quarta-feira, 31 de julho de 2024

Chefe do Hamas pode ter sido assassinado após monitoramento iniciado a partir de mensagem enviada ao WhatsApp

 

REUTERS/Mohammed Salem (Foto: REUTERS/Mohammed Salem)



 







Ataque que resultou na morte de Ismail Haniyeh, líder do grupo palestino Hamas, aconteceu em uma área urbana da capital do Irã e foi atribuído a Israel

31 de julho de 2024

247 - O correspondente de guerra Elijah J. Magnier, com quase 40 anos cobrindo conflitos no Irã, no Líbano, na Síria e outros países, usou as redes sociais para informar que o monitoramento de mensagens de WhatsApp teria possibilitado o assassinato de Ismail Haniyeh, líder do grupo palestino Hamas, nesta terça-feira (30). O ataque que resultou na morte do militante palestino aconteceu em uma área urbana de Teerã, capital do Irã, e foi atribuído às forças israelenses.. 

“Israel supostamente plantou spyware sofisticado por meio de uma mensagem do WhatsApp enviada ao líder do Hamas, Ismail Haniyeh. Este software permitiu que a inteligência israelense localizasse sua posição exata em seu apartamento. Posteriormente, Haniyeh foi assassinado após uma conversa que teve com seu filho, durante a qual sua localização foi identificada”, disse Magnier no X, antigo Twitter. 

Ainda segundo o jornalista, o spyware supostamente utilizado por Israel para localizar Haniyeh seria semelhante ao Pegasus, com capacidade para se “infiltrar em smartphones, permitindo à operadora acessar mensagens, fotos e dados de localização, e até mesmo controlar a câmera e o microfone do telefone sem o conhecimento do usuário”. A tecnologia permite que a vigilância seja direcionada e feita em tempo real, se tornando um recurso frequente da “táticas de guerra cibernética em curso utilizadas nos conflitos modernos”. 

Na postagem, Magnier destaca que “o assassinato de Ismail Haniyeh sublinha a eficácia destes métodos e até onde os intervenientes estatais irão para neutralizar as ameaças percebidas. Este incidente também levanta preocupações significativas sobre a privacidade e o potencial uso indevido de ferramentas de vigilância tão poderosas para atividades ilegais e assassinatos”. 

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