domingo, 17 de setembro de 2023

Multidão protesta nas ruas de Praga contra apoio militar à Ucrânia e OTAN

(Foto: AFP Michal Cizek)


Os manifestantes também rechaçam a política econômica do governo com a alta inflação

16 de setembro de 2023


Sputnik - Estima-se que cerca de dez mil pessoas foram às ruas hoje (16) em Praga para protestar contra o governo do país, criticando sua gestão econômica, seu apoio militar à Ucrânia e apoio para Kiev aderir à OTAN, informou a agência de notícias CTK citada pela Reuters.

Segundo a mídia, o protesto foi convocado pelo movimento PRO, que não está representado no parlamento e tem assumido posições pró-Moscou e antiocidentais. O líder do PRO, Jindrich Raichl, falou com a mídia e disse não querer mais "um governo fantoche".

"Demos mais um passo hoje para tirar do caminho a rocha que é o governo do senhor [primeiro-ministro Petr] Fiala [...] eles são agentes de potências estrangeiras, pessoas que cumprem ordens, fantoches comuns. E eu não quero mais um governo fantoche", disse Raichl a uma multidão na Praça Venceslau na capital tcheca, acrescentando que Praga deveria vetar qualquer tentativa da Ucrânia aderir à OTAN.

Raichl também saudou as políticas do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, como um modelo e apelou a uma aliança dos países da Europa Central para combater a União Europeia.

Ao mesmo tempo, expressou apoio ao ex-primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, que adotou uma postura firmemente antiocidental antes das eleições de 30 de setembro, escreve a mídia.

Em o outro momento dos protestos de hoje (16), a manifestante Marcela Hajkova, ouvida pela agência britânica, condenou a ajuda militar do governo tcheco à Ucrânia, entre outras políticas.

"Não somos um país soberano, ouvimos Bruxelas. Por que enviar armas para a Ucrânia, por que eles não lutam pela paz?", indagou.

Os manifestantes também criticaram a gestão da economia pelo governo, que sofreu uma inflação de dois dígitos e teve um desempenho inferior ao dos seus pares europeus, com a produção ainda não a regressar aos níveis anteriores à pandemia.

EM TEMPO: Apesar  do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, ser de Direita, as manifestações em Defesa da Paz são importantes, como também faz sentido lutar pela libertação   dos presos políticos na Ucrânia, assim como pelo fim da perseguição a oposição e ao  fechamento dos partidos políticos, especialmente os de Esquerda.

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