(Foto: AFP Michal Cizek) |
Os manifestantes também rechaçam a política
econômica do governo com a alta inflação
16 de setembro de 2023
Sputnik - Estima-se que cerca
de dez mil pessoas foram às ruas hoje (16) em Praga para protestar contra o
governo do país, criticando sua gestão econômica, seu apoio militar à Ucrânia e
apoio para Kiev aderir à OTAN, informou a agência de notícias CTK citada pela Reuters.
Segundo a mídia, o
protesto foi convocado pelo movimento PRO, que não está representado no
parlamento e tem assumido posições pró-Moscou e antiocidentais. O líder do PRO,
Jindrich Raichl, falou com a mídia e disse não querer mais "um governo
fantoche".
"Demos mais um
passo hoje para tirar do caminho a rocha que é o governo do senhor
[primeiro-ministro Petr] Fiala [...] eles são agentes de potências
estrangeiras, pessoas que cumprem ordens, fantoches comuns. E eu não quero mais
um governo fantoche", disse Raichl a uma multidão na Praça Venceslau na
capital tcheca, acrescentando que Praga deveria vetar qualquer tentativa da
Ucrânia aderir à OTAN.
Raichl também
saudou as políticas do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, como um modelo
e apelou a uma aliança dos países da Europa Central para combater a União
Europeia.
Ao mesmo tempo,
expressou apoio ao ex-primeiro-ministro da Eslováquia,
Robert Fico, que adotou uma postura firmemente antiocidental antes das eleições
de 30 de setembro, escreve a mídia.
Em o outro momento
dos protestos de hoje (16), a manifestante Marcela Hajkova, ouvida pela agência
britânica, condenou a ajuda militar do
governo tcheco à Ucrânia, entre outras políticas.
"Não somos um
país soberano, ouvimos Bruxelas. Por que enviar armas para a Ucrânia, por que
eles não lutam pela paz?", indagou.
Os manifestantes
também criticaram a gestão da economia pelo governo, que sofreu uma inflação de
dois dígitos e teve um desempenho inferior ao dos seus pares europeus, com a
produção ainda não a regressar aos níveis anteriores à pandemia.
EM TEMPO: Apesar do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, ser de Direita, as manifestações em Defesa da Paz são importantes, como também faz sentido lutar pela libertação dos presos políticos na Ucrânia, assim como pelo fim da perseguição a oposição e ao fechamento dos partidos políticos, especialmente os de Esquerda.
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