(Foto: Agencia Brasil/Reprodução) |
“Se você não tiver
um controle, esse local é muito propício para servir à agitação de extrema
direita bolsonarista corrupta”, alerta o deputado
27 de outubro de
2023
247 - As recentes demandas do Centrão
por pastas estratégicas do governo federal, incluindo a presidência da Caixa
Econômica Federal, têm gerado preocupação tanto entre políticos quanto na
sociedade civil. Em uma entrevista à TV 247, o deputado federal Ivan Valente
(Psol-SP) inquietação sobre a situação, destacando a complexidade do cenário
político brasileiro.
Valente apontou que
a coalizão que apoiou a eleição do presidente Lula (PT) conta com apenas 130
deputados, o que cria uma dinâmica delicada no Congresso. O deputado enfatizou
que o Centrão tem travado a pauta no parlamento, dificultando a aprovação de projetos
importantes para o país. “Eles querem sempre estar no governo. É uma situação
muito esdrúxula que nós vivemos aqui no Brasil. O Lula ganhou a eleição e a
coligação com os partidos que apoiam o governo do Lula não passa de 130
deputados. E, ao mesmo tempo, essa massa intermediária, de 300 deputados
eleitos em cima do clientelismo, do fisiologismo, da corrupção, da chantagem
permanente, com uma proposta pantanosa, gelatinosa de programa, não há um
projeto. O que há é um projeto de reeleição permanente e um instrumento de
poder. Assim foi com o orçamento secreto”, pontuou
O parlamentar ainda
acrescenta que “eles chantageiam muito, eles travam a pauta. Não aconteceu
praticamente nada nesses últimos três meses. O Arthur Lira é simbólico do
Centrão e eles querem continuar presidindo a Câmara dos Deputados. Então cada
projeto tem que ser negociado cara a cara. E como o Lula colocou membros no
governo, do partido não só do Lira, não quer dizer que o conjunto do partido
acompanhe as votações aqui no plenário. E mais do que isso: continua a pressão
por cargos e emendas”.
O deputado também
expressou preocupação específica em relação à Caixa Econômica Federal,
fundamental para políticas habitacionais, empréstimos à população e outras
iniciativas de políticas públicas. Ele alertou para os perigos de
interferências políticas nas 12 diretorias intermediárias da Caixa e citou o mensalão.
O deputado ressaltou a importância de um controle rigoroso para evitar desvios
e proteger a instituição de influências externas prejudiciais.
“No caso da Caixa
Econômica Federal, ela é simbólica, além dessa questão de mais uma vez sair uma
mulher [Rita Serrano, demitida da presidência do banco. E o mais importante:
não há críticas à eficiência da gestão. Então mostra o seguinte: o governo está
muito pressionado, a pauta está praticamente trancada, você precisa aprovar
projetos. Nesse caso da Caixa eu tenho fundamentalmente uma crítica: a Caixa é
um mega instrumento de financiamento, de política habitacional, empréstimos
para a população, de política pública mesmo. Se você não tiver um controle, uma
lupa, que o governo se proteja de desvios individuais, esse local é muito
propício para servir à agitação de extrema direita bolsonarista corrupta para
qualquer desvio que aconteça. Então é preocupante”, finalizou.
EM TEMPO: Parabéns Camarada Ivan!
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