(Foto: Marcelo Camargo/ABR) |
Pessoas mais
sensíveis devem usar máscara que filtram o ar
26 de agosto de 2024
Agência Brasil - Em meio ao segundo
dia consecutivo de forte nevoeiro em diversas regiões brasileiras, proveniente
da fumaça de incêndios registrados no Norte e no Sudeste do país, o Ministério
da Saúde orientou que a população evite, ao máximo, a exposição ao ar livre e a
prática de atividades físicas.
A diretora do Departamento de
Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Agnes Soares, alertou que
o risco é maior para crianças e idosos, além de pessoas com doenças prévias,
como hipertensos e diabéticos. Outro grupo que deve se manter vigilante é o de
pessoas com alergias e problemas respiratórios, como asma e bronquite crônica.
Segundo Agnes, essas populações
reagem de forma mais rápida e intensa à contaminação por fumaça. Durante
coletiva de imprensa nesta segunda-feira (26), ela destacou que, caso haja
extrema necessidade de circular em ambientes abertos, que as pessoas utilizem
alguma forma de proteção, como máscaras e bandanas de tecido.
Os possíveis sintomas da exposição à fumaça, de acordo com a secretária, incluem ardência nos olhos, irritação na garganta e sensação de fechamento da laringe, além de manifestações mais sérias e que podem sinalizar que o pulmão foi afetado, como o chiado característico da bronquite. Pessoas mais sensíveis podem fazer uso de máscaras que permitem a filtração de partículas finas do ar.
Alerta
Segundo Agnes, a maioria dos
episódios em saúde associados à exposição à fumaça envolvem doenças e queixas
respiratórias. Entretanto, pessoas com problemas cardíacos e hipertensão, por
exemplo, apresentam risco aumentado de infarto e acidente vascular cerebral
(AVC) nos dias que se seguem após o início dos incêndios.
“Se o episódio [de dispersão da fumaça] dura de três a quatro dias, pode ser mais sério para a população”, alertou.
Aulas
Questionada sobre a manutenção das
aulas em regiões atingidas pela fumaça, a secretária destacou que não há um
marco legal sobre o tema. A recomendação é que os municípios, ao tomarem suas
decisões, levem em consideração o risco aumentado para doenças respiratórias,
sobretudo em meio a episódios prolongados.
Agnes lembrou que cenários de umidade relativa do ar muito baixa, por si só, já prejudicam o desempenho dos estudantes e causam desconforto geral. O recomendável, segundo ela, é avaliar caso a caso, determinando desde a redução de atividades físicas até o fechamento das escolas.
Cuidados
De acordo com a secretária, não há
monitoramento em tempo real de casos de doenças respiratórias e outros quadros
advindos da exposição à fumaça registrados em unidades de pronto atendimento
(UPAs) e serviços de emergência. Mas já há, segundo ela, relatos de aumento
desse tipo de atendimento – sobretudo nas alas de pediatria.
Os cuidados com crianças incluem
evitar ao máximo a exposição prolongada à fumaça e, sempre que possível,
garantir o estoque de medicações controladas, além de promover hidratação
abundante, de forma a garantir que as mucosas se mantenham úmidas.
“Não é hora de brincar, de andar de bicicleta, de
pular corda. Para os idosos, a mesma questão: não é o momento de sair pra fazer
atividades que não sejam estritamente necessárias. Se precisar sair, use
proteção, como máscaras e bandanas, para reduzir o contato com partículas nas
vias respiratórias.”
EM TEMPO: PF investiga se houve ação criminosa, ou melhor, terrorista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário