sábado, 20 de abril de 2024

O lesivo acordo da Lava Jato/Petrobras nos EUA

"Por ironia do destino, os que se apresentavam como combatentes da corrução agora estão sendo desmascarados como corruptos", escreve Jorge Folena (Advogado e Cientista Político)

20 de abril de 2024

Da esq. para a dir.: Deltan Dallagnol, Gabriela Hardt e Sergio Moro (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Reprodução/Twitter)

O corregedor Nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, no seu voto pelo afastamento da juíza lavajatista Gabriela Hardt das suas funções, trouxe ao debate o acordo de leniência firmado entre a Petrobras, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos da América do Norte e a Procuradoria do Leste de Virginia, de interesse da lava jato, que construiu um estratagema para, de forma ilícita e simulada, receber uma generosa comissão, num nocivo esquema desenvolvido entre juízes e procuradores.

Nesse ponto, é importante resgatar o que manifestou o próprio ex-chefe da força tarefa de Curitiba, em 25 de julho de 2016, em um dos diálogos obtidos na “Operação Spoofing” e tornados públicos pelo STF: “talvez dependamos de fazer um acordo com a vítima, a Petrobras. Vc. Podia marcar a reunião com a Petrobras para isso tb. A justificativa é que sem investigação e sistemas etc. nunca ela seria ressarcida. 10% é algo razoável a perder para ganhar muito mais. ...”.

Em decorrência da correição feita pelo CNJ na 13ª Vara Federal de Curitiba, o corregedor pôde expressar, em sua decisão, que os “membros da força tarefa agiram (...) para auxiliar autoridades americanas a construírem casos criminais em face da Petrobras com interesse no retorno de parte de multa que seria aplicada”.

Assim, segundo o corregedor, o referido acordo, celebrado pela Petrobras com os seus sócios minoritários nos Estados Unidos, nasceu de pressão dos integrantes da lava jato para se beneficiarem e formarem uma fundação de direito privado, que viria a ser a base política e financeira para o partido político dessa organização, que, num gesto de traição nacional, atentou contra a soberania do país, levou à derrocada das nossas empresas de engenharia, causou o desemprego de milhões de trabalhadores brasileiros, destroçou com a democracia e abriu as portas do país para o fascismo.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Irã diz que resposta a Israel será dez vezes maior em caso de nova agressão dos sionistas

Posição foi anunciada pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã

15 de abril de 2024

Objetos são vistos no céu acima de Jerusalém depois que o Irã lançou drones e mísseis contra Israel, em Jerusalém (Foto: Ronen Zvulun / Reuters)


247 - O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã afirma que dará a Israel uma resposta pelo menos dez vezes maior do que a de domingo, se continuar com suas agressões.

Por meio de um comunicado emitido no domingo (14), o órgão de segurança iraniano destaca que a razão do ataque maciço com mísseis e drones do Irã contra Israel, realizado de acordo com a Carta das Nações Unidas, foi a violação das linhas vermelhas pelo regime israelense.

O Conselho esclarece que o Irã tomou as medidas punitivas mínimas necessárias contra o regime agressor de Israel para garantir seus interesses e segurança nacional, atacando apenas a base aérea, de inteligência e militar do regime e evitando mirar em instalações econômicas e de infraestrutura civil.

O comunicado destaca que atualmente, o Irã não tem nenhuma outra ação militar contra Israel em sua agenda, mas "se o regime sionista quiser continuar com suas más ações contra o Irã de qualquer maneira e em qualquer nível, receberá uma resposta pelo menos dez vezes maior".

EM TEMPO: Há uma diferença de atitudes entre os governos de Teerã e Tel  Aviv. O governo do extremista de direita  Netanyahu, é acusado de ter bombardeado a  Embaixada do Irá na Síria e de ter destruído o prédio e de ter  matado alguns generais e servidores. Mas, não assume o ataque. Já o governo repressor de Teerã  avisa para  os demais países, inclusive os EUA,  que vai retaliar e o fez.  É  pura reprodução do ditado popular que diz: "remédio para um doido é outro na porta". Conclusão: a população é quem se prejudica pelos desmandos provocados por seus governantes. Algo semelhante acontece na Ucrânia com as provocações do maluco Zelensky. 

Isolado, Netanyahu buscou "reconvocar" os EUA para a guerra ao provocar o Irã, avalia o governo brasileiro

O ataque ao consulado iraniano na Síria teria sido uma tentativa de envolver os EUA diretamente, deslocando o foco para o Irã, percebido como uma ameaça pelos estadunidenses

15 de abril de 2024

Benjamin Netanyahu e Joe Biden (Foto: Reuters/Evelyn Hockstein)


247 - O ataque de Israel ao consulado iraniano em Damasco, na Síria, seguido pela resposta do Irã, desencadeou uma série de movimentos diplomáticos e militares e, na avaliação do governo brasileiro, segundo Jamil Chade, do UOL, Israel buscava com seu movimento atrair novamente o apoio dos Estados Unidos.

De acordo com análises circulando entre a cúpula do governo Lula (PT), o ataque israelense foi interpretado como uma tentativa do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de reafirmar a importância estratégica de Israel para os Estados Unidos, em um momento em que Biden adotava uma postura mais crítica em relação às ações israelenses, especialmente pela ofensiva em Gaza. O endurecimento do discurso de Biden, aliado à abstenção dos EUA em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo, foi visto como um sinal claro da distância entre os dois líderes.

A mudança de tom por parte de Biden gerou uma pressão adicional sobre Netanyahu, que já enfrentava desafios internos e externos. Diante desse cenário, a análise interna do governo israelense indicava a necessidade de "reconvocar" os EUA para garantir a segurança de Israel e evitar o isolamento de Netanyahu. O ataque ao consulado iraniano em Damasco foi, portanto, uma tentativa de envolver os Estados Unidos em um engajamento direto, deslocando o foco da guerra para o Irã, percebido como uma ameaça pelos americanos. Ao prever uma resposta do Irã, Israel buscava forçar uma reação dos EUA em defesa de seu aliado.

Embora Biden tenha reafirmado o apoio dos Estados Unidos a Israel publicamente e tenha colaborado na interceptação dos mísseis iranianos, os bastidores revelaram uma pressão da Casa Branca para evitar uma escalada militar. Ficou claro que os EUA não estão dispostos a se envolver em um conflito direto com o Irã.

Na reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, a tensão entre as potências era evidente, mas tanto americanos quanto iranianos buscaram evitar um confronto direto. O embaixador dos EUA afirmou que seu país não buscava um conflito, enquanto a delegação iraniana indicou uma postura moderada ao aceitar a intervenção dos militares americanos sem interpretar isso como um sinal de guerra iminente.

domingo, 14 de abril de 2024

Ivan Valente: 'estratégia de Netanyahu é ampliar o conflito para escapar da cadeia'

'É preciso parar o genocida', afirmou o parlamentar

14 de abril de 2024

Benjamin Netanyahu (círculo) e Ivan Valente (Foto: Ananda Borges / Agência Câmara I Reuters)



247 - O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) afirmou neste domingo (14) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pretende envolver outros países em um conflito, para culpá-los e tentar escapar de uma eventual prisão por conta do genocídio contra palestinos no Oriente Médio.

O parlamentar comentou sobre o lançamento de drones de autoridades iranianas contra o território israelense. "É preciso parar Netanyahu, que pretendia escalar o conflito ao atacar o consulado iraniano em Damasco. O genocida quer ampliar guerra para escapar da cadeia, mas seguimos na pressão. Fora Netanyahu! Palestina livre!".

O governo de Israel já foi denunciado na Corte Internacional de Justiça pelo crime de genocídio. A CIJ apenas recomendou que as forças israelenses parassem com o massacre na Faixa de Gaza, onde o Irã tem aliados. Mais de 34 mil palestinos morreram desde o dia 7 de outubro.

No dia 1º de abril, forças de Israel bombardearam a embaixada iraniana na Síria, matando três comandantes da Guarda Revolucionária iraniana. Em reposta, o Irã disparou uma onda de cerca de 300 projéteis do seu território em direção a Israel, incluindo 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis balísticos, que acionaram as sirenes de ataque aéreo em todo o país.

Os militares israelenses disseram que 99% dos projéteis foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea que compõem o Domo de Ferro. O Irã sublinhou que o ataque foi um ato de legítima defesa, previsto na Carta da ONU, em resposta ao ataque israelense ao consulado iraniano.

Com informações da Sputnik

EM TEMPO: A população civil é quem sofre com os desmandos dos seus governantes, seja na Ucrânia, seja em Israel e consequentemente  na Palestina,  ora atacada pelo governo de extrema-direita de Israel. 

Breno Altman após lançamento de drones pelo Irã: 'a mão assassina de Israel precisa ser detida a qualquer custo'

De acordo com o jornalista, a resposta do regime iraniano ao governo de Benjamin Netanyahu foi 'justa, legal e proporcional'

Breno Altman, Benjamin Netanyahu (primeiro-ministro de Israel) e a Faixa de Gaza após ataques de forças israelenses (Foto: elipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters)elipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reuters))

247 - O jornalista Breno Altman afirmou neste sábado (13) que o lançamento de drones feito pelo Irã contra Israel foi uma resposta ao "ataque criminoso" de forças israelenses contra a embaixada iraniana na Síria.

"Drones e mísseis estão a caminho. A ação é justa, legal e proporcional, a luz do direito internacional. Os riscos são imensos, mas a mão assassina do regime sionista deve ser detida a qualquer custo", afirmou o analista em uma de suas redes sociais.

Forças de Israel bombardearam no dia 1º de abril a embaixada do Irã na Síria, matando três comandantes da Guarda Revolucionária iraniana. No dia seguinte, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, disse que o ataque ao consulado "não ficará sem resposta". O chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse que a resposta do Irã está a caminho. O Hezbollah é um grupo islâmico no Líbano apoiado pelos iranianos.

Este ano, autoridades da África do Sul denunciaram Israel na Corte Internacional de Justiça pelo crime de genocídio contra palestinos na Faixa de Gaza, onde também existem aliados do Irã. Israel tem o apoio dos EUA e de parte da Europa. Os iranianos tem apoio de países como Líbano, Síria, Iêmen e Iraque.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está pronto para um ataque direto iraniano, tanto defensivamente quanto ofensivamente. "Nossos sistemas de defesa estão implantados, estamos preparados para qualquer cenário, tanto na defesa quanto no ataque. Vamos defender-nos de qualquer ameaça e faremos com calma e determinação", disse Netanyahu em uma mensagem de vídeo.

O chefe do Pentágono, Lloyd Austin, ligou para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para reiterar o compromisso dos EUA com a segurança de Israel. Na conversa telefônica, Austin disse que Israel poderia contar com o apoio total dos EUA para defendê-lo contra quaisquer ataques do Irã ou de seus aliados no Oriente Médio.

* Com informações da Sputnik


domingo, 7 de abril de 2024

PREFEITO QUER DOMINAR A CIDADE VIA FIG

Foto Reprodução

Por Paulo Camelo de Holanda Cavalcanti (Engenheiro Civil e Militante Político).     

Garanhuns, é  uma cidade cosmopolita, na qual, há mais de quatro décadas,  não tem domínio político familiar e nem tão pouco   líder burguês envolvido na política. O último líder burguês foi o empresário Vavá Morais (in memoriam). 

            



Politicamente é administrada por um Prefeito do PSB, de Direita, o qual participou de manifestação  de rua, em meados de 2016,  pela cassação da ex-presidente Dilma, contendo cartazes  de ataques ao  presidente Lula  por “corrupção”;     

Contraditoriamente,  o  Vice-Prefeito  é um  membro do PT, progressista, o médico Pedro Veloso, mas  desprestigiado pelo Prefeito, desde  a sua posse.  

CENÁRIO POLÍTICO:

1   Domínio Eleitoral: Dois políticos de Direita dominam cerca de 60 mil eleitores, num universo de 90 mil eleitores. São eles:  Sivaldo (PSB) e Izaías (PSDB);

2 - Dominação Burguesa: Inexiste líder burguês em Garanhuns, porém poderá haver uma dominação  econômica e política, duradoura ou não,  a partir de 2024, isto é, em consequência da aprovação, pela Câmara de Vereadores,  da Lei 5.112 que municipaliza o FIG (Festival de Inverno de Garanhuns), mas que  abre caminho para terceirização do evento para a iniciativa privada, acarretando a  descaracterização  do FIG no aspecto cultural.  Tal dominação poderá ser  exercida pelo atual gestor e o seu padrinho político, o qual é  empresário de eventos e deputado federal, isto  é, o Felipe Carreras. 

NOTAS: 

- O FIG é um dos principais  festivais dessa natureza do Brasil, o qual é sempre realizado, há mais de 30 anos,  na  segunda quinzena do mês de julho com duração média de 10 dias corridos; 

 Até 2023 o FIG foi financiado e organizado pelo Governo de PE. Este ano é uma incógnita, por conta da briga política e judicial  entre o prefeito  Sivaldo Albino (PSB) e a governadora Raquel Lyra (PSDB);

3 – Dominação familiar: O Prefeito atual está tentando implantar esse domínio, o qual caducou desde a derrota do ex-deputado federal  José Tinoco, integrante  da família Branco,  para o médico  Bartolomeu  Quidute  em 1992 (Bartolomeu assumiu  a prefeitura  em janeiro de 1993). OBS.: O médico Tinoco é sogro da vice-governadora Priscila Krause;

4 – Repressão: O atual gestor quer  Armar a Guarda Municipal, o que seria um desastre. Observa-se que já existe muita gente armada na cidade, dentre eles  os CACs (Colecionadores, Atiradores, Caçadores). OBS.: O Presidente Lula sancionou uma lei permitindo o armamento da Guarda sem  a devida orientação dos seus assessores. 

CONSIDERAÇÕES QUE A SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO DE PERNAMBUCO E A FUNDARPE, DEVEM ADOTAR:

1 - O prefeito Sivaldo rompeu definitivamente com o governo estadual ao conseguir aprovar na Câmara de Vereadores a Lei 5.112, a qual municipaliza o FIG, mas que abre caminho para a terceirização empresarial do evento. 

OBS.: O prefeito Sivaldo excluiu o governo do Estado do FIG, mas quer que a governadora Raquel Lyra libere verba e infra  estrutura para que o mesmo  obtenha   dividendo eleitoral. Então Moçada! Que acha dessa resenha?;

2 - Pelo exposto no item anterior a Secretaria de Cultura, juntamente com a FUNDARPE, não devem participar de quaisquer negociação com a atual administração municipal. É simples assim;

3 - Convém lembrar que na mesma época em que se realiza o FIG, isto é, há mais de 60 anos que se realiza a FESTA DO ESTUDANTE do TRIUNFO e o recurso e a infra estrutura que deveriam  ser destinados  ao  FIG, passaria para Triunfo. É mais simples ainda do que ficar se desgastando com discussões indevidas com um Prefeito que não está preocupado com Cultura, mas com a sua reeleição;

4 - Agora, caso a população do Garanhuns eleja um Prefeito que se comprometa a apresentar na Câmara de Vereadores um Projeto de Lei, anulando a Lei 5.112, tudo volta a normalidade. É assim que a música toca.

GOVERNADORA RAQUEL LYRA: Esqueça o Prefeito. O que o Prefeito quer é palanque eleitoral.

sábado, 6 de abril de 2024

“Hoje, o estado de Israel é uma entidade terrorista por definição” diz Pepe Escobar

(Foto: Reuters | Reprodução )

Pepe Escobar denuncia ações de Israel como terrorismo de estado





247 - O  jornalista Pepe Escobar concedeu uma entrevista à TV 247, onde discutiu os recentes acontecimentos geopolíticos envolvendo Israel, Irã e Estados Unidos, enfatizando as repercussões desses eventos para a comunidade internacional.

Durante a entrevista, Escobar destacou o ataque de Israel ao consulado iraniano como uma afronta à Convenção de Viena, afirmando que tal ação representa "a destruição absoluta da Convenção de Viena". Ele ressaltou a gravidade do incidente, apontando que "a regra número um sempre foi a imunidade diplomática" e comparando a ação israelense com atos extremos da história, sublinhando que "nem os nazistas fizeram isso durante a Segunda Guerra Mundial" e que "isso nunca aconteceu antes".

Escobar não poupou críticas a Israel, declarando que "Israel ultrapassou todos os limites. É o terrorismo de estado". Ele também comentou sobre a capacidade de resposta do Irã, mencionando que "o Irã tem capacidade e coragem para reagir", porém ressaltou a cautela da diplomacia iraniana, chamando-a de "extremamente sofisticada" e alertando para as armadilhas geopolíticas.

Ao analisar os objetivos de Netanyahu, o jornalista afirmou que "a agenda de Netanyahu é atrair os Estados Unidos para uma guerra contra o Irã", sugerindo que "tudo que Israel quer é puxar o Irã para uma guerra, porque isso forçaria a reação do Império".

Escobar afirmou  que "hoje, o estado de Israel é uma entidade terrorista por definição", ecoando uma posição crítica em relação às ações israelenses na região.

Escobar também contextualizou o ataque israelense como um movimento contra os BRICS, incluindo o Brasil, afirmando que "o ataque de Israel ao consulado do Irã na Síria foi um ataque aos BRICS. Foi um ataque contra o Brasil também". Ele concluiu sua análise destacando que "toda a construção midiática em torno de Israel como vítima desabou".

Assista o  vídeo:  https://www.youtube.com/watch?v=70PYEp74VDE&t=2s