domingo, 5 de novembro de 2023

"Os sionistas estão surpresos. Eles imaginavam que poderiam calar a boca de todos", diz Hildegard Angel

Hildegard Angel e Benjamin Netanyahu (Foto: ABR | Reuters)








"O estrago que este episódio de Gaza está causando aos sionistas é incomensurável", avaliou a jornalista

5 de novembro de 2023

247 - A jornalista Hildegard Angel afirmou que o governo israelense e os "judeus de extrema direita" e "sionistas radicais" estão surpresos com a resistência palestina e com o apoio manifestado àquele povo pelas mais diferentes partes do mundo. Ela destacou que nem mesmo a sociedade judaica, felizmente, está unida em torno do massacre promovido por Israel na Faixa de Gaza. “Os judeus estão surpresos. Eles imaginavam, esses judeus de extrema direita, sionistas radicais, imaginavam que poderiam calar a boca de todos com seu poder. 

E o poder não é só do dinheiro, é o poder do certo corporativismo judaico. Digamos, professores judeus; eles são orientados pelas associações judaicas, seguem aquela orientação. Mas há professores que não seguem. Os dentistas, os médicos, nem todos seguem. Então essa dissonância é a dissonância democrática que a gente tem que prestigiar”.

“O estrago que este episódio de Gaza está causando aos judeus é incomensurável", apontou Hildegard durante participação na TV 247 neste domingo (5). Ela pontuou que os crimes cometidos pelo governo israelense neste momento recairão sobre toda a comunidade judaica. "Toda a compaixão que durante décadas se expandiu, dada a revelação dos horrores pelos quais passou o povo judeu durante o genocídio, durante o Holocausto, tudo isso agora se evapora, dá lugar a esta monstruosidade. O sofrimento daqueles 6,5 milhões vai ser apagado pela monstruosidade do Netanyahu e de um grupo de sionistas radicais?”.

Já prevendo as acusações de antissemitismo que serão feitas, a jornalista tratou de rechaçá-las antecipadamente: “eu sou uma grande entusiasta da religião judaica, apesar de eles não reconhecerem Jesus Cristo. É uma religião bondosa, solidária. Eu, nos momentos mais aflitivos da minha vida, tive conforto também, e até sobretudo, na religião judaica. Minha vida sempre foi muito transparente, as pessoas sabem como eu sou. Podem dizer que eu sou antissemita, porque isso não me incomoda, eu sei que eu não sou. 

Pelo contrário, eu tenho uma admiração pelos judeus. Mas eu sei quais são os mecanismos que as organizações judaicas sionistas usam para prevalecer. Tanto que quando a sociedade hebraica se abriu para receber o Bolsonaro, o preconceituoso de marca maior, do lado de fora havia uma manifestação de judeus que são contra isso. Não é um povo que está todo unido em torno deste radicalismo. Há judeus que se posicionam contra, como é o Breno Altman, que cresceu ainda mais no meu conceito”.

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