O presidente francês Emmanuel Macron (Foto: Reprodução/TFI) |
"Eu não usaria
esse tipo de comentário porque continuo discutindo com o presidente
Putin", diz Macron
27 de março de 2022
Rádio França Internacional - O presidente francês, Emmanuel Macron, disse neste domingo (27) que não chamaria o presidente russo, Vladimir Putin, de "carniceiro", como fez o presidente americano, Joe Biden, em visita à Polônia, neste sábado (26).
"Eu não usaria
esse tipo de comentário porque continuo discutindo com o presidente
Putin", disse em entrevista ao canal de televisão France 3 o presidente
francês, Emmanuel Macron, que deve, em breve, voltar a conversar por telefone
com o presidente russo.
"Queremos parar a guerra que a Rússia começou na Ucrânia sem adicionar conflitos e subir o tom. Esse é o objetivo", disse Macron. Segundo ele, a meta é obter um cessar-fogo e a retirada total das tropas, de maneira diplomática. "Se queremos fazer isso, não devemos subir o tom com palavras e ações", reiterou o presidente francês.
Na Polônia, Biden
também disse que Vladimir Putin não poderia permanecer no poder. Os comentários
foram, em seguida, atenuados pela Casa Branca, que disse que o presidente
americano não estava pedindo "a mudança de regime na Rússia". Em
resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov disse que “insultos pessoais
desse tipo reduzem as possibilidades de relações bilaterais com o atual governo
americano".
Em
outras palavras, a França prevê problemas com a falta de gás e não quer deixar
as coisas mais difíceis com a Russia apenas porque os EUA com suas sanções
descabidas precisam vender GNL a preços exorbitantes além de armas para Europa.
Essa situaçao causada pelos EUA tende a ficar insustentavel, pois os paises
europeus estao proximos a Russia enquanto os yankees, no seu conforto, estão
manipulando os demais paises a distancia. Assim que as coisas começarem a
faltar e pesar no bolso europeu, o apoio vai começar a ruir.
EM TEMPO: As ameaças dos EUA e da OTAN sobre a Rússia têm objetivo político (Biden tenta recuperar seu governo perante a opinião pública) e econômico (venda dos produtos dos EUA e, também, armas). Por outro lado, Macron está perdendo terreno para o candidato de esquerda, isto é, para as eleições presidenciais na França, pois à esquerda cresce na aceitação popular por ter se colocado contrário a guerra na Ucrânia.
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