22 de março de 2022
247 - O senador
Humberto Costa (PT-PE) se manifestou na noite desta terça-feira (22) sobre as
articulações envolvendo a saída da deputada Marília Arraes do PT e sua eventual
candidatura a governadora, abrindo um segundo palanque para o ex-presidente
Lula no estado.
Numa sequência de
tweets, Humberto Costa disse que nunca se opôs à candidatura de
Marilia para nenhum cargo. O senador afirmou que em reunião do diret´rio
estadual do PT foi aprovada a indicação de Marília para uma vaga ao Senado na
chapa encabeçada por Danilo Cabral (PSB).
Numa crítica velada
à parlamentar, HumbertoCosta disse que é filiado há 42 anos no mesmo partido e
que seus projetos políticos não estão acima do PT.
"No exemplo
mais recente, abri mão da minha candidatura ao governo de Pernambuco, a pedido
do PT e de Lula, para favorecer uma aliança com o PSB e uma ampla frente
nacional de enfrentamento a Bolsonaro. Não saí brigando, ofendendo ou culpando
ninguém", disse Costa.
Leia, abaixo a sequência do senador:
A propósito de declarações
sem autoria assumida que andam saindo na imprensa, quero esclarecer algumas
coisas para reposição da verdade. Segue o fio
Nunca houve veto de
minha parte ao nome da deputada Marília Arraes para o que quer que fosse. Eu,
aliás, fui um dos que trabalhou pela sua entrada no @ptbrasil e
a levei ao presidente Lula para discutir seu ingresso no nosso partido. (2)
Na reunião do
último domingo, de que participei, antecipamos uma decisão que o partido
tomaria só mais tarde: aprovamos, por unanimidade, o nome da deputada para o
Senado na chapa da Frente Popular. Três outros companheiros que pleiteavam a
vaga desistiram em favor dela. (3)
Essa decisão foi
absolutamente apoiada pelo PT nacional e por @LulaOficial para
que Marília seguisse conosco. Mas ela, que não participou do encontro e se fez
representar por um assessor, também dirigente partidário, recusou a vaga, com
ataques ao nosso partido. (4)
Estou há mais de 42
anos no PT e conheço o presidente Lula desde antes da fundação do partido.
Nunca fui filiado a nenhuma outra legenda na minha vida, ao contrário de muitos
que fazem sucessivas trocas partidárias. (5)
Sempre cumpri - de
forma disciplinada, mas sem qualquer subserviência - as decisões do PT e de
Lula mesmo que elas me contrariassem. E ajo assim porque faço política em favor
de causas, e não de projetos pessoais. Meu projeto individual não é maior do
que o projeto do PT. (6)
No exemplo mais
recente, abri mão da minha candidatura ao governo de Pernambuco, a pedido do PT
e de Lula, para favorecer uma aliança com o PSB e uma ampla frente nacional de
enfrentamento a Bolsonaro. Não saí brigando, ofendendo ou culpando ninguém. (7)
Dito isso, não
pretendo alongar discussões pequenas.Tenho assuntos mais elevados para tratar.
Ingressei, hoje, no Grupo de Tática Eleitoral (GTE) do PT, que tem o propósito
de discutir estratégias para o importante pleito de outubro próximo. (8)
Mandatado por Lula,
estou - juntamente com outros ex-ministros da Saúde dos nossos governos e
diversos cérebros da área - iniciando discussões para elaborar um amplo plano
de reestruturação deste setor, tão golpeado por Temer e Bolsonaro. (9)
Então, para mim,
esse tema é assunto superado. Desejo sucesso à deputada Marília Arraes. (10 -
FIM)
EM TEMPO:
1 - O PT faz um péssimo papel na política pernambucana ao servir de mola auxiliar a um partido político, o PSB, que tem o nome "socialista", mas está desafinado com a transformação da sociedade brasileira para o socialismo. O PSB é um partido de Centro que ora oscila para à Direita, ora para à Esquerda. Trata-se de um partido pequeno-burguês. Veja o exemplo do que aconteceu em Garanhuns nas Eleições de 2020 para Prefeito, na qual o PT se aliou com seu "carrasco" local, ou seja, o prefeito Sivaldo Albino. Sem contar com os 8 anos que o PT local esteve nos braços de Izaías;
2 - A política em Pernambuco é muito atrasada, uma vez que tem uma forte influência familiar de há muito tempo;
3 - Outro fator a considerar é que as forças políticas conservadoras tomaram de conta do nosso estado. A Eleição de 2020 na cidade de Recife, outrora cidade progressista, foi bombardeada por um espetáculo direitista, patrocinado pelo PSB, através do jovem João Campos, o qual superou a tática bolsonarista;
4 - Apesar do eleitorado ter aumentado consideravelmente, especialmente a juventude, você não encontra políticos progressistas como tínhamos antigamente, a exemplo de: Marcos Freire + Jarbas Vasconcelos + Fernando Lyra + Cristina Tavares + Mauro Ferreira Lima + Egídio Ferreira Lima + Mayrílio Ferreira Lima + Fernando Ferro + Paulo Ruben + tantos outros. Há um retrocesso. Sendo "bonzinho", podemos dizer que Marília é um pouco progressista, mas muito mandona e tem muita sede de poder. Caso Marília vá para um partido de direita, que é o mais provável, é uma prova que o meu raciocínio está correto. Além de demonstrar o domínio familiar dos Arraes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário