Ex-juiz suspeito acusou o ministério da Justiça de prestar informações falsas à suprema corte, mas foi prontamente desmentido pelo ministro Flávio Dino
13 de setembro de
2023
Sergio Moro e Flávio Dino (Foto: Pedro França/Agência
Senado | Geraldo Magela/Agência Senado)
247 – Após a
decisão histórica do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, que
determinou a imprestabilidade das provas obtidas a partir das delações da
Odebrecht e apontou a prisão do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva como
uma armação judicial, o
ex-juiz suspeito Sergio Moro tentou tumultuar o cenário político nacional, ao acusar
o ministério da Justiça de prestar informações falsas à suprema corte.
"O Ministério
da Justiça de Flavio Dino produziu informações falsas para o STF sobre a
cooperação da Lava Jato com a Suíça no caso Odebrecht. Com isso enganou um
Ministro e obteve uma decisão favorável a Lula e que prejudicou centenas de
investigações. Não satisfeitos, o MJ e a AGU abriram, com base no engano,
investigações por “crime de hermenêutica” contra procuradores e juízes.
Revelada a farsa pela ANPR, o MJ teve que que se retratar. Poderia isso ser
mais escandaloso?", escreveu Moro, em seu X (antigo Twitter).
O ex-juiz suspeito,
no entanto, foi rapidamente desmentido pelo ministro da Justiça, que deixou
claro que não houve cooperação formal entre autoridades do Brasil e da Suíça
nas investigações sobre a Odebrecht. "Quem deve explicações sobre atos
judiciais de 2016 e 2017 é o ex-juiz, declarado suspeito e incompetente pelo
STF. Sobre informações prestadas ao STF, o citado senhor devia lembrar que isso
sequer tramita pelo gabinete do Ministro da Justiça. Tudo encontra-se
devidamente exposto ao ministro relator no STF, que vai apreciar os fatos. Que
o ex-juiz explique lá como utilizaram em 2016 provas que só foram objeto de
procedimento formal em 2017. Boa sorte e boa viagem", escreveu Dino, com
uma ponta de ironia.
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