Corporação descartou que os suspeitos fossem
ligados ao movimento libanês Hezbollah, contrariando a versão de Israel
6 de dezembro de 2023
PF, Benjamin Netanyahu e Andrei Passos (Foto: ABR |
Lucio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados I Reuters)
247 - A Justiça Federal determinou a soltura de dois
homens que haviam sido detidos sob suspeita de terrorismo em ligação com planos
do movimento libanês Hezbollah. A decisão, emitida pela juíza Raquel
Vasconcelos Alves de Lima, da 2ª Vara Criminal Federal de Belo Horizonte, segue
um pedido da Polícia Federal (PF) e foi divulgada na noite de terça-feira
(5).
Os indivíduos foram presos durante a Operação
Trapiche, iniciada em 8 de novembro, que visava investigar possíveis
envolvimentos com grupos extremistas. A operação resultou em mandados de prisão
e busca e apreensão em três estados brasileiros.
Posteriormente, a PF concluiu que os suspeitos não
mantinham relação com o Hezbollah. Essa descoberta levou à solicitação de
libertação dos detidos, com o apoio do Ministério Público Federal (MPF).
A acusação inicial da existência de uma célula
terrorista do Hezbollah no Brasil partiu do gabinete do primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu. O Mossad, serviço de inteligência de Israel,
colaborou com a PF na investigação.
Um dos detidos, Michael Messias, identificado como
cantor de pagode, relatou à PF ter visitado o Líbano duas vezes, a convite e
com despesas pagas por Mohamad Khir Abdulmajid, cidadão sírio naturalizado
brasileiro e procurado pela Interpol. A alegação de envolvimento com o
Hezbollah, no entanto, foi descartada pelas autoridades brasileiras, desfazendo
a suposta ligação terrorista e levando à liberação dos acusados. (Com
informações da CartaCapital).
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