terça-feira, 30 de novembro de 2021

21 dias de ativismo: pelo fim da violência contra as mulheres

Lutar contra o governo Bolsonaro e contra o capital!

No dia 25 de novembro, Dia Internacional de Não Violência Contra as Mulheres, iniciou-se uma jornada de 16 dias de ativismo pelo fim da violência sistemática contra as mulheres. O dia foi estabelecido no primeiro encontro feminista da América Latina e do Caribe, que aconteceu em julho de 1981 em Bogotá e remete à memória das irmãs Mirabal (Minerva, Pátria e Maria Teresa) – “ Las Mariposas ”, como eram conhecidas clandestinamente. 

Elas foram brutalmente assassinadas devido à luta contra a ditadura sanguinária de Rafael Trujillo, na República Dominicana (1930 – 1961), um dos regimes ditatoriais mais violentos da América Latina.

No Brasil, os dias de ativismo começam no dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, que remete à morte de Zumbi dos Palmares e a toda história de resistência e enfrentamento à escravidão pelos povos africanos e afro-brasileiros. Lutas e organizações foram protagonizadas por diversas mulheres negras, como Acotirene, conselheira e dirigente do Quilombo dos Palmares e Zeferina, exímia estrategista e organizadora do Quilombo do Urubu.

Em uma conjuntura tão adversa para a classe trabalhadora, principalmente para as mulheres, população LGBT, população negra e povos indígenas, retomar a história tanto das irmãs Mirabal, contra a ditadura militar, quanto de Zeferina e Acotirene contra a escravidão é parte fundamental da disputa da memória de combatividade das mulheres e dos povos negros e indígenas no Brasil e na América Latina.

O governo reacionário de Bolsonaro, Mourão e Guedes, com suas medidas ultraliberais e protofascistas, foi responsável por um genocídio. Suas políticas de ampliação da contaminação pela a COVID-19 e negação das medidas científicas de controle, aliaram-se ao aumento da fome e do custo de vida, ao avanço das privatizações das empresas públicas, do desemprego e da desassistência dos serviços sociais e de saúde. No último trimestre de 2020, 8,5 milhões de mulheres perderam seus empregos, enquanto 116 milhões de brasileiros estão em situação de insegurança alimentar e 19 milhões passam fome. 

As reformas trabalhistas e da previdência, junto com a retirada de outros direitos durante a pandemia, facilitam o assédio moral e as violências físicas e sexuais no trabalho, nos lares e nos espaços públicos, ao diminuir ou retirar a autonomia financeira de milhares de mulheres.

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Alckmin elogia acordo de partidos rivais na Alemanha, e presentes veem aceno a Lula


FOLHApress - CAMILA MATTOSO

seg., 29 de novembro de 2021

 


***ARQUIVO***DIADEMA, SP, 12.11.2021 - O ex-governador Geraldo Alckmin durante a gravação do reality show


BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Em reunião com lideranças sindicais nesta segunda-feira (29), Geraldo Alckmin (de saída do PSDB) fez uma leitura do contexto político da Alemanha que soou aos presentes como referência positiva à possibilidade de ser vice em chapa presidencial encabeçada por Lula (PT) em 2022.

O ex-governador disse que o Brasil precisa de acordos e coligações, e citou o acerto a partir do qual Olaf Scholz, do SPD, foi escolhido como sucessor da primeira-ministra Angela Merkel, CDU. Os partidos são rivais.

Em outro momento, Alckmin falou das diferenças nas trajetórias do Brasil e do restante da América do Sul, que se dividiu em países menores. O Brasil teria, então, muita diversidade interna.

A combinação de análises dos contextos internacional e federal, ignorando SP, deixou líderes sindicais com a impressão de que ele tentava se mostrar gabaritado para ocupar um cargo nacional. Os representantes de UGT, Força Sindical, UGT, CTB e Nova Central disseram ter visto empolgação em Alckmin, que recebeu o convite na sexta à tarde e na segunda já participou do encontro.

Em conversa posterior com os dirigentes, Alckmin traçou um mapa sobre as eleições com Lula, Jair Bolsonaro (sem partido), Sergio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB).

Alckmin teria dito que o tucano acabará isolado em 2022, sem apoio de partidos. Nesse desenho, Lula ficaria com os partidos de esquerda e centro-esquerda e Bolsonaro, com o centrão, disputando o apoio da direita e da centro-direita com seu ex-ministro da Justiça.

 

Pernambuco precisa de uma alternativa eleitoral comprometida com o Poder Popular


O mundo vive a maior pandemia do século combinada com os efeitos da crise capitalista iniciada em 2008, crescimento do neofascismo e aumento da pobreza, miséria, fome, desemprego e precariedade. A pandemia deixou claro como até nos países ricos, como Itália e Reino Unido, os anos de ofensiva da burguesia e ataque aos trabalhadores – resumidos no título de neoliberalismo – aumentaram as condições de caos e barbárie. O Brasil não foge à regra do mundo capitalista.

Nosso país vive uma piora significativa das condições de vida do povo trabalhador desde 2015 até agora – passando pelo golpe de 2016, governo antipopular de Michel Temer e eleição do liberal-fascista Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e aliados. Nosso país tem metade da população passando fome; mais de 15 milhões de desempregados (e outros milhões na informalidade); destruição dos serviços públicos na saúde, educação, cultura e demais políticas públicas; crescimento recorde da pobreza, miséria e das desigualdades; ataque à soberania nacional, entrega das riquezas naturais, privatização de empresas públicas estratégicas (como Correios e Eletrobras); tentativa de extermínio dos povos originários, quilombolas, comunidades tradicionais e povos das florestas; aumento do custo de vida com disparada do preço da alimentação e combustíveis etc.

A lista de tragédias provocadas pelo ataque da burguesia, dos ricos, materializado no Governo Bolsonaro, Paulo Guedes e aliados é gigantesca. É parte desse quadro político e econômico o genocídio em curso que já matou mais de 600 mil brasileiros. Nessa altura do campeonato, não restam mais dúvidas de que o bolsonarismo usou e usa a pandemia do covid-19 como uma arma de extermínio contra o povo trabalhador– política que não é só da cabeça de Jair Bolsonaro, mas espelha a declaração de vários membros da burguesia brasileira que, em nome do lucro, falaram que a economia “não pode parar”.

Em Pernambuco, embora não tenhamos um governo que se diga aliado do Bolsonarismo, o histórico do PSB e do Governo Paulo Câmara é se omitir ou contribuir com essa guerra da burguesia ao povo trabalhador. Senão vejamos: 

domingo, 28 de novembro de 2021

Presidente do PSB compara Moro a Bolsonaro: "Figura igualmente nociva"



Yahoo Notícias, Ana Paula Ramos e Larissa Arantes

Siqueira avalia que resultado da eleição de 2018, com vitória de Jair Bolsonaro, é fracasso do sistema político



·         O PSB ainda aguarda algumas movimentações para cravar seu posicionamento para 2022

·         O presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, falou com exclusividade ao Yahoo! Notícias

·         Ele não poupou críticas ao ex-juiz Sergio Moro e o comparou ao presidente Jair Bolsonaro

Envolvido nas discussões sobre quais serão as condições de apoio ao PT nas eleições presidenciais do ano que vem, o PSB ainda aguarda algumas movimentações no atual cenário político para cravar seu posicionamento para 2022. Ainda assim, o presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira, não poupou críticas ao ex-juiz Sergio Moro e o comparou ao presidente Jair Bolsonaro: "Figura igualmente nociva".

Em mais uma reportagem da série de entrevistas do Yahoo! Notícias com os dirigentes partidários sobre 2022, Siqueira foi enfático em dizer que "a atuação nociva dele (Sergio Moro) sai do sistema jurídico brasileiro para o mundo da política". O presidente do PSB afirma que a candidatura do ex-presidente Lula (PT) é a que possui, atualmente, condições de derrotar Bolsonaro porque, segundo ele, a disputa no país hoje não é entre esquerda e direita, mas entre "autoritarismo e democracia".

Para Siqueira, a eleição de Bolsonaro é a prova de que o sistema político brasileiro "faliu" e também por isso ainda não é possível apontar com clareza o que esperar de 2022. Diante das conversas sobre o possível apoio ao PT, Siqueira destacou que já foi apresentada a demanda de que a sigla indique o candidato a vice na chapa com Lula, no entanto, os petistas terão que atender também outras reivindicações do PSB que passam pelas articulações aos governos estaduais como São Paulo e Rio de Janeiro.

"O PT precisa escolher se quer disputar a Presidência da República ou quer fazer essas disputas regionais", concluiu.

Possível filiação de Alckmin ao PSB para ser vice de Lula e a articulação nos Estados

sábado, 27 de novembro de 2021

Lula diz que tem que voltar ao poder para que “o povo possa comer 3 vezes ao dia”

 

Poder360 

De passagem pela Europa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que precisa retornar ao poder para “que o povo como 3 vezes por dia“. Vindo de Berlim, Bruxelas e Paris, Lula passou por Madri, onde concedeu uma entrevista ao El País.

Segundo o petista, a sua motivação vem da situação em que o país se encontra hoje: desemprego, inflação e volta da fome. “O Brasil está quebrado“, falou.

Apesar do clima de campanha e da declarada vontade de voltar a governar, Lula ainda não confirmou a sua candidatura para as eleições presidenciais de 2022. Segundo ele, isso “não depende de uma vontade pessoal“. É necessário fazer alianças para não apenas ganhar as eleições, mas conseguir governar.

Não posso voltar para fracassar. Tenho que voltar para fazer o Brasil recuperar o seu prestígio internacional, e que o povo possa comer 3 vezes ao dia.

Para Lula, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) venceu a eleição em um momento de “anomalia na política mundial“, com a chegada de Donald Trump aos Estados Unidos e o crescimento do partido de extrema-direita Vox, na Espanha.

Aconteceu no mundo todo. A mentira prevalece sobre a verdade“, afirmou. “Bolsonaro é mentiroso, não entende a economia, não entende os problemas sociais.

Para a recuperação do país no pós-pandemia, o político disse que, se necessário, o Estado “tem que colocar o dinheiro para que a economia cresça“. Ele citou o fundo de € 760 bilhões liberado pela UE (União Europeia) e o pacote social de US$ 1,75 trilhão do presidente norte-americano, Joe Biden.

Sobre a pré-candidatura do ex-juiz Sergio Moro (Podemos) ao Planalto, Lula disse não se preocupar: “ele que precisa ficar preocupado“. “Sem a proteção da toga de juiz e sem a proteção do Código Penal, será candidato como eu, como cidadão comum. E, nesse caso, é muito mais fácil [vencer Moro]”, concluiu.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Pesquisa Ipespe mostra vitória de Lula, queda de Bolsonaro e crescimento de Moro

Yahoo Notícias, Ana Paula Ramos

sex., 26 de novembro de 2021



Pesquisa mostra que Lula da Silva (PT) lidera com 42%, seguido por Bolsonaro, com 25% e Sergio Moro (Podemos) com 11% (Fotos: Getty Images)


·         Pesquisa Ipespe mostra vitória de Lula (PT) com 42% na disputa à Presidência da República em 2022

·         Presidente Jair Bolsonaro teve queda de 3 pontos mas segue em segundo lugar

·         Ex-juiz Sergio Moro cresceu 3 pontos e chegou a 11%

Segundo Pesquisa Ipesp, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua liderando todos os cenários eleitorais para o Planalto em 2022. Realizado de 22 a 24 de novembro, o levantamento mostra Lula com 42% das intenções de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro, com 25%, e o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT), tecnicamente empatados em terceiro lugar, dentro da margem de erro da pesquisa (3,2 pontos percentuais para mais ou para menos).

É a primeira rodada do Ipespe (ex-Ibope) após o lançamento da pré-candidatura de Moro. O ex-juiz da Lava Jato marcou 11%, enquanto Ciro Gomes tem 9%.

O PSDB, com João Doria ou Eduardo Leite, não passa de 2% nos dois cenários. O partido espera concluir neste sábado (27) as prévias que vão escolher o pré-candidato tucano à disputa presidencial de 2022.

Em relação à última pesquisa, em outubro, Lula subiu um ponto percentual e aumentou em 17 pontos sua vantagem sobre Bolsonaro no segundo turno: 42% a 25%.

Bolsonaro caiu 3 pontos, enquanto Moro subiu três.

Com o ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro no segundo turno, Lula vence com 51% a 34%.

Avaliação do governo Bolsonaro

Na pesquisa sobre a avaliação do governo de Jair Bolsonaro, 63% dos entrevistados disseram desaprovar a gestão, contra 31% que aprovam. Os percentuais mantiveram-se estáveis desde o último levantamento, quando a desaprovação estava em 64% e a aprovação em 30%. Dos entrevistados, 54% consideram que o trabalho de Jair Bolsonaro é “ruim” ou “péssimo”. Já os que consideram “ótimo” ou “bom” são 25%, e 20% acha regular.

EM TEMPO: Não há novidade na Pesquisa, em termos de lista de pré-candidatos, uma vez que o ex-Ministro de Bozo já era citado nas pesquisas anteriores. O que a pesquisa diz é que Moro e Bozo são irmãos "gêmeos". 

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Lula na Europa: Qual a importância da viagem para a eleição de 2022?

Yahoo Notícias, Ana Paula Ramos




Ex-presidente Lula foi recebido pelo presidente da França, Emmannuel Macron, durante viagem à Europa (Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula)



·         Em viagem à Europa, ex-presidente Lula se encontro com líderes políticos europeus para "recuperar imagem" do Brasil no exterior

·         Principal tema das conversas foi a agenda ambiental

·         Recepção do petista na Europa pode influenciar na campanha eleitoral de 2022?

ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou na última semana uma viagem pela Europa e se encontrou com líderes políticos e sociais do continenterecepção do presidente francês Emmanuel Macron a Lula, com pompas de chefe de Estado, foi um sinal do prestígio do petista que chamou a atenção. Embora oficialmente o ex-presidente não tenha declarado a candidatura à Presidência da República em 2022, Lula tem articulado a busca de apoio na política nacional e internacional.

O petista afirmou que o foco da visita é “recuperar a confiança” do país.

“Estou viajando para dizer ao mundo que o que o Brasil tem de melhor é o povo brasileiro. O Brasil não se resume a seu atual governante. Essa é a razão da minha viagem. Recuperar a confiança no Brasil”, escreveu o petista, em suas redes sociais.

Lula iniciou a viagem pela Alemanha, onde se encontrou com Olaf Scholz, atual vice-chanceler, ministro das Finanças e provável sucessor de Angela Merkel. Em seguida, foi aplaudido de pé não Parlamento Europeu em Bruxelas. Lula ainda se encontrou com o presidente da França, a prefeita de Paris e o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánches.

Mas qual o peso político das viagens internacionais do ex-presidente para as eleições de 2022?

Em todas as conversas de Lula no exterior, as mudanças climáticas e a agenda ambiental estiveram presentes. A atuação do governo de Jair Bolsonaro na preservação do meio ambiente é uma das principais causas da péssima reputação do Brasil no exterior. E o tema da agenda ambiental pode ter impacto na campanha eleitoral de 2022. Na avaliação do deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP), coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, "a pauta ambiental obrigatoriamente estará presente na campanha eleitoral do ano que vem". 

"A sustentabilidade deixou de ser moda para se tornar protagonista, sobretudo neste momento em que atravessamos", avalia. "A pressão internacional por uma postura mais sensata por parte do Brasil já começa a ser sentida. As mudanças climáticas estão batendo à nossa porta. Deixaram de ser coisa de 'ecochato' e agora todos percebem no cotidiano, como nos casos das queimadas e das nuvens de poeira que assustaram muito este ano". Segundo o parlamentar, os candidatos terão de fazer o 'dever de casa' sobre a agenda ambiental.

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Inquérito de capa de revista que compara Bolsonaro a Hitler é arquivado pela Justiça

Yahoo, Redação Notícias

qua., 24 de novembro de 2021

Capa da revista IstoÉ ao lado de versão sugerida pelo Governo Federal. Foto: Reprodução

O inquérito que investigava jornalistas da revista IstoÉ pela capa de uma edição que comparava o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a Adolf Hitler foi arquivado por determinação do juiz Frederico Botelho de Barros Viana, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal.

O inquérito foi pedido pelo ministro da Justiça Anderson Torres à Polícia Federal. O ministro chegou a publicar um comentário nas redes sociais afirmando que a matéria seria um crime contra a honra de Bolsonaro.

A edição saiu no dia 15 de outubro e retrata uma foto de Bolsonaro caracterizado com referência a Adolf Hitler. A manchete dizia: “As práticas abomináveis do mercador da morte”. Em cima da imagem do presidente, foi colocado um bigode, referente ao ditador nazista, formado com a palavra “genocida”.

A reportagem de capa falava sobre o relatório final da CPI da Covid. “O Brasil está enfrentando seu momento Nuremberg [tribunal que julgou crimes do regime nazista]. É hora de compreender a extensão da catástrofe perpetrada pelo presidente e por seus asseclas. E é o que a comissão está fazendo”, diz o texto da matéria. Segundo a revista, a comparação com Hitler se dá pois o relatório da CPI aponta que Bolsonaro adotou práticas do regime alemão em seu governo. O texto afirma que o presidente “patrocinou experiências desumanas inspiradas no horror nazista”.

O juiz entendeu que o inquérito representa um “constrangimento ilegal”, uma vez que “não se verifica a existência de qualquer indício, mínimo que seja, apto a justificar a existência de procedimento investigatório relacionado a crimes contra a honra".

"A existência de inquérito policial com o fim de investigar atos que notavelmente não caracterizam a existência de quaisquer delitos, mas que simplesmente concretizam a livre manifestação de pensamento e a livre atuação da imprensa, é, por si só, um constrangimento ilegal que viabiliza a atuação, de ofício, por parte deste Juízo", disse. Ele afirmou também que “eventuais ações estatais que busquem restringir o exercício de tais direitos devem ser colocadas sob rigoroso escrutínio, tudo sob pena de limitação indevida de garantias fundamentais traçadas pela própria Constituição Federal”.

 

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Chacina do Salgueiro: Sobe para 10 número de mortos por violência em São Gonçalo

Yahoo, Redação Notícias

ter., 23 de novembro de 2021

Um clima de tensão e medo tomou conta do conjunto de sete favelas, onde vivem cerca de 60 mil pessoas na região metropolitana do Rio de Janeiro. (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

As mortes por uma onda de violência no complexo de favelas do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), subiram para ao menos 10 desde o fim de semana, informou a polícia fluminense nesta terça-feira.

Além da morte de um sargento da polícia no sábado em um suposto ataque de criminosos e dos oito corpos encontrados por moradores em um manguezal na segunda-feira após uma operação policial, uma nova morte foi contabilizada pela polícia. Segundo a Polícia Militar, o morto teria participado do ataque que matou o sargento.

 “Uma equipe do Samu foi acionada ao Salgueiro por conta de um indivíduo ferido, e criminosos armados obrigaram a retirada deste do local. O homem foi a óbito e reconhecido por policiais do 7ºBPM como um dos envolvidos no ataque criminoso à guarnição no sábado“, informou a PM em nota.

morte do agente de segurança foi seguida de uma série de operações da PM no local. Um clima de tensão e medo tomou conta do conjunto de sete favelas, onde vivem cerca de 60 mil pessoas na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Na segunda-feira, oito corpos foram encontrados por moradores do Salgueiro após uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar fluminense no local.

Segundo a polícia, das oito vítimas, sete foram identificadas, e cinco tinham antecedentes criminais. As vítimas usavam roupas camufladas.

Nas redes sociais, moradores da comunidade afirmaram que o número de mortos pode ser maior. Parentes das vítimas disseram que há suspeita de tortura em alguns dos corpos e alegam que havia marcas de facadas e tiros.

MORADORES DO VIANA E MOURA FAZEM VIGÍLIA EM MEMÓRIA DE GIVONEIDE ALVES

Texto extraído do Blog de R.A em 23.11.2021

 

 

Moradores do bairro Viana e Moura realizaram uma vigília em memória de Givoneide Alves (32) assassinada no último dia 16. 

Um vizinho dela, Felipe Oliveira (23), foi flagrado em câmeras de segurança e preso pela polícia confessou o crime. Ele teria roubado uma moto e objetos da vítima.

Fabiana do Hospital, que mora no Viana e Moura, nos enviou um texto de agradecimento de familiares e amigos de Givoneide,  aos que participaram da vigília:

Bom dia a todos!

Gostaríamos de agradecer imensamente a presença de todos que puderam participar desse momento de emoção,  luta , amor ao próximo e acima de tudo compaixão a essa família enlutada, aos amigos e parentes. Queremos aqui expressar nosso sentimento de agradecimento pela união de todos que se fizeram presente, que esse momento sirva de reflexão pra todos nós, que as mulheres lutem cada vez mais por uma sociedade sem violência, sem medo de se expressar,  de andar por onde quiser sem temer o mal.

Agradecer a todos que de uma forma direta ou indiretamente se uniram em oração pra levar um pouco de conforto aos que sofrem a perda da querida Givoneide Alves. Que fique em cada um a esperança de dias melhores e que a justiça seja feita.

Gratidão a todos! 

Familiares, amigos e moradores do bairro Viana e Moura.

A Secretaria da Mulher de Garanhuns divulgou uma nota a respeito do assassinato da moradora do Viana e Moura.


 EM TEMPO: Vamos aguardar que a Polícia Civil conclua a investigação desse  Femicídio

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

No Dia da Consciência Negra, cidades têm protestos contra Bolsonaro

FOLHA

 

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Além das celebrações previstas para comemorar o Dia da Consciência Negra, diversas cidades brasileiras realizam hoje atos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o racismo. Foram registrados atos nas cidades de São Paulo, Campinas (SP), Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Campo Grande, Florianópolis, Londrina (PR), Belém, Altamira (PA), entre outras. As marchas foram organizadas por movimentos sociais e sindicais e contam com apoio de partidos de oposição ao presidente. Entre as principais pautas estão críticas ao desmonte de políticas públicas ligadas à população negra pelo governo Bolsonaro e o aumento no preço dos alimentos e do gás.

Nas capitais baiana, paulista e fluminense, as manifestações ocorreram perto do monumento dedicado a Zumbi dos Palmares. Em Salvador houve a tradicional lavagem da estátua de Zumbi, que em São Paulo aconteceu pela primeira vez. Manifestantes também se concentram no vão do Masp, na avenida Paulista, de onde sairá uma marcha. Em Fortaleza, os participantes dos atos se reuniram no centro da cidade. A concentração começou às 8h no Passeio Público, com caminhada até a Praça dos Leões.

No ato realizado pela manhã no Rio, o presidente do Conselho Estadual de Direitos do Negro (Cedine), Luiz Eduardo de Oliveira, conhecido como Negrogun, lembrou que, em 2021, completam-se 50 anos desde a primeira comemoração da Consciência Negra no país. "Estamos celebrando a vida e a liberdade. A vida porque essa pandemia ceifou tantas vidas nossas, que, nós, que ainda estamos vivos, temos que celebrar a memória deles que já foram. E a liberdade temos que celebrar sempre, ainda mais num momento em que vemos tantas injustiças, tantos jovens sendo presos, por reconhecimentos absurdos por fotos", disse Negrogun.

"O racismo não é uma questão individual, personalista. O racismo não é um traço do indivíduo. Ele é uma condicionante que forma a estrutura da nossa nação. Nossa nação foi forjada a partir de princípios que são completamente racistas. A própria ideia de escravidão, como ela se deu, já é o maior sinal disso", explica o coordenador de Promoção da Igualdade Racial do município do Rio de Janeiro, Jorge Freire.

O município do Rio de Janeiro preparou este ano uma série de eventos para celebrar a Consciência Negra ao longo de todo o mês, em um calendário de ações chamado Novembro Negro. Na cidade de São Paulo também estão previstas mais de 100 atividades para celebrar a data.