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Esses centros
administrados pelos EUA têm a capacidade de fabricar armas baseadas em bactérias
e vírus projetadas para eliminar um grande número de pessoas, diz RT
28 de março de 2022
RT - Com que finalidade o Pentágono financiou dezenas de laboratórios biológicos ao redor da fronteira russa nas últimas décadas? Nessas instalações, as pessoas têm sido usadas para coletar seu material genético ou submetidas a experimentos com patógenos. Esses centros administrados pelos EUA têm a capacidade de fabricar armas baseadas em bactérias e vírus projetadas para eliminar um grande número de pessoas. Haverá alguém que ainda duvide que a ameaça de um ataque biológico seja real?
Quando falamos de
armas de destruição em massa, pensamos em armas nucleares ou químicas e
esquecemos que também existem armas biológicas. Nesta edição de 'Documentários'
falamos sobre esses tipos de armas e sobre a possibilidade de o Pentágono ter
criado dezenas de laboratórios em toda a Ucrânia que as desenvolvem para atacar
diretamente a população da federação russa.
Uma arma biológica é uma arma não seletiva de destruição em massa cujos elementos letais incluem agentes biológicos altamente nocivos, como patógenos, infecções virais extremamente perigosas, e também seus meios de transmissão, por exemplo, aerossóis, insetos e outros vetores capazes de disseminar tais patógenos.
Segundo Artiom
Oganov, doutor em ciências físico-matemáticas, a humanidade utiliza esse tipo
de arma há centenas de anos, citando como exemplo as roupas contaminadas com
varíola que os europeus deram deliberadamente aos indígenas durante a
colonização da América, resultando na morte de tribos inteiras.
O Esquadrão 731
Outro caso foi o
esquadrão 731, que fazia parte do Exército do Império do Japão, criado em 1932.
Em um laboratório localizado em Harbin — hoje cidade chinesa — realizaram
experimentos com milhares de pessoas que não consideravam seres humanos,
incluindo a inoculação de patógenos causadores de cólera, febre tifóide, antraz
e peste, vivissecções e desmembramentos.
Embora as armas
biológicas tenham sido declaradas armas de destruição em massa em 1925, elas
continuaram a ser desenvolvidas e usadas nas décadas seguintes, por exemplo,
pelos EUA durante a Guerra do Vietnã.
Após a
desintegração da União Soviética, ocorrida em 1991, a Geórgia e a Ucrânia
tornaram-se lugares onde, por meio de dinheiro dos EUA, começaram a ser
desenvolvidas armas especificamente direcionadas contra a população da
Federação Russa, em alguns casos no âmbito de experimentos proibidos.
"Intenções
hostis"
De fato, em 2005, o
governo da Ucrânia, liderado pela então primeira-ministra Yulia Tymoshenko,
concordou em assinar um acordo entre o Ministério da Saúde de seu país e o
Departamento de Defesa dos EUA para a localização de uma rede de laboratórios
biológicos em território ucraniano para garantir a segurança biológica do país
norte-americano.
Nesses centros, os
efeitos de diferentes vírus foram investigados especificamente na população do
genótipo eslavo, incluindo doenças especialmente perigosas, como a febre da
Crimeia-Congo e a leptospirose. 4.000 membros das Forças Armadas da Ucrânia
participaram do projeto UP-8.
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“Se alguém com intenções hostis quiser usar
armas bacteriológicas, é muito provável que, com base nesse conhecimento sobre
a estrutura genética dos patógenos que circulam nos territórios da Ucrânia ou
da Rússia, use precisamente as cepas que circulam neles”, explica Alexander
Kulichenko, doutor em ciências médicas e diretor do Stavropol Plague Scientific
Research Institute, que alerta que poderia levar essas cepas para o exterior
para desenvolver uma construção biológica mais patogênica com o objetivo de
usá-la como arma biológica.
O que acontece na
Ucrânia?
Recentemente, a
subsecretária de Estado dos EUA, Victoria Nuland, reconheceu que a Ucrânia
possui instalações de pesquisa biológica e que Washington está trabalhando com
Kiev para evitar que os materiais contidos nelas caiam nas mãos das forças
russas que realizam sua operação militar especial no país.
Na opinião de
Nikolai Azarov, que foi primeiro-ministro da Ucrânia de 2010 a 2014, isso
significa que "os americanos controlam 100% [Vladimir] Zelensky e todo o
seu círculo", a quem ele descreve como "marionetes".
Segundo Diliana
Gaitandzhieva, jornalista freelance búlgara, o Pentágono administra esses
laboratórios em 25 países, muitos deles localizados em nações que fazem
fronteira com Rússia, China e Irã, de modo que o objetivo dessas investigações
não pode ser considerado preventivo, pois não são realizadas em território
norte-americano.
Da mesma forma, ela
afirma que os governos da Ucrânia e da Geórgia — que chama de "muito
corruptos" — não estão interessados em proteger os interesses de seu
povo. "Eles autorizam os EUA a realizar qualquer tipo de experimento com
impunidade, mesmo aqueles que representam um perigo letal para a
população", denuncia.
Enquanto isso, o
ativista social e jornalista Antón Krasovsky considera que, graças ao fato de
que esses fatos vieram à tona nas últimas semanas como resultado da operação
militar especial da Rússia na Ucrânia, uma "guerra bacteriológica
global" foi adiada por várias décadas.
EM TEMPO: Isso é mais uma prova que não existe salvação para a humanidade nos limites do capitalismo. VIVA O SOCIALISMO
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