Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Numa conjuntura
marcada pela conciliação de classes e pelo aprofundamento do assalto da
burguesia aos direitos da classe trabalhadora, ir às ruas no 1º de Maio é um
imperativo para os trabalhadores e as trabalhadoras! O 1º de Maio representa
historicamente não apenas a memória das lutas de nossa classe no enfrentamento
à brutalidade do capital, mas também um momento de resistência e de acúmulo de
forças para a necessária contraofensiva da classe organizada.
Em 2025, o 1º de Maio
ganha contornos ainda mais importantes, pois é um momento especial para a
retomada das manifestações nas ruas e locais de trabalho, visando avançar na
luta por direitos, melhores salários e dignas condições laborais, por parte das
diversas categorias de trabalhadores e trabalhadoras que se mobilizam nas
campanhas salariais, pela redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais
sem redução salarial e pelo fim da escala 6 x 1.
Seguimos combatendo a
extrema-direita e a ascensão do neofascismo, exigindo punição exemplar aos
golpistas de ontem e de hoje, com prisão para Bolsonaro e seus cúmplices. Ao
mesmo tempo, enfrentamos a política econômica da coalizão burguesa representada
pelo governo Lula-Alckmin, responsável pela continuidade da agenda neoliberal,
com a aprovação do Arcabouço Fiscal, a política de juros altos, aumento dos
preços dos alimentos e a retirada de direitos sociais e trabalhistas.
A abertura de crédito
consignado aos trabalhadores e às trabalhadoras da iniciativa privada,
colocando o saldo do FGTS como garantia, demonstra que o governo Lula opta pelo
incentivo ao consumo através do endividamento da classe trabalhadora,
favorecendo o sistema financeiro, no lugar de promover ações voltadas à
valorização dos salários, melhoria das condições de trabalho, investimento em
programas sociais e redução da jornada de trabalho, com a garantia de empregos
estáveis e ampliação dos direitos trabalhistas.
Pela reorganização da
classe trabalhadora na luta por direitos
Somente a luta
organizada dos e das trabalhadoras, com a mobilização nos locais de trabalho e
moradia, construção de movimentos e greves unitárias, será possível garantir as
condições para derrotar a conciliação de classes e o avanço do neofascismo.
Nos somamos a todos
os trabalhadores e trabalhadoras, em especial os/as precarizados/as e
desempregados/as, mais fortemente atingidos/as pela barbárie cotidiana do
capital. Conclamamos os setores da esquerda combativa e o campo classista a se
somarem na construção da contraofensiva da nossa classe, que passa pela
organização de fortes e consequentes lutas do setor público e privado, pela
defesa intransigente dos direitos sociais historicamente conquistados e a
necessária realização de um grande Encontro da Classe Trabalhadora, que aponte
para a emancipação do povo trabalhador, no rumo do poder popular e do
socialismo.
Passa também pela
atuação dos comunistas e da esquerda classista como um todo, junto aos
trabalhadores e às trabalhadoras, nas fábricas, nas escolas e universidades,
nos hospitais, nas empresas públicas e privadas dos setores estratégicos da
economia, nos locais de moradia, nos transportes e nas ocupações urbanas e
rurais.
Por um 1º de Maio
Classista, de luta contra a burguesia, o capital e a conciliação de classes,
por mais direitos para a classe trabalhadora, em apoio às demandas do serviço
público, por salário, carreira e condições de trabalho, por emprego, moradia,
pela vida da nossa juventude preta e periférica, pelas mulheres, lgbts e todo
povo oprimido! Viva a luta da classe trabalhadora!

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