russa agora se tornaram especialmente relevantes", escreveram os legisladores em carta à Casa Branca.

"Os adversários da nação aparentemente veem o filho do presidente como um ponto de pressão a ser explorado. Além disso, sua inclusão na lista é a mais recente evidência de que Hunter Biden realmente se envolveu em esquemas de negócios com nossos adversários. Portanto solicitamos informações à Casa Branca sobre os negócios de Hunter Biden na Rússia e na Ucrânia", concluiu o documento.

Os legisladores mencionaram ainda o pagamento de US$ 3,5 milhões (R$ 16,5 milhões) a Hunter Biden por Elena Baturina, esposa do ex-prefeito de Moscou. Entre as razões para que o passado de Hunter Biden seja esclarecido, os legisladores relembram outras acusações.

Eles destacaram o seu rico histórico de se beneficiar do status do pai, em casos como o do gerenciamento de "um conglomerado de energia ucraniano", o da venda de minas de cobalto na República Democrática do Congo (RDC), o de conectar seu pai aos oligarcas do petróleo do Cazaquistão, e o de impedir que um magnata romeno acusado de suborno fosse condenado.

Os legisladores pediram à Casa Branca para apresentar os documentos solicitados até 14 de abril.

quarta-feira, 30 de março de 2022

A luta pela unidade da classe trabalhadora contra o bolsonarismo

 

30 de março de 2022

 

Por Lucas Silva, membro do Comitê Central do PCB

Nascido das entranhas do processo que gestou o golpe reacionário, entreguista e ultraliberal (que acelerou o processo de neoliberalização do governo Dilma) de 2016, o bolsonarismo volta-se desde o primeiro dia de governo contra os trabalhadores, aos quais os atuais detentores do poder dedicam um ódio todo especial. 

São desesperadoras as condições de existência de milhões de trabalhadores urbanos e rurais, vítimas diretas e principais da política antipopular e entreguista do governo Bolsonaro. Daí o crescente descontentamento e a profunda revolta existentes entre os trabalhadores contra o governo federal e sua política (mas não só, pois os governadores liberais e cúmplices desse projeto também são mira do ódio popular).

O ciclo de lutas aberto no ano passado (com destaque e protagonismo inicial do movimento negro) animou setores populares e trouxe mais pessoas para as ruas, encorajando até setores burgueses opositores ao governo federal a tomarem posições mais ousadas. 

Esse ciclo, apesar de insuficiente, foi importante para aumentar o desgaste do bolsonarismo, trazer novas pessoas para a luta popular organizada e estabelecer uma base para novos saltos de qualidade no enfrentamento ao genocida (e aos setores burgueses que o colocaram lá), e só não foi um ciclo maior, massivo e mais intenso devido as vacilações dos setores sociais-democratas (PT, PDT, PCdoB, setores do PSOL e grandes centrais sindicais) que subestimaram a força das ruas (o maior exemplo disso foi o completo abandono da construção de uma greve geral) e no final tentaram (e ainda tentam) cooptar a revolta popular para seus interesses eleitorais.

Cabe agora em 2022 a construção de um novo ciclo de lutas (começando pelos dias 02/04 e 09/04), protagonizado pelos movimentos populares e pelos sindicatos, de modo a criar força social para desgastar e arrancar Bolsonaro/Mourão do governo, seja através de um impeachment ou mesmo forçar uma renúncia, processo esse que só será possível com uma grande e massiva luta popular, e a construção de uma ou mais greves gerais, pois a oposição burguesa (Globo, PSDB, governadores liberais e etc.) não merece nenhum pingo de confiança, e não devemos abaixar a guarda nem a disposição de mobilizar a classe trabalhadora, um minuto sequer.

Por isso os comunistas trabalharão de maneira incansável para esclarecer, educar e organizar a classe trabalhadora como força de vanguarda na luta pela derrubada do bolsonarismo e do seu programa (que são a expressão mais radical, mais raivosa e neofascista da burguesia brasileira e do sistema capitalista), pois não basta tirar o genocida, é preciso derrubar a sua estrutura econômica (como as privatizações, o PPI na Petrobras, a reforma administrativa, o desmonte da saúde pública e etc), bem como suas aspirações repressivas e anti-democráticas (a ultramilitarização da segurança pública e a repressão contra os movimentos populares), sempre com a perspectiva de construção de embriões de poder popular durante esses choques e essas lutas.

Ainda dentro dessa perspectiva, ressaltamos que nossas pré-candidaturas estarão a serviço dessas lutas e desse programa proletário, voltado para a construção do poder popular e da resolução dos grandes problemas do nosso povo (fome, desemprego e falta de moradia por exemplo), impulsionando as lutas populares antes, durante e após as eleições.

DIAS 02 e 09/04, ESTAREMOS NAS RUAS NOVAMENTE PARA DERROTAR BOLSONARO, MOURÃO E O CAPITALISMO!

terça-feira, 29 de março de 2022

Lula sobre Adriano Pires, novo presidente da Petrobrás: "é lobista"

 

(Foto: Reprodução)


"Ele é muito mais ligado a empresas estrangeiras que as nossas", disse Lula sobre o indicado de Bolsonaro para presidir a Petrobrás

29 de março de 2022


247 - O ex-presidente Lula, durante encontro com petroleiros nesta terça-feira, 29, no Rio de Janeiro, fez críticas ao novo presidente da Petrobrás, Adriano Pires, entreguista do petróleo nacional e defensor da política de preços que encarece o recurso essencial. Pires substitui o general da reserva Joaquim Silva e Luna, demitido da presidência da estatal por Jair Bolsonaro. 

>>> "A Petrobrás tem que se transformar em uma briga nacional", diz Lula

"Em dois trechos que li dele hoje é que ele é lobista. E que ele é muito mais ligado a empresas estrangeiras que as nossas. De que ele faz parte de um grupo seleto de personalidades brasileiras que não aceita o discurso que o petróleo é nosso. E essa gente que não sabe governar, em vez de ter criatividade para vender algo que não existe, eles querem vender o que tem. Vão vender o que tem e quando acabar a gente vê o que fazer", disse Lula. Descrição: .

“[Eu li] que ele faz parte de um grupo seleto de personalidades brasileiras que não aceita o discurso de que o petróleo é nosso. E essa gente que não sabe governar ao invés de ter criatividade para fazer coisas que não existem, eles querem vender o que têm. Ou seja, vamos vender o que temos e quando acabar tudo vamos ver o que fazer”, disse. 

Paulo Pimenta ironiza nova internação de Bolsonaro em meio a escândalo de corrupção: "melhor usar fralda"

29 de março de 2022,

 

   

247 - O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) alfinetou Jair Bolsonaro (PL) pelo Twitter nesta terça-feira (29). 

O parlamentar ironizou a nova internação de Bolsonaro por um "desconforto" no estômago justamente em meio a denúncias de um esquema de propinas no MEC, que levou o agora ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, a pedir demissão.

"Se cada vez que uma denúncia de corrupção for revelada no governo Bolsonaro ele tiver ‘desconforto intestinal’ e precisar ser internado para lavagem, é melhor usar fralda porque a podridão é muito grande e a verdade vai aparecer em toda Esplanada. A propina de ouro é só o começo", provocou Pimenta.

Ucrânia: Sinais positivos nas negociações de paz

 

DW - EFE, Lusa 

Kiev aceitou a neutralidade, Rússia acena com a possibilidade de um "tratado". Espera-se agora que o próximo passo seja uma reunião entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o homólogo russo, Vladimir Putin.

 

© TURKISH PRESIDENCY via REUTERS Delegações da Rússia e da Ucrânia, antes do início das negociações em Istambul

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Çavusoglu, saudou esta terça-feira (29.03) os "progressos mais significativos" desde o início da guerra na Ucrânia nas negociações entre Kiev e Moscovo em Istambul. No final do encontro entre as delegações da Rússia e da Ucrânia, Moscovo prometeu reduzir "radicalmente" a sua atividade militar na direção de Kiev e Chernigov, a cerca de 120 quilómetros a nordeste de Kiev.

Segundo a delegação ucraniana, Kiev desistirá formalmente de tentar aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) se, em troca, receber garantias sólidas de um grupo de dez países, entre os quais os cinco membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (em que se inclui a Rússia), de proteção contra qualquer agressão militar. "Agora, caberá aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos dois países reunir-se para resolver as questões mais difíceis", disse o ministro turco, acrescentando que "se prevê para breve um encontro dos líderes".

Também elementos das delegações ucraniana e russa disseram à imprensa que os avanços desta terça-feira poderão ser suficientes para que, uma vez aprovados a nível ministerial, abram caminho a um encontro entre os respetivos Presidentes, Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin.

Rússia acena com "tratado"

segunda-feira, 28 de março de 2022

Jornal russo pergunta por que os EUA financiaram dezenas de laboratórios biológicos na Ucrânia

(Foto: Sputnik)


Esses centros administrados pelos EUA têm a capacidade de fabricar armas baseadas em bactérias e vírus projetadas para eliminar um grande número de pessoas, diz RT

28 de março de 2022

 

RT - Com que finalidade o Pentágono financiou dezenas de laboratórios biológicos ao redor da fronteira russa nas últimas décadas? Nessas instalações, as pessoas têm sido usadas para coletar seu material genético ou submetidas a experimentos com patógenos. Esses centros administrados pelos EUA têm a capacidade de fabricar armas baseadas em bactérias e vírus projetadas para eliminar um grande número de pessoas. Haverá alguém que ainda duvide que a ameaça de um ataque biológico seja real?

Quando falamos de armas de destruição em massa, pensamos em armas nucleares ou químicas e esquecemos que também existem armas biológicas. Nesta edição de 'Documentários' falamos sobre esses tipos de armas e sobre a possibilidade de o Pentágono ter criado dezenas de laboratórios em toda a Ucrânia que as desenvolvem para atacar diretamente a população da federação russa.

Uma arma biológica é uma arma não seletiva de destruição em massa cujos elementos letais incluem agentes biológicos altamente nocivos, como patógenos, infecções virais extremamente perigosas, e também seus meios de transmissão, por exemplo, aerossóis, insetos e outros vetores capazes de disseminar tais patógenos.Descrição: .

Segundo Artiom Oganov, doutor em ciências físico-matemáticas, a humanidade utiliza esse tipo de arma há centenas de anos, citando como exemplo as roupas contaminadas com varíola que os europeus deram deliberadamente aos indígenas durante a colonização da América, resultando na morte de tribos inteiras.

O Esquadrão 731

Outro caso foi o esquadrão 731, que fazia parte do Exército do Império do Japão, criado em 1932. Em um laboratório localizado em Harbin — hoje cidade chinesa — realizaram experimentos com milhares de pessoas que não consideravam seres humanos, incluindo a inoculação de patógenos causadores de cólera, febre tifóide, antraz e peste, vivissecções e desmembramentos.

Embora as armas biológicas tenham sido declaradas armas de destruição em massa em 1925, elas continuaram a ser desenvolvidas e usadas nas décadas seguintes, por exemplo, pelos EUA durante a Guerra do Vietnã.

Após a desintegração da União Soviética, ocorrida em 1991, a Geórgia e a Ucrânia tornaram-se lugares onde, por meio de dinheiro dos EUA, começaram a ser desenvolvidas armas especificamente direcionadas contra a população da Federação Russa, em alguns casos no âmbito de experimentos proibidos.

"Intenções hostis"

De fato, em 2005, o governo da Ucrânia, liderado pela então primeira-ministra Yulia Tymoshenko, concordou em assinar um acordo entre o Ministério da Saúde de seu país e o Departamento de Defesa dos EUA para a localização de uma rede de laboratórios biológicos em território ucraniano para garantir a segurança biológica do país norte-americano.

Nesses centros, os efeitos de diferentes vírus foram investigados especificamente na população do genótipo eslavo, incluindo doenças especialmente perigosas, como a febre da Crimeia-Congo e a leptospirose. 4.000 membros das Forças Armadas da Ucrânia participaram do projeto UP-8.

domingo, 27 de março de 2022

Macron toma distância de Biden, diz que não chamaria Putin de "carniceiro" e aposta na diplomacia

 

O presidente francês Emmanuel Macron (Foto: Reprodução/TFI)


"Eu não usaria esse tipo de comentário porque continuo discutindo com o presidente Putin", diz Macron

27 de março de 2022

 

Rádio França Internacional - O presidente francês, Emmanuel Macron, disse neste domingo (27) que não chamaria o presidente russo, Vladimir Putin, de "carniceiro", como fez o presidente americano, Joe Biden, em visita à Polônia, neste sábado (26).  

"Eu não usaria esse tipo de comentário porque continuo discutindo com o presidente Putin", disse em entrevista ao canal de televisão France 3 o presidente francês, Emmanuel Macron, que deve, em breve, voltar a conversar por telefone com o presidente russo. 

"Queremos parar a guerra que a Rússia começou na Ucrânia sem adicionar conflitos e subir o tom. Esse é o objetivo", disse Macron. Segundo ele, a meta é obter um cessar-fogo e a retirada total das tropas, de maneira diplomática. "Se queremos fazer isso, não devemos subir o tom com palavras e ações", reiterou o presidente francês. Descrição: .

Na Polônia, Biden também disse que Vladimir Putin não poderia permanecer no poder. Os comentários foram, em seguida, atenuados pela Casa Branca, que disse que o presidente americano não estava pedindo "a mudança de regime na Rússia". Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov disse que “insultos pessoais desse tipo reduzem as possibilidades de relações bilaterais com o atual governo americano".  

Em outras palavras, a França prevê problemas com a falta de gás e não quer deixar as coisas mais difíceis com a Russia apenas porque os EUA com suas sanções descabidas precisam vender GNL a preços exorbitantes além de armas para Europa. Essa situaçao causada pelos EUA tende a ficar insustentavel, pois os paises europeus estao proximos a Russia enquanto os yankees, no seu conforto, estão manipulando os demais paises a distancia. Assim que as coisas começarem a faltar e pesar no bolso europeu, o apoio vai começar a ruir.

EM TEMPO: As ameaças dos EUA e da OTAN sobre a Rússia têm objetivo político (Biden tenta recuperar seu governo perante a opinião pública) e econômico (venda dos produtos dos EUA e, também, armas). Por outro lado, Macron está perdendo terreno para o candidato de esquerda, isto é, para as eleições presidenciais na França, pois à esquerda cresce na aceitação popular por ter se colocado contrário a guerra na Ucrânia. 

Diálogo não avança porque Ucrânia nunca tentou negociar, diz Rússia

María Zaharova, porta-voz da chancelaria russa (Foto: Sputnik)


Não há progresso, os ucranianos estão se esquivando e atrasando as negociações, segundo a chancelaria russa

27 de março de 20226

 

247 - A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse neste domingo (27) que as negociações entre seu país e a Ucrânia não estão avançando porque as autoridades ucranianas nunca tentaram negociar, informa a Prensa Latina.

“Agora a atenção do mundo inteiro está voltada para a forma como as negociações são conduzidas. Não há progresso, eles estão se esquivando e atrasando o processo", disse a porta-voz. A representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia assegurou que as autoridades ucranianas aplicaram essas mesmas táticas durante sete anos e meio, referindo-se ao descumprimento dos acordos de Minsk para a solução política do conflito com a região de Donbass. “Não é o uso dessas táticas que levaram à situação de hoje? Foi essa tática que minou qualquer ideia de que a situação podia ser resolvida por meio de negociações”, disse ela.

Zakharova lembrou que as negociações após o início da operação militar russa, em 24 de fevereiro, começaram a pedido do lado ucraniano. “Foi uma iniciativa deles, aparentemente um sinal de que queriam negociar. Na verdade, eles nunca quiseram isso nesses anos. Para eles, sempre foram manobras para desviar a atenção, desenvolver capacidades militares, mas ao mesmo tempo fingir que são, claro, pela paz e pelo processo de negociação”, disse.

As consultas russo-ucranianas começaram em 28 de fevereiro na região bielorrussa de Gomel e continuaram nos dias 3 e 7 de março na reserva natural de Bialowieza, também naquele país. Em 10 de março, os ministros das Relações Exteriores da Rússia e da Ucrânia, Sergei Lavrov e Dmitri Kuleba, respectivamente, reuniram-se na cidade turca de Antalya, na presença de seu homólogo daquela nação, Mevlut Cavusoglu. Há uma semana, a troca acontece diariamente por videoconferência. 

Na sexta-feira (25), o assessor presidencial russo, Vladimir Medinski, destacou que as negociações entre seu país e Kiev continuam sem avanços em questões-chave, enquanto as posições estão mais próximas em questões menores. Segundo o também chefe da equipe de Moscou nas negociações, o lado russo insiste na assinatura de um tratado abrangente que, além do status de neutralidade da Ucrânia e de suas garantias de segurança, estabelece uma série de cláusulas fundamentais para a nação euro-asiática. 

O negociador russo indicou que essas prioridades são a desmilitarização e desnazificação da Ucrânia, a definição do status e o reconhecimento da Crimeia e das repúblicas populares de Donbass.  Ele alertou que além desses há outros pontos que, se não forem considerados e estudados, o acordo é improvável. Na sua opinião, as autoridades ucranianas não decidem nada sozinhas e, portanto, prolongam deliberadamente as negociações para realizar consultas com “muitos centros de decisão”. Medinski considerou que o estado atual das negociações "não inspira otimismo", por isso não compartilha as declarações da delegação ucraniana sobre "grandes progressos".

EM TEMPO: Em outras palavras: EUA e OTAN estimulam a guerra e nenhuma iniciativa de cessar-fogo

sábado, 26 de março de 2022

“A grande farsa - Como Moro enganou o Brasil e ficou rico”

 

26 de março de 2022

Joaquim de Carvalho no documentário “A grande farsa - Como Moro enganou o Brasil e ficou rico” (Foto: Reprodução)

 

Fruto da investigação e produção do jornalista Joaquim de Carvalho, filme mostra como Sergio Moro destruiu a vida de diversas pessoas para adquirir poder

247 - A TV 247 lança às 20h30 deste sábado, 26 de março, o documentário “A grande farsa - Como Moro enganou o Brasil e ficou rico”, fruto da investigação e produção do jornalista Joaquim de Carvalho, autor também de Bolsonaro e Adélio: uma fakeada no coração do Brasil, que chegou a 1,6 milhão de visualizações no Youtube.

A nova produção conta a trajetória de Sergio Moro, de professor a juiz de primeira instância e depois ministro da Justiça de Jair Bolsonaro e seu modus operandi em todas essas fases: o uso de personalidades conhecidas para ganhar notoriedade na imprensa. E principalmente: como ele enriqueceu com essa estratégia, culminando na sua consultoria à empresa Alvarez & Marsal, já visto como uma espécie de recompensa pela atuação na Operação Lava Jato.

“É um desafio muito grande mostrar os sinais exteriores de riqueza de Sergio Moro. É uma pauta absolutamente necessária, porque, pela atuação dele na Lava Jato, o Brasil empobreceu. Vamos mostrar também como ele adquiriu esse poder. Como um juiz de primeira instância do Paraná promoveu uma guerra contra o País”, diz Joaquim de Carvalho logo no início do filme.

Investigação e chantagem de pessoas inocentes, além de proteção de pessoas culpadas - mas estratégicas para seus objetivos - tendo à sua mão um esquema que inclui operadores de diferentes instituições e empresários. É isso que o filme mostra, com detalhes, numa linha do tempo que chega à destruição da reputação do ex-presidente Lula até tirá-lo das eleições e levá-lo à prisão. Agora, o que desmorona é a reputação de Moro.

TV 247 lança neste sábado, 26.03.2022 o documentário relativo ao título deste texto. Vide vídeo no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=uhSDhvNcx8w 

sexta-feira, 25 de março de 2022

VIVA OS 100 ANOS DO PCB E A LUTA PELO SOCIALISMO!

Foto: PCB da Bahia

25 de março de 2022

 

Comissão Política Nacional do PCB

O PCB completa neste 25 de Março cem anos de existência!

Criado em 1922 por militantes operários e intelectuais que organizaram as primeiras greves da classe trabalhadora no início do século XX contra a exploração capitalista e a opressão do Estado burguês, inspirando-se na vitoriosa revolução socialista na Rússia em 1917 e em suas conquistas, os comunistas do PCB construíram um novo referencial para a luta política da classe trabalhadora, firmando-se como uma organização que buscou impulsionar a luta de classes sob a perspectiva revolucionária rumo ao socialismo.

Não é possível contar a História de nosso país no século XX sem citar as diversas passagens na qual o PCB esteve presente. Da construção do Bloco Operário e Camponês, que elegeu o primeiro parlamentar negro e operário no Brasil, à luta contra a Ditadura Vargas e o avanço do fascismo, da reconstrução do movimento sindical classista à campanha do “Petróleo é nosso” e à constituição da Petrobrás, da fundação da União Nacional dos Estudantes à resistência contra a Ditadura entre 1964 e 1985 e pelas liberdades democráticas, sem falar da presença dos comunistas nas lutas das mulheres, no movimento negro, na juventude, em diversas conquistas sociais e trabalhistas e nas áreas da cultura (cinema, literatura, artes, música etc), ciência, educação, bem como em políticas públicas fundamentais como a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).

O PCB é parte da história de nosso povo, de suas lutas e das conquistas sociais e segue vivo, firme e convicto no enfrentamento às ações da burguesia contra a classe trabalhadora, ao sucateamento e desmonte dos serviços públicos e ao ataque imperialista à soberania nacional. Trinta anos após o início de nossa Reconstrução Revolucionária (quase um terço desses nossos 100 anos), tendo resistido bravamente às tentativas de liquidação por parte de revisionistas e reformistas, o PCB segue hoje leal a essa trajetória centenária de luta revolucionária do proletariado brasileiro – e, como tal, legítimo herdeiro desse legado.

Para nós só há um caminho que possa superar todas as injustiças e contradições que a sociedade capitalista produz e que alimenta a desigualdade, a miséria, a exploração, o racismo, o machismo, a lgbtfobia e todo tipo de preconceito. Esse caminho é a luta revolucionária pelo fim da sociedade capitalista e a construção de uma sociedade sem explorados e exploradores, sem desigualdades nas condições de existência, sem exploração da força de trabalho e sem opressão dos ricos sobre os pobres. Uma sociedade que valorize todas as potencialidades humanas e não nos reduza a objetos. Uma sociedade socialista!

Viva os 100 anos do PCB!
Pelo Poder Popular, rumo ao Socialismo!

De norte a sul
e no país inteiro
viva o Partido Comunista Brasileiro

 

quinta-feira, 24 de março de 2022

Os donos dos partidos

 

(Foto: Paulo Emílio)

Por Michel Zaidan

As famílias se sucedem no domínio das organizações e das legendas. São instrumentos de interesses particulares, pessoais ou de grupo


 

 

 Mal sabia Pareto e Michels que sua teoria das oligarquias partidárias iam  encontrar  assento na política de Pernambuco.. Pobre política pernambucana desse século XXI. Parece que vivemos num ambiente em que os partidos políticos  nunca se institucionalizaram por completo, com regras, estrutura e um funcionamento democrático, coletivo. Dão  sempre a impressão  de serem biombos, guarda-chuva, ônibus ou frentes, sem uma fisionomia própria, uma ideologia  programática. Uma identidade. 

Aqui, Pernambuco, os partidos têm  donos. São verdadeiras oligarquias, pior, familiares. As famílias se sucedem no domínio das organizações  e das legendas. São instrumentos de interesses particulares, pessoais ou de grupo. Há  um verdadeiro comércio  das siglas partidárias, quando se discute alianças, apoios e as candidaturas, mais ainda as majoritárias  (prefeito, governador, senador).

O imbróglio  político  que envolveu a saída da deputada Marília Arraes do Partido dos Trabalhadores e sua possível ida para o Cidadania, em razão  de sua pretensão  legítima  em se candidatar ao Senado, é  um mais episódio  desse lamentável  quadro  partidário.  Alguns  donos de partido  em Pernambuco: Fernando Bezerra Coelho, Luciano Bivar, André de Paula, Humberto Costa, Roberto Freire. Anderson Ferreira e outros.

EM TEMPO: Os Arrais também fazem parte desse domínio familiar e a Marília também

quarta-feira, 23 de março de 2022

2022: o ano do Centenário do PCB

Dia 25 de março de 2022. O PCB, conhecido carinhosamente como o PARTIDÃO, completa 100 anos de muita luta em defesa de uma sociedade igualitária e socialista. 


O Partido Comunista Brasileiro (PCB), legítimo herdeiro do centenário movimento que, no Brasil, no ano de 1922, dá início à trajetória da mais longeva e coerente organização partidária associada às lutas da classe trabalhadora e em defesa do socialismo/comunismo, prepara uma série de atividades para comemorar essa gloriosa data. 

Por meio de lançamentos de livros, seminários, programas no Canal do Poder Popular, atos públicos, pronunciamentos, artigos em nossos meios digitais e impressos, além de um documentário, vamos promover, em todos os cantos do país, por intermédio da aguerrida militância comunista e dos coletivos do PCB, o resgate histórico dessa heróica legenda, presente, desde o início do século XX até os dias atuais, em todas as lutas do povo brasileiro por direitos sociais, liberdades democráticas, soberania popular, justiça e igualdade.

A trajetória do Partido Comunista Brasileiro (PCB), fundado em 25 de março de 1922, é parte constitutiva da história do Brasil. Se, na sua gênese, convergiram os ideais libertários do nascente proletariado, no seu desenvolvimento e consolidação foram sintetizados os processos de maturação de uma organização política que busca busca até hoje conjugar em suas fileiras os mais destacados militantes das lutas da classe trabalhadora, dos movimentos populares e representantes da intelectualidade e da cultura brasileira.

Quando se tornou um verdadeiro partido de dimensões nacionais, o PCB revelou-se como a instância de universalização de uma vontade política que fundia o mundo do trabalho com o mundo cultural. Destacados intelectuais como Astrojildo Pereira (um de seus fundadores), Octávio Brandão, Patrícia Galvão (Pagu), Caio Prado Jr., Graciliano Ramos e Mário Schenberg, dentre muitos outros, vinculavam-se a projetos e perspectivas que tinham nas camadas proletárias o sujeito real da intervenção social.

terça-feira, 22 de março de 2022

Humberto Costa diz que não vetou nome de Marilia Arraes 'para o que quer que fosse' e deseja sucesso à deputada

22 de março de 2022

 

247 - O senador Humberto Costa (PT-PE) se manifestou na noite desta terça-feira (22) sobre as articulações envolvendo a saída da deputada Marília Arraes do PT e sua eventual candidatura a governadora, abrindo um segundo palanque para o ex-presidente Lula no estado. 

Numa sequência de tweets, Humberto Costa disse que nunca se opôs à candidatura de Marilia para nenhum cargo. O senador afirmou que em reunião do diret´rio estadual do PT foi aprovada a indicação de Marília para uma vaga ao Senado na chapa encabeçada por Danilo Cabral (PSB). 

Numa crítica velada à parlamentar, HumbertoCosta disse que é filiado há 42 anos no mesmo partido e que seus projetos políticos não estão acima do PT. 

"No exemplo mais recente, abri mão da minha candidatura ao governo de Pernambuco, a pedido do PT e de Lula, para favorecer uma aliança com o PSB e uma ampla frente nacional de enfrentamento a Bolsonaro. Não saí brigando, ofendendo ou culpando ninguém", disse Costa. 

Leia, abaixo a sequência do senador:

A propósito de declarações sem autoria assumida que andam saindo na imprensa, quero esclarecer algumas coisas para reposição da verdade. Segue o fio

Nunca houve veto de minha parte ao nome da deputada Marília Arraes para o que quer que fosse. Eu, aliás, fui um dos que trabalhou pela sua entrada no @ptbrasil e a levei ao presidente Lula para discutir seu ingresso no nosso partido. (2)

Na reunião do último domingo, de que participei, antecipamos uma decisão que o partido tomaria só mais tarde: aprovamos, por unanimidade, o nome da deputada para o Senado na chapa da Frente Popular. Três outros companheiros que pleiteavam a vaga desistiram em favor dela. (3)

Essa decisão foi absolutamente apoiada pelo PT nacional e por @LulaOficial para que Marília seguisse conosco. Mas ela, que não participou do encontro e se fez representar por um assessor, também dirigente partidário, recusou a vaga, com ataques ao nosso partido. (4)

Estou há mais de 42 anos no PT e conheço o presidente Lula desde antes da fundação do partido. Nunca fui filiado a nenhuma outra legenda na minha vida, ao contrário de muitos que fazem sucessivas trocas partidárias. (5)

Sempre cumpri - de forma disciplinada, mas sem qualquer subserviência - as decisões do PT e de Lula mesmo que elas me contrariassem. E ajo assim porque faço política em favor de causas, e não de projetos pessoais. Meu projeto individual não é maior do que o projeto do PT. (6)

No exemplo mais recente, abri mão da minha candidatura ao governo de Pernambuco, a pedido do PT e de Lula, para favorecer uma aliança com o PSB e uma ampla frente nacional de enfrentamento a Bolsonaro. Não saí brigando, ofendendo ou culpando ninguém. (7)

Dito isso, não pretendo alongar discussões pequenas.Tenho assuntos mais elevados para tratar. Ingressei, hoje, no Grupo de Tática Eleitoral (GTE) do PT, que tem o propósito de discutir estratégias para o importante pleito de outubro próximo. (8)

Mandatado por Lula, estou - juntamente com outros ex-ministros da Saúde dos nossos governos e diversos cérebros da área - iniciando discussões para elaborar um amplo plano de reestruturação deste setor, tão golpeado por Temer e Bolsonaro. (9)

Então, para mim, esse tema é assunto superado. Desejo sucesso à deputada Marília Arraes. (10 - FIM)

EM TEMPO:
1 - O PT faz um péssimo papel na política pernambucana ao servir de mola auxiliar a um partido político, o PSB, que tem o nome "socialista", mas está desafinado com a transformação da sociedade brasileira para o socialismo. O PSB é um partido de Centro que ora oscila para à Direita, ora para à Esquerda. Trata-se de um partido pequeno-burguês. Veja o exemplo do que aconteceu em Garanhuns nas Eleições de 2020 para Prefeito, na qual o PT se aliou com seu "carrasco" local, ou seja, o prefeito Sivaldo Albino. Sem contar com os 8 anos que o PT local esteve nos braços de Izaías;
2 - A política em Pernambuco é muito atrasada, uma vez que tem uma forte influência familiar de há muito tempo; 
3 - Outro fator a considerar é que as forças políticas conservadoras tomaram de conta do nosso estado. A Eleição de 2020 na cidade de Recife, outrora cidade progressista, foi bombardeada por um espetáculo direitista, patrocinado pelo PSB, através do jovem João Campos, o qual superou a tática bolsonarista;
4 - Apesar do eleitorado ter aumentado consideravelmente, especialmente a juventude, você não encontra políticos progressistas como tínhamos antigamente, a exemplo de: Marcos Freire + Jarbas Vasconcelos + Fernando Lyra + Cristina Tavares + Mauro Ferreira Lima + Egídio Ferreira Lima + Mayrílio Ferreira Lima + Fernando Ferro + Paulo Ruben + tantos outros. Há um retrocesso. Sendo "bonzinho", podemos dizer que Marília é um pouco progressista, mas muito mandona e tem muita sede de poder. Caso Marília vá para um partido de direita, que é o mais provável, é uma prova que o meu raciocínio está correto. Além de demonstrar o domínio familiar dos Arraes.