quarta-feira, 31 de julho de 2024

Chefe do Hamas pode ter sido assassinado após monitoramento iniciado a partir de mensagem enviada ao WhatsApp

 

REUTERS/Mohammed Salem (Foto: REUTERS/Mohammed Salem)



 







Ataque que resultou na morte de Ismail Haniyeh, líder do grupo palestino Hamas, aconteceu em uma área urbana da capital do Irã e foi atribuído a Israel

31 de julho de 2024

247 - O correspondente de guerra Elijah J. Magnier, com quase 40 anos cobrindo conflitos no Irã, no Líbano, na Síria e outros países, usou as redes sociais para informar que o monitoramento de mensagens de WhatsApp teria possibilitado o assassinato de Ismail Haniyeh, líder do grupo palestino Hamas, nesta terça-feira (30). O ataque que resultou na morte do militante palestino aconteceu em uma área urbana de Teerã, capital do Irã, e foi atribuído às forças israelenses.. 

“Israel supostamente plantou spyware sofisticado por meio de uma mensagem do WhatsApp enviada ao líder do Hamas, Ismail Haniyeh. Este software permitiu que a inteligência israelense localizasse sua posição exata em seu apartamento. Posteriormente, Haniyeh foi assassinado após uma conversa que teve com seu filho, durante a qual sua localização foi identificada”, disse Magnier no X, antigo Twitter. 

Ainda segundo o jornalista, o spyware supostamente utilizado por Israel para localizar Haniyeh seria semelhante ao Pegasus, com capacidade para se “infiltrar em smartphones, permitindo à operadora acessar mensagens, fotos e dados de localização, e até mesmo controlar a câmera e o microfone do telefone sem o conhecimento do usuário”. A tecnologia permite que a vigilância seja direcionada e feita em tempo real, se tornando um recurso frequente da “táticas de guerra cibernética em curso utilizadas nos conflitos modernos”. 

Na postagem, Magnier destaca que “o assassinato de Ismail Haniyeh sublinha a eficácia destes métodos e até onde os intervenientes estatais irão para neutralizar as ameaças percebidas. Este incidente também levanta preocupações significativas sobre a privacidade e o potencial uso indevido de ferramentas de vigilância tão poderosas para atividades ilegais e assassinatos”. 

domingo, 28 de julho de 2024

FSM: Sobre a reunião da OTAN 2024

A Federação Sindical Mundial, representando mais de 105 milhões de trabalhadores que trabalham, vivem e lutam em 133 países em todo o mundo, condena veementemente a continuação das intervenções militares e as guerras, a militarização acelerada das relações internacionais e a retórica de confronto, o aumento das despesas militares, bem como os planos da OTAN no meio da escalada do confronto inter-imperialista.

A cúpula de 2024 da OTAN, que será realizada em Washington D.C. nos dias 9, 10 e 11 de julho de 2024, constitui mais um passo para a intensificação dos planos imperialistas agressivos, das intervenções e das guerras da OTAN.

A OTAN já anunciou um aumento do seu orçamento militar para 2024 de 12%, para 2,03 bilhões de euros, e do seu orçamento civil de 18,2%, para 438,1 milhões de euros, aumentando ainda mais a capacidade operacional dos quartéis-generais, missões e operações da Estrutura de Comando da OTAN em todo o mundo.

Os números deste ano confirmam a continuação de um percurso de pelo menos 10 anos de evolução para uma “economia de guerra” para os Estados membros da OTAN, com o Secretário-Geral da OTAN a sublinhar que “a partilha de encargos está melhor entre os membros da OTAN”, enquanto as despesas militares aumentam 18% entre os aliados europeus e o Canadá em 2024, e 23 Estados membros gastarão pelo menos 2% do PIB em despesas militares este ano.

O movimento sindical internacional classista condena inequivocamente os planos de guerra dos imperialistas e opõe-se veementemente ao aumento ininterrupto do orçamento da OTAN, que agudiza ainda mais a confrontação e aprofunda os preparativos e o risco de um conflito imperialista generalizado com consequências desastrosas para as camadas populares e os cidadãos comuns que pagam sempre o custo do antagonismo imperialista.

A história da OTAN não demonstra mais do que intervenções, guerras, juntas, refugiados, fome, destruição e morte.Além disso, o aumento contínuo das despesas militares constitui uma provocação para os povos que vêem constantemente o seu nível de vida afetado devido ao aumento generalizado dos preços, à inflação e às políticas de austeridade a longo prazo.O movimento sindical classista militante intensifica a luta contra as guerras imperialistas e o sistema que as cria.

quarta-feira, 24 de julho de 2024

PSOL Garanhuns Permite Liberdade de Escolha para Votação nas Eleições 2024

Texto extraído do Blog da Equipe Quarto Poder:

www.qpquartopoder.com.br

Julho 24, 2024

 

www.qpquartopoder.com.br;


O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) do diretório de Garanhuns anunciou, em reunião realizada no último dia 14 de julho, que permitirá aos seus filiados a escolha livre entre candidatos para os cargos de Prefeito e Vereador nas próximas eleições municipais. A decisão reflete uma postura de flexibilidade política por parte da Executiva Municipal do partido.

Para o cargo de Prefeito, os filiados do PSOL têm a opção de apoiar os pré-candidatos Izaías Régis (PSDB) e Sivaldo Albino (PSB). Izaías Régis, conhecido por sua posição de centro democrático, e Sivaldo Albino, atual prefeito e conhecido por seu apoio ao impeachment de Dilma Rousseff e à prisão de Lula, são as alternativas disponíveis. A decisão de liberar os filiados para votar em qualquer um dos candidatos não configura uma coligação partidária.

 


 

SIVALDO ALBINO COMANDA EM MEADOS DE 2016 PROTESTO PEDINDO IMPEACHMENT DE DILMA E PRISÃO DE LULA!

 

 








PROPESTOS ORGANIZADOS EM MEADOS DE 2016, PELO, HOJE, PREFEITO SIVALDO ALBINO, PEDEM FORA DILMA!









 

Deputado Izaías Régis defende pautas importantes para Garanhuns junto a Governadora Raquel Lyra


Abaixo, a íntegra da carta divulgada pelo partido:

“CARTA AOS FILIADOS DO PSOL DO GARANHUNS/PE, BEM COMO AOS NOSSOS CONTERRÂNEOS. 

Garanhuns/PE, 14 de julho de 2024. 

ELEIÇÕES 2024: 

CONSIDERAÇÕES: 

1) O PSOL não têm candidatos nem para o Legislativo e nem tão pouco para o Executivo; 

2) Comunicamos e solicitamos ao Presidente Estadual, o camarada Samuel Herculano, que nos orientasse a resolvermos a citada pendência política. Lembrando que no dia 27.03.2024 a Executiva Municipal aprovou, em reunião presencial, a proposta de “Liberar a Militância”; 

3) Após diálogo mantido com o camarada Samuel ele nos informou que a “Direção Municipal tem autonomia para deliberar sobre a tática eleitoral”; 

4) Diante dessa premissa do Presidente Estadual, decidimos na reunião da Executiva Municipal de 14.07.2024 as seguintes ações: 

4.1 – Os filiados estão liberados para decidirem sobre três alternativas, a saber: a) Votar em Izaías, para Prefeito. Lembrando que ele é de Direita e do PSDB; b) Ou em Sivaldo (PSB), para Prefeito, o qual também é de Direita; c) Voto Nulo; 

OBSERVAÇÃO: DONDE SE CONCLUI QUE NÃO SE TRATA DE COLIGAÇÃO PARTIDÁRIA. 

4.2 – Para Vereador sugerimos escolherem entre as pré-candidaturas de Fany Bernal (PSD) e Pedro Veloso (PT); 

Saudações Socialistas, 

Ana Cláudia Pinto dos Santos (Presidente da Executiva Municipal do PSOL do Garanhuns) 

Paulo Camelo de Holanda Cavalcanti (Secretário de Organização) 

"CNPJ 15.757.803/0001-62 GARANHUNS/PE – Municipal – PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE – 50 Órgão definitivo”

Ana Cláudia Pinto dos Santos (Presidente da Executiva Municipal do PSOL do Garanhuns) - Ana do Timbó - Quilombola
 

Secretário de Organização do PSOL , Engenheiro Civil, Paulo Camelo



À medida visa a garantir maior autonomia aos filiados do PSOL, permitindo uma participação mais engajada e democrática nas eleições municipais do Garanhuns.

Vide link: https://qpquartopoder.com.br/psol-garanhuns-permite-liberdade-de-escolha-para-votacao-nas-eleicoes-2024/

segunda-feira, 22 de julho de 2024

CARTA AOS FILIADOS DO PSOL DO GARANHUNS/PE, BEM COMO AOS NOSSOS CONTERRÂNEOS

Ana do Timbó. Quilombola e Presidente do PSOL







Garanhuns/PE, 14 de julho  de 2024.

ELEIÇÕES 2024: CONSIDERAÇÕES:

1) O PSOL não têm candidatos nem para o Legislativo e nem tão pouco para o Executivo;

2 ) Comunicamos  e  solicitamos ao Presidente Estadual, o camarada Samuel Herculano, que nos orientasse  a resolvermos a citada pendência política. ´Lembrando que no dia 27.03.2024 a Executiva  Municipal  aprovou, em reunião presencial,  a proposta de “Liberar a Militância”;

3) Após diálogo mantido com o camarada  Samuel ele nos informou que a “Direção Municipal tem autonomia para deliberar sobre a tática eleitoral";  

4) Diante  dessa premissa do Presidente Estadual, decidimos na reunião da Executiva Municipal de 14.07.2024 as seguintes ações:

4.1 – Os filiados estão  liberados  para decidirem sobre três alternativas, a saber: a) Votar em Izaías, para Prefeito. Lembrando que ele é de Direita e do PSDB; b) Ou em Sivaldo (PSB), para Prefeito, o qual também é de Direita; c) Voto Nulo;

OBSERVAÇÃO: DONDE  SE  CONCLUI QUE NÃO SE TRATA DE COLIGAÇÃO PARTIDÁRIA.

4.2 – Para Vereador  sugerimos  escolherem  entre  as pré-candidaturas de Fany Bernal (PSD) e Pedro Veloso (PT);

Saudações Socialistas,

Ana Cláudia Pinto dos Santos (Presidente da  Executiva Municipal do PSOL do Garanhuns)

Paulo Camelo de Holanda Cavalcanti (Secretário de Organização)


domingo, 21 de julho de 2024

'Eleição de São Paulo é fundamental para o futuro do governo Lula', avalia Florestan Fernandes Jr.

Florestan Fernandes Jr (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

“Se os fascistas pegarem São Paulo, o estado e a cidade serão bunkers da extrema direita”, diz o jornalista

21 de julho de 2024

 


247 - Durante a convenção que oficializou a candidatura de Guilherme Boulos (Psol) à Prefeitura de São Paulo, o presidente Lula (PT) expressou sentir-se "tão candidato quanto ele", enfatizando a importância da eleição para o cenário político nacional. Em participação no Bom Dia 247 deste domingo (21), o jornalista Florestan Fernandes Júnior avaliou que a disputa pela gestão paulistana é “fundamental” para o futuro do governo Lula.

Para Florestan, desde a eleição do governador bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos), o estado de São Paulo tem sido “capturado” pelo bolsonarismo, pelo neoliberalismo e pela extrema direita. “É fundamental a eleição em São Paulo. Na eleição deste ano é a mais importante. Os fascistas pegaram o estado de São Paulo. O estado foi capturado. Todos os colaboradores do Bolsonaro vieram para cá, montaram um quartel-general no Palácio dos Bandeirantes”.

Portanto, na visão do jornalista, a eventual vitória do bolsonarismo no pleito pela Prefeitura de São Paulo tornaria o estado como um todo num covil da extrema direita no Brasil. “Se eles pegam o município de São Paulo eles transformam São Paulo no seu principal bunker. Vai ser aqui que eles vão atuar de maneira mais agressiva. Então o Lula sabe disso e sabe da importância de ganhar a prefeitura de algumas cidades importantes e de São Paulo. É um momento chave para que essa eleição aqui [em São Paulo] garanta o retorno dos progressistas ao comando da cidade”.

Ainda sobre São Paulo, mas voltado à gestão estadual, Florestan Fernandes Júnior classificou como “escândalos” a venda da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e a administração da educação paulista pela gestão Tarcísio. “A venda da Sabesp é um escândalo. A maneira como ele [Tarcísio] está tratando a educação é outro escândalo. Você vai ver daqui três ou quatro anos como o estado de São Paulo vai cair no índice da qualidade de ensino. São Paulo está perdendo qualidade no seu ensino público. O que ele [Tarcísio] quer fazer é privatizar tudo: saúde, educação… Esse é um projeto”.

Assista ao vídeo com Attuch, Hilde e Florestan:

https://www.youtube.com/watch?v=F2qDcBzOmp4&t=3s

sábado, 20 de julho de 2024

O fim das grades do bolsonarismo no campus da UFRGS

 

UFRGS (Foto: Ramon Moser/UFRGS)





 



“Novas gestões das universidades precisam derrubar cercas e arbitrariedades da extrema direita”, escreve o colunista Moisés Mendes

20 de julho de 2024

Uma das primeiras providências da futura reitora da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Márcia Barbosa, deveria ser testemunhada e documentada por quem esteve sob os horrores da ditadura dentro de um campus. A professora vai mandar derrubar cercas de ferro que dificultam a circulação dentro do campus central. São grades erguidas pelo atual reitor, Carlos Bulhões, escolhido em 2020 por Bolsonaro.  

As grades foram instaladas para impedir que eventuais manifestantes contra a direção da universidade chegassem perto do gabinete da reitoria. É o que conta, ao falar do que deve ser feito, a própria Márcia Barbosa. Sugere-se que sobreviventes da ditadura, muitos deles perseguidos e expulsos da UFRGS, assistam à derrubada das cercas, porque o atual reitor, como seus colegas impostos pelos militares, teme invasões.

O reitor escolhido por Bolsonaro, mesmo tendo sido o último da lista tríplice enviada a Brasília, chegou ao posto por lobby de deputados da extrema direita. Adotou posturas consideradas negacionistas, como abrir o campus, ainda em meio à pandemia, sem exigir atestado de vacinação de ninguém, e tem as cercas como algumas das suas principais obras.

Márcia Barbosa, a mais votada agora na lista a ser enviada a Lula, já pode começar a planejar a derrubada das barreiras. Mas antes precisa lidar com um incômodo que não é só da universidade gaúcha. Era previsível que reitores indicados por Bolsonaro, à revelia das escolhas da comunidade acadêmica, pudessem fazer o que Bulhões fez, desfigurando uma das paisagens históricas de Porto Alegre.

Não há surpresa na construção das cercas que poderiam protegê-lo. A pergunta desconfortável é: como essas cercas ficaram lá até agora? Como a UFRGS se submeteu às grades do reitor de Bolsonaro? Não é uma pergunta qualquer. Márcia Barbosa é professora e pesquisadora do Instituto de Física. Foi secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, no início do governo Lula.

É uma figura presente em todo debate que olhe para fora da universidade, como aconteceu agora, na tragédia da cheia que devastou Porto Alegre. É umas das líderes de um grupo de pesquisadores da UFRGS dedicados a entender o que aconteceu, reparar danos e planejar medidas de prevenção. Estado e prefeitura esnobaram o grupo, que foi chamado a conversar apenas com o ministro Paulo Pimenta. 

Márcia é apresentada como a futura reitora que há muito tempo a UFRGS não tem, porque estará com o olhar também na janela. Mas assumirá em meio a uma acomodação e a um alheamento que boa parte da universidade brasileira se nega a admitir. E que vem de muito antes de Bolsonaro. A pesquisadora foi eleita em meio a uma controvérsia sobre a paridade de votos de professores, estudantes e servidores técnico-administrativos na escolha do reitor. 

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Presença israelense nos territórios palestinos é ilegal e deve acabar, decide Corte Mundial

 

Corte Internacional de Justiça, em Haia, Holanda (Foto: Reuters)










Caso decorre de um pedido de 2022 da Assembleia Geral da ONU

19 de julho de 2024

(Reuters) - A Corte Internacional de Justiça (CIJ) disse nesta sexta-feira, em um parecer consultivo não vinculativo, que a presença contínua de Israel nos territórios palestinos ocupados é ilegal e deve acabar "o mais rápido possível".

O tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU), conhecido como Corte Mundial, também afirmou que Israel precisa reparar os danos causados por sua ocupação dos territórios palestinos.

“Os assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, e o regime a eles associado, foram estabelecidos e são mantidos em violação do direito internacional”, disse o presidente da Corte Mundial, Nawaf Salam, lendo as conclusões de um painel de 15 juízes.

O caso decorre de um pedido de 2022 da Assembleia Geral da ONU, anterior ao atual conflito.

A Assembleia da ONU pediu ao tribunal que avaliasse as consequências jurídicas da "ocupação prolongada, assentamentos e anexação" dos territórios palestinos por Israel, incluindo Jerusalém Oriental, e das políticas governamentais israelenses associadas.

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Exclusivo: 247 teve acesso ao relatório da PF que comprova fraude no início da Lava Jato

 

Escuta clandestina na cela dos primeiros presos da operação teve 26 áudios apagados; Moro e Januário Paludo impediram investigação. Houve obstrução de justiça.

Por Joaquim Carvalho (Colunista do 247)

17 de julho de 2024

 

Moro, Youssef e o relatório a que o 247 teve acesso (Foto: Reprodução)








Depois de uma luta de alguns anos, a defesa de Alberto Youssef conseguiu cópia do HD externo com as gravações ilegais feitas no início da Lava Jato pela Polícia Federal. E a primeira descoberta é estarrecedora. O HD sob a guarda da 13a. Vara Federal de Curitiba teve 26 arquivos apagados. A supressão desses arquivos caracteriza crime de obstrução de justiça. É inevitável suspeitar de policiais federais, dos procuradores e dos juízes que estiveram na 13a. Vara, exceto Eduardo Appio, que respondeu pela jurisdição e tentou esclarecer esse caso.

Os juízes que tiveram a guarda do HD são Sergio Moro, Gabriela Hardt, Luiz Antonio Bonat e Danilo Pereira Júnior, unidos pela Lava Jato. Appio tentou encontrar o HD com as gravações clandestinas, mas os funcionários da 13a. Vara, ligados a Moro, teriam informado que o HD estava em poder do Ministério Público Federal. Na semana passada, o juiz que responde atualmente pela 13a. Vara determinou que o MPF entregasse o HD em três dias. O procurador da república Walter José Mathias Júnior respondeu, então, que só tinha cópia do HD. O equipamento original sempre esteve sob a guarda do Judiciário.

Nesta quarta-feira, um dos advogados de Youssef conseguiu, finalmente, o acesso ao equipamento original e se surpreendeu ao ver um relatório da Polícia Federal sobre o conteúdo das gravações: 26 arquivos foram apagados. Esse relatório era mantido sob sigilo. O 247 teve acesso a ele, como mostra a imagem que ilustra esta reportagem. Os advogados de Youssef tentaram ter acesso a essas gravações desde que o doleiro, preso em março de 2014, encontrou em sua cela um equipamento de escuta clandestina.

Mas, Moro e seus sucessores sempre negaram esse acesso, e uma sindicância interna da PF terminou com uma conclusão falsa: a de que o equipamento estava inoperante e tinha sido instalado lá muito antes da chegada dos presos da Lava Jato, quando esteve na cela o traficante Fernandinho Beira-Mar. Essa sindicância só foi concluída depois que Sergio Moro, então juiz, teve acesso a ela, embora não fosse sua atribuição. Sindicância é ato administrativo. Quem deu acesso da sindicância a Moro foi o delegado Maurício Moscardi, responsável pela apuração fraudada. 

Uma segunda sindicância, que descobriu a fraude, tomou o depoimento de Moscardi, em que ele próprio conta que Moro quis ver o relatório da sindicância antes de sua conclusão. O delegado Moscardi chegou a ser suspenso pela PF, mas a punição foi anulada quando Moro respondia pelo Ministério da Justiça, a que a PF está vinculada. Ao mesmo tempo em que a segunda sindicância descobria a fraude, o Ministério Público Federal realizou uma apuração paralela, sob responsabilidade do procurador da república Januário Paludo, que se manifestou, em parecer, pelo arquivamento do caso.

Houve crime de escuta clandestina e, ao que tudo indica, de obstrução de justiça, já que o Ministério Público em Curitiba impediu a continuidade da investigação. São fatos graves e podem comprovar que a Lava Jato foi, efetivamente, uma organização criminosa, com finalidades políticas e econômicas. A partir dessas revelações, toda Lava Jato poderá ser anulada, já que as provas que surgiram são o que, no direito, se conhece por “frutos da árvore envenenada”. Importante: a escuta clandestina foi instalada antes mesmo que os primeiros presos da operação fossem colocados na cela. Portanto, no marco zero da operação.

Essa luta dos advogados mostra que aqueles que a imprensa corporativa apresentava como mocinhos eram, na verdade, bandidos.

domingo, 14 de julho de 2024

Joaquim de Carvalho, que investigou o evento de Juiz de Fora, rebate Felipe Neto: "influenciador chapa-branca"

Facada em Bolsonaro e Joaquim de Carvalho (Foto: Reprodução | Brasil 247)

 








Após o suposto atentado contra Donald Trump, youtuber disse que a narrativa oficial sobre o que ocorreu com Jair Bolsonaro não pode ser contestada

14 de julho de 2024

247 – O jornalista Joaquim de Carvalho, que investigou o evento de Juiz de Fora, ocorrido com Jair Bolsonaro no dia 6 de setembro de 2018, rebateu o influenciador Felipe Neto, que, neste fim de semana, foi às redes sociais para defender a narrativa oficial sobre a suposta facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro na campanha presidencial daquele ano. Felipe Neto fez seu comentário após o suposto atentado contra o ex-presidente estadunidense Donald Trump e disse que quem contesta a narrativa oficial sobre Juiz de Fora ou "delira" ou "é burro".

Ao contrário de Felipe Neto, Joaquim de Carvalho foi a Juiz de Fora e investigou o caso com profundidade. Ele foi o primeiro jornalista a revelar o papel do policial Marcelo Bormevet na trama. Embora não fosse da equipe oficial de segurança de Bolsonaro, Bormevet organizou a equipe de segurança que atuou naquele episódio e também determinou a filmagem por drones do ato de campanha. Embora tenha "falhado" em sua missão, Bormevet conquistou a confiança da família Bolsonaro após aquele episódio. A tal ponto que foi indicado para comandar a chamada "Abin paralela", montada pelo vereador Carlos Bolsonaro, para espionar desafetos de Jair Bolsonaro. Na última quinta-feira, Bormevet foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes e Joaquim de Carvalho publicou um artigo afirmando que o policial é uma peça central para que se saiba o que realmente ocorreu em Juiz de Fora no dia 6 de outubro de 2018. Assim como Bormevet, outros policiais que "falharam" na segurança de Jair Bolsonaro em Juiz de Fora, também passaram a fazer parte do núcleo de confiança da família.

Para sustentar a narrativa oficial sobre o ocorrido em Juiz de Fora, Felipe Neto cita o livro "O ovo da serpente", da jornalista Consuelo Dieguez. Em artigo publicado no Brasil 247, Joaquim de Carvalho aponta várias falhas no livro, a começar pela informação de que Adélio Bispo de Oliveira teria sido espancado em Juiz de Fora. Ao contrário disso, Adélio chegou a ser protegido por integrantes da segurança de Jair Bolsonaro e saiu ileso daquele evento. Em diversas reportagens e documentários, Joaquim de Carvalho apontou inconsistências na narrativa oficial sobre o caso. Em resposta ao influenciador digital, o premiado jornalista o classificou como "chapa-branca".

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Irritado, Bolsonaro cancela gravações com pré-candidatos após áudio comprometedor gravado por Ramagem

 

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Correa/PR | Reprodução)








Jair Bolsonaro está visivelmente perturbado com o fato de a Polícia Federal ter em mãos uma gravação de reunião em que se discutia como blindar Flávio de investigações

12 de julho de 2024

247 - Irritado ao descobrir a existência de um áudio em que fora gravado durante uma reunião confidencial com Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Jair Bolsonaro cancelou todas as gravações que faria com candidatos às prefeituras nas eleições de outubro, destaca Lauro Jardim em sua coluna no jornal O Globo. Ele decidiu que, ao menos no momento, não há clima para qualquer produção.

Apesar do cancelamento, Bolsonaro permaneceu no escritório, na sede do PL, em Brasília, sem esconder sua fúria dos aliados presentes no partido. O ex-mandatário mostrou-se visivelmente perturbado com o fato de a Polícia Federal ter em mãos uma gravação de sua reunião com Ramagem e que contou com a participação do então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, em que foi discutido um plano para blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) das investigações sobre um esquema de rachadinha que teria funcionado sem seu gabinete quanto ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

A gravação da reunião foi revelada nesta quinta-feira (11), após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes levantar o sigilo do relatório da Polícia Federal que embasou a quarta fase da Operação Última Milha. A operação investiga um suposto esquema de monitoramento ilegal de críticos e opositores do governo Bolsoanro feito por agentes da Abin durante a gestão do ex-mandatário. 

Assista ao vídeo em que Bozo surta com  áudio  bomba: 

https://www.youtube.com/watch?v=8sKvT6lerrs