sábado, 9 de dezembro de 2023

Raquel Lyra quer minar sectarismo do PSDB contra Lula

Raquel Lyra e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/PR)


“Governadora de Pernambuco olha para os destroços políticos do partido e pede postura colaborativa com o país”, escreve Aquiles Lins (Colunista do 247)

9 de dezembro de 2023



A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, frustrou os planos do ex-prefeito Gilberto Kassab de vê-la entre os quadros do PSD. Ao menos temporariamente. Em entrevista à Folha de S. Paulo publicada neste sábado (9), garantiu que pretende permanecer no PSDB, partido sob o qual foi eleita a primeira mulher ao comando do executivo estadual. 

E disse mais: com a eleição do novo presidente nacional tucano, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo, Raquel quer que a legenda abandone a oposição automática e sectária ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e adote postura pragmática. “Em relação ao posicionamento nacional do partido, defendo que o PSDB se posicione pela independência, porque é um momento em que a gente precisa de muita cautela no Brasil”, afirmou a gestora. 

O histórico do PSDB na política brasileira nos últimos anos reforça a ponderação da governadora de Pernambuco. Partido que dominou com o PT a política nacional por duas décadas e governou o país por oito anos, o PSDB foi praticamente dizimado, fagocitado pela extrema-direita nas últimas eleições, numa decadência política que se intensificou quando o então candidato presidencial derrotado Aécio Neves não aceitou a derrota nas urnas para Dilma Rousseff em 2014, e engendrou, juntamente com Eduardo Cunha e o lado mais podre da política brasileira, um impeachment sem crime de responsabilidade, o que aqui chamamos de golpe. 

Dos 9 governadores do Nordeste, Raquel Lyra é a única que não é de um partido integrante da base do governo Lula. E governa o estado onde Lula nasceu, o que tem especial sentido ao presidente. Na entrevista à Folha, a governadora apontou no horizonte desafios importantes para o governo tocar sua agenda eleita nas urnas, mas ressaltou os avanços já alcançados. 

“Primeiro ano é sempre ano de arrumação da casa. Acho que ele tem projetos importantes já que as pessoas podem celebrar. Teve o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, um espaço fiscal para investimento em rodovias. Acho que a gente já tem apontamento para políticas públicas fundamentais. Existe um desafio na política também, de poder aprovar os projetos que são apresentados. Ele [Lula] está em processo de negociação, todo mundo assiste a isso. E eu espero que ele consiga alcançar a estabilidade necessária”. 

A declaração é de alguém que não tem apenas relação institucional com o governo, mas que age em sintonia com os interesses do país. É esta visão que a líder política demonstra querer ver na atuação do PSDB. No entanto, para além das ponderações e votos de sucesso na agenda do governo, a governadora pode agir pragmaticamente, orientando sua base a apoiar os projetos essenciais do governo Lula em 2024.

EM TEMPO: Considerando que a governadora Raquel Lyra é firme em seus posicionamentos, porém educada e leal, independente de posição política ideológica, está colhendo  bons frutos com sua aproximação  com o governo Lula, onde o Presidente é um verdadeiro "Paizão", como ele foi para o ex-governador Eduardo Campos, in memorian". Porém, Eduardo Campos se precipitou e quis disputar a eleição presidencial contra a ex-presidente Dilma, e parte considerável  do seu partido, o PSB, votou pela cassação de Dilma. O que falta a Raquel é atender as reivindicações dos servidores público estadual, melhorar as políticas públicas, não se envolver em privatizações e não cair na provocação do Prefeito de Garanhuns, o qual conseguiu aprovar a Lei 5.112 que municipaliza o FIG, mas dar brecha para a privatização via concessões para a iniciativa privada. Esse conselho é extensivo ao dep, estadual  Zazá, o qual não deve ser "cabo eleitoral" de Sivaldo, quando o mesmo  "briga" à toa.  Ok, Moçada!

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