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Investigações dos atos golpistas culminam em Bolsonaro (Foto: ABr | Reuters | Polícia Federal) |
Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas, das quais 25 são militares
21 de novembro de 2024
247 – A Polícia Federal
(PF) indiciou, nesta quinta-feira (21), o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) e
ex-integrantes do governo bolsonarista por crimes relacionados à tentativa de
golpe de Estado após a derrota na eleição de 2022. As acusações incluem
abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de
Estado, além de organização criminosa.
Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas,
incluindo o ex-mandatário, generais, o ex-chefe da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) e o blogueiro Paulo Renato de Oliveira Figueiredo, neto de
João Baptista Figueiredo, último presidente da ditadura militar no Brasil.
Em publicação na rede social X,
Figueiredo afirmou se sentir "honrado" por estar entre os indiciados.
“Acabei de ver nos jornais que meu nome consta na lista dos indiciados pela
Polícia Federal. Sinto-me honrado. Aguardo ansiosamente os próximos acontecimentos”,
escreveu.
De acordo com o site Metrópoles, investigações da PF indicam que o blogueiro
teria atuado na propagação de desinformação e na incitação para que militares
aderissem ao golpe.
A Procuradoria-Geral da República
(PGR) será responsável por decidir se apresentará denúncia contra os
indiciados, enquanto o julgamento caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF). Dos
37 nomes, 25 são militares.
Confira a lista:
1. 1. Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado
do Exército acusado de intermediar inserção de dados ilegal em cartões de
vacinação contra Covid-19;
2. 2. . Alexandre Castilho Bitencourt da Silva, coronel do
Exército e um dos autores do documento de teor golpista "Carta ao
Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército
Brasileiro";
3. 3. Alexandre Ramagem, deputado federal,
ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e delegado da
Polícia Federal;
4. 4. Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
5.
5. 5. Amauri Feres Saad, advogado citado na CPI dos Atos
Golpistas como "mentor intelectual" da minuta do golpe encontrada com
Anderson Torres;
6. 6. Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
7. 7. Anderson Lima de Moura, coronel do Exército e um
dos autores do documento de teor golpista "Carta ao Comandante do Exército
de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro";
8. 8. Angelo Martins Denicoli, major da reserva do
Exército que chegou a ocupar cargo de direção no Ministério da Saúde na gestão
Eduardo Pazuello;
9. 9. Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do
Gabinete de Segurança Institucional e general da reserva do Exército;
1010. Bernardo Romão Correa Netto, coronel acusado de
integrar núcleo responsável por incitar militares a aderirem a uma estratégia
de intervenção militar para impedir a posse de Lula;
1111. Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, engenheiro
contratado pelo PL para questionar vulnerabilidade das urnas eletrônicas
durante eleições de 2022;
12. Carlos Giovani Delevati Pasini, coronel do Exército
suspeito de ter participado da confecção da "Carta ao Comandante do
Exército de Oficiais Superiores da Ativa e Exército Brasileiro";
13. Cleverson Ney Magalhães, coronel da reserva do
Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres;
14. Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general
da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;
1515. Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército
adido em Israel e supostamente envolvido com carta de teor golpista;
16. Filipe Garcia Martins, ex-assessor da Presidência
da República que participou da reunião que tratou da minuta de golpe;
17. Fernando Cerimedo, empresário argentino que fez
live questionando a segurança das urnas eletrônicas durante as eleições de 2022;
18. Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército e
um dos responsáveis pelo monitoramento clandestino de opositores políticos;
19. Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel e
ex-comandante do 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia que desmaiou
quando a PF bateu à sua porta;
2020. Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército
identificado em trocas de mensagens com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro
Mauro Barbosa Cid;
21. Jair Bolsonaro, ex-presidente da República,
ex-deputado, ex-vereador do Rio de Janeiro e capitão da reserva do Exército;
22. José Eduardo de Oliveira e Silva, padre da diocese
de Osasco;
23. Laercio Vergililo, general da reserva envolvido em
suposta trama golpista;
24. Marcelo Bormevet, policial federal suspeito de
integrar o esquema de espionagem ilegal conhecido como "Abin
paralela";
2525. Marcelo Costa Câmara, coronel da reserva e
ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro;
26. Mario Fernandes, ex-número 2 da Secretaria-Geral da
Presidência, general da reserva e homem de confiança de Bolsonaro. É suspeito
de participar de um grupo que planejou as mortes de Lula, Alckmin e Moraes;
27. Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência,
tenente-coronel do Exército (afastado das funções na instituição);
28. Nilton Diniz Rodrigues, general do Exército
suspeito de participar de trama golpista;
29. Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho,
empresário e neto do ex-presidente do período ditatorial João Figueiredo;
3030. Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-ministro da
Defesa e ex-comandante do Exército;
31. Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel e
integrante do grupo 'kids pretos';
32. Ronald Ferreira de Araujo Junior, tenente-coronel
do Exército;
33. Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros,
tenente-coronel que integrava o "núcleo de desinformação e ataques ao
sistema eleitoral";
34. Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro e
considerado um dos pilares do chamado "gabinete do ódio";
35. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido pelo
qual Jair Bolsonaro e Braga Netto disputaram as eleições de 2022;
36. Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e
candidato a vice de Bolsonaro em 2022, general da reserva do Exército;
3737. Wladimir Matos
Soares, policial federal que atuou na segurança do hotel em que Lula ficou
hospedado na transição. Ele é suspeito de participar de grupo que planejou as
mortes de Lula, Moraes e Alckmin.