quinta-feira, 24 de março de 2022

Os donos dos partidos

 

(Foto: Paulo Emílio)

Por Michel Zaidan

As famílias se sucedem no domínio das organizações e das legendas. São instrumentos de interesses particulares, pessoais ou de grupo


 

 

 Mal sabia Pareto e Michels que sua teoria das oligarquias partidárias iam  encontrar  assento na política de Pernambuco.. Pobre política pernambucana desse século XXI. Parece que vivemos num ambiente em que os partidos políticos  nunca se institucionalizaram por completo, com regras, estrutura e um funcionamento democrático, coletivo. Dão  sempre a impressão  de serem biombos, guarda-chuva, ônibus ou frentes, sem uma fisionomia própria, uma ideologia  programática. Uma identidade. 

Aqui, Pernambuco, os partidos têm  donos. São verdadeiras oligarquias, pior, familiares. As famílias se sucedem no domínio das organizações  e das legendas. São instrumentos de interesses particulares, pessoais ou de grupo. Há  um verdadeiro comércio  das siglas partidárias, quando se discute alianças, apoios e as candidaturas, mais ainda as majoritárias  (prefeito, governador, senador).

O imbróglio  político  que envolveu a saída da deputada Marília Arraes do Partido dos Trabalhadores e sua possível ida para o Cidadania, em razão  de sua pretensão  legítima  em se candidatar ao Senado, é  um mais episódio  desse lamentável  quadro  partidário.  Alguns  donos de partido  em Pernambuco: Fernando Bezerra Coelho, Luciano Bivar, André de Paula, Humberto Costa, Roberto Freire. Anderson Ferreira e outros.

EM TEMPO: Os Arrais também fazem parte desse domínio familiar e a Marília também

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