Vai pegar fogo – ato convocado por Silas Malafaia (Foto: Reprodução X) |
Empresário da fé
postou mensagem que pode ser associada a incêndios na convocação para o ato da
extrema direita no 7 de setembro
25 de agosto de 2024
247 – O empresário da fé Silas Malafaia, que é um expoente da extrema-direita no Brasil e tem convocado atos contra as instituições no dia 7 de setembro, tem sido associado por internautas aos incêndios criminosos. Isso porque em vídeos e memes ele difundiu a mensagem "vai pegar fogo" na convocação para os protestos contra o ministro Alexandre de Moraes – o que pode ser interpretado como "apito de cachorro". Confira e saiba mais:
O termo "apito de cachorro"
(em inglês, "dog whistle") é uma metáfora usada para descrever uma
mensagem política ou comunicação que é codificada de forma a ser entendida por
um grupo específico, mas não por outros. Essa expressão vem do apito de
cachorro real, que emite um som em uma frequência que apenas os cães podem
ouvir.
Na política, um "apito de
cachorro" é uma mensagem que contém uma conotação ou significado especial
para uma audiência particular sem ser percebida de maneira óbvia pelo público
em geral. É frequentemente usada para transmitir ideias ou posições
controversas ou divisivas sem que isso seja claramente detectado por todos.
Por exemplo, um político pode usar
uma linguagem aparentemente neutra ou inofensiva que, para uma audiência
específica, tem um significado mais profundo ou alinhado com crenças extremas
ou preconceituosas. Isso permite que o político mantenha uma postura pública
aceitável enquanto comunica suas intenções reais para uma base mais restrita.
Saiba mais sobre as investigações da PF:
Continue lendo
Agência de Brasil – O governo federal
acionou a Polícia Federal (PF) para investigar a possível origem criminosa das
queimadas que se espalharam pelo estado de São Paulo nesta semana. A informação
foi confirmada neste domingo (25) pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva,
que esteve na sede do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios
Florestais (Prevfogo), em Brasília.
A ministra disse que o governo
trabalha com a suspeita de uma ação criminosa similar ao “dia do fogo”, numa
referência ao 10 de agosto de 2019, quando uma ação orquestrada de criminosos
ateou fogo em mais de 470 propriedades rurais. “Há uma forte suspeita de que
está acontecendo de novo”, afirmou.
“Nesse momento é uma verdadeira
guerra contra o fogo e a criminalidade”, disse a ministra. “Tem uma situação
atípica. Você começa a ter em uma semana, praticamente em dois dias, vários
municípios queimando ao mesmo tempo. Isso não faz parte de nossa experiência de
combate ao fogo.”
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva também compareceu à sala de situação montada há dois meses no Prevfogo
para acompanhar a situação dos focos de incêndio. Ele assegurou recursos e
ações do governo federal para debelar as chamas, que disse serem difíceis de
apagar. “A gente acaba de apagar o fogo você vira as costas e ele acende outra
vez”.
Também compareceram ao local o
ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o presidente do
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),
Rodrigo Agostinho, e o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. Todos
permaneceram cerca de uma hora na sala de situação, onde é possível acompanhar
em tempo real os focos de incêndio em diferentes regiões do país, via imagens
de satélite.
“Em São Paulo, não é natural, em
hipótese alguma, que em dois dias tenha diversas frentes de incêndio envolvendo
concomitantemente vários municípios”, reiterou Marina sobre as suspeitas de
ação criminosa. “É preciso parar de atear fogo”, apelou. “O fogo não é estadual
nem municipal, é um fogo que prejudica o Brasil."
A ministra avalia que a situação
poderia ser muito pior se o governo federal não tivesse se preparado desde o
início do mandato de Lula para um possível aumento nas queimadas. Ela afirmou
que "não é verdade que haja falha do governo federal".
Marina mencionou o envio da aeronave
KC-390, da Força Aérea Brasileira (FAB) para auxiliar no rescaldo das chamas,
mas relatou que o avião ainda não pode atuar por questões de segurança, devido
à grande quantidade de fumaça.
Investigações
Ao lado da ministra, o diretor-geral
da PF, Andrei Rodrigues, confirmou a existência de 31 inquéritos para apurar
condutas criminosas ligadas aos incêndios florestais na Amazônia e mais 20
relacionadas ao Pantanal, além de duas investigações abertas para apurar a
situação em São Paulo. “Mobilizamos as nossas 15 delegacias espalhadas pelo
interior [de SP] para que a gente possa identificar essa questão que envolve
essas queimadas no estado”.
Rodrigues também explicou que o
governo dispõe de ferramentas que permitem retroceder as imagens de satélite,
até a identificação da origem dos focos de calor, o que deve auxiliar em grande
medida as investigações. A atuação da PF no caso se justifica devido ao impacto
do problema em áreas de interesse da União, como o funcionamento dos
aeroportos.
Neste domingo (25), o governo
paulista informou que há 21 cidades de São Paulo com focos ativos, e outras 46
cidades em alerta máximo para uma possível aproximação das chamas.
Fumaça
A fumaça gerada pelas chamas no
interior paulista e em outras regiões tem sido carregada por ventos favoráveis
para as regiões centrais do país. Neste domingo, por exemplo, Brasília
amanheceu com vários bairros encobertos pela fumaça. O fenômeno, facilitado
pelo tempo seco, também foi registrado em outras capitais, como Goiânia e Belo
Horizonte.
De acordo com o governo federal, um
número recorde de brigadistas foi mobilizado para trabalhar no combate aos
incêndios florestais neste ano, incluindo 1,4 mil na região amazônica e 800 no
Pantanal. Helicópteros da Marinha e do Exército foram enviados nesta semana a
São Paulo para auxiliar no combate aos incêndios no estado.
O presidente do Ibama esteve neste domingo na sede
do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo),
estrutura que é ligada ao Ibama, em Brasília, junto com o presidente Luís
Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. No local,
eles acompanharam a situação dos focos de incêndio nos monitores da sala de
situação.
Assista ao vídeo relativo ao pronunciamento
do ministro Padilha:
https://www.youtube.com/watch?v=TjGYHXHEnv8&list=UU_M1ek8fhnDkz5C2zfkTxpg
Vide o texto ora transcrito no sítio
abaixo:
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