quinta-feira, 31 de agosto de 2023

GDias, ex- GSI de Lula, dá forte depoimento na CPMI do Golpe, admite falhas na segurança do Planalto e deixa oposição inerte

(Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Ex-ministro deu os nomes dos generais José Carlos Penteado e Feitosa Rodrigues como possíveis “facilitadores” das ações de vândalos golpistas no Palácio do Planalto em 8/01

31 de agosto de 2023

 


Da sucursal do 247 em Brasília - Leia a seguir a íntegra do texto que o general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional do presidente Lula, leu em primeira pessoa no início de seu depoimento:

“Sou General de Divisão do Exército Brasileiro. Concluí a Academia Militar das Agulhas Negras na arma da Infantaria em 1975. Possuo cursos de Forças Especiais, de Comandos, de Guerra na Selva, de Paraquedista, Aperfeiçoamento de Oficiais, Curso de Comando e Estado Maior, Curso de Política Estratégia e Alta Administração do Exército e de Segurança Presidencial.

Com muita honra, prestei serviços às forças de segurança da ONU na América Central, por um ano e meio, no início dos anos 1990.

Entre os anos de 2003 e 2010, coordenei a segurança da Presidência da República.

Em 2011, como General de Divisão, comandei a 6ª Região Militar em Salvador, na Bahia.

Em dezembro de 2022, fui convidado para assumir o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

Tomei posse em 1º de janeiro de 2023. Pedi afastamento do posto em 19 de abril. Saí por causa da divulgação imprecisa e desconexa de vídeos gravados no interior do Palácio do Planalto durante a invasão ao prédio, em 8 de janeiro de 2023. Naquele dia foram cometidas agressões impensáveis à Democracia brasileira.

Eu era ministro-chefe do GSI, cabia a mim, funcionalmente e como cidadão brasileiro, preservar a sede do Poder Executivo do Estado Brasileiro, o Palácio do Planalto.

No dia 8 de janeiro, utilizando de todo meu conhecimento agregado pelos cursos que realizei ao longo de mais de 44 anos de serviço, pelas experiências vividas, dentro e fora das funções do Exército, EXERCI EFETIVAMENTE MINHA AÇÃO DE COMANDO NA DEFESA E PRESERVAÇÃO DO PALÁCIO PRESIDENCIAL NO MEIO DE UM LEVANTE ANTIDEMOCRÁTICO.

Foi um ataque único, inédito e inimaginável para todos nós que somos democratas e devotamos respeito à Constituição e às instituições. Tendo conhecimento, agora, da sequência de fatos que nos levaram até aquelas agressões de vândalos; e também da ineficiência dos agentes que atuavam na execução do Plano Escudo, aprovado com a coordenação de diversos órgãos civis, militares e de Segurança Pública; seria mais duro do que fui na repressão. Faria diferente, embora tenha plena certeza de que envidei todos os esforços e ações que estavam ao meu alcance para mitigar danos e o mais importante, PRESERVAR AS VIDAS DE CIDADÃS E CIDADÃOS BRASILEIROS, SEM O DERRAMAMENTO UMA GOTA DE SANGUE, SEM NENHUMA MORTE.

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Líder quilombola da Bahia, Bernadete Pacífico é assassinada

(Foto: Conaq)


Criminosos invadiram o terreiro onde Bernadete estava, relata a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco

18 de agosto de 2023


247 - Bernadete Pacífico, uma respeitada liderança quilombola da Bahia, foi assassinada na noite desta quinta-feira (17). Ela era integrante da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) e foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e líder da comunidade quilombola de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, relatou que criminosos invadiram o terreiro onde Bernadete estava. "O racismo religioso mata e produz violências reais", escreveu. "O ataque contra terreiros e o assassinato de lideranças religiosas de matriz africana não é pontual. O racismo religioso é mais uma faceta da conformação racista que estrutura o país e precisa ser combatido por meio de políticas públicas".

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), determinou a ida da Polícia Militar e da Polícia Civil até o local e pediu que os agentes "sejam firmes na investigação".

Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida também deslocou uma equipe até o local do crime.

Bernadete era mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, diz a Conaq. Líder da comunidade Pitanga dos Palmares, ele foi assassinado há 6 anos. Segundo a entidade, a 'mãe Bernadete' "atuava na linha de frente para solucionar o caso do assassinato do seu filho Binho e bravamente enfrentou todas adversidades que uma mãe preta pode enfrentar na busca por justiça e na defesa da memória e da dignidade de seu filho".

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

'Depois de Delgatti, cadeia para Bolsonaro é apenas questão de tempo', diz Helena Chagas


"Depoimento de Delgatti muda o patamar da investigação golpista. Compromete Jair Bolsonaro de forma irremediável", avalia a jornalista

17 de agosto de 2023


Helena Chagas e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Tânia Rêgo/Agência Brasil)

247 - Depois do depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (17), a prisão de Jair Bolsonaro (PL) é apenas uma questão de tempo, avalia a jornalista Helena Chagas. 

>>> Delgatti acusa Bolsonaro e diz que ele prometeu indulto em caso de prisão por ataque às urnas

Segundo ela, o hacker compromete Bolsonaro na trama golpista de forma "irremediável". Para Helena, Delgatti também encrencou os militares. "Depoimento de Delgatti muda o patamar da investigação golpista. Compromete Jair Bolsonaro de forma irremediável, e sua punição por tentativa de golpe contra o Estado democrático — cadeia — é questão de tempo. Mas os militares também estão na lona com todas essas revelações de conluio, envolvendo ministério da Defesa e comando do Exército, para invadir a urna eletrônica e as eleições. Ainda que esses comandantes tenham desistido do golpe mais adiante, vai ficando claro que participaram da articulação comandada pelo então presidente da República.. Não por acaso o assunto do momento é 'Bolsonaro na Papuda.

EM TEMPO: Tocaram fogo na mata. E agora?

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Reuniões secretas de Bolsonaro com comandantes militares após derrota nas urnas são reveladas em e-mails

 

(Foto: Marcos Correa/PR)

15 de agosto de 2023

E-mails enviados à CPMI dos Atos Golpistas revelam encontros não registrados no Palácio da Alvorada entre Jair Bolsonaro e comandantes das Forças Armadas, após sua derrota


247 - E-mails recentemente obtidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas revelam uma série de reuniões secretas entre Jair Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas após sua derrota nas urnas para o presidente Lula. De acordo com reportagem do Metrópoles, os encontros ocorreram no Palácio da Alvorada e foram omitidos tanto das agendas oficiais de Bolsonaro quanto dos líderes das três Forças Armadas.

Os e-mails, registrados pelo ex-ajudante de ordens Jonathas Diniz Vieira Coelho, indicam que Bolsonaro teve pelo menos três encontros confidenciais com os comandantes militares nos dias subsequentes à eleição. O primeiro desses encontros aconteceu em 1º de novembro, somente dois dias após a vitória de Lula no segundo turno das eleições. A troca de e-mails citava a presença dos "Comandantes de Força", referindo-se ao general Marco Antônio Freire Gomes, comandante do Exército; almirante Garnier Santos, comandante da Marinha; e tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, comandante da Aeronáutica.

Ainda de acordo com a reportagem, além destes líderes das Forças Armadas, participaram da reunião o vice-presidente da chapa de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, e três ministros do governo: general Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Anderson Torres (Justiça) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União - AGU). Intrigantemente, essas reuniões não foram mencionadas nas agendas oficiais divulgadas pelo Planalto.

No dia subsequente, em 2 de novembro, a agenda pública de Bolsonaro permaneceu vazia. Entretanto, os e-mails revelaram que ocorreu uma reunião das 15h30 às 17h15, na qual estiveram presentes Bolsonaro, o general Freire Gomes, o almirante Garnier Santos e o senador Flávio Bolsonaro.

Uma terceira reunião secreta veio à tona em 14 de novembro, quando a agenda pública de Jair Bolsonaro permaneceu sem compromissos durante a tarde. Às 14h30, os e-mails indicaram mais uma reunião com os "Comandantes de Força", bem como os ministros da Defesa, Justiça, AGU, Controladoria-Geral da União, além do vice-presidente Braga Netto e do almirante Flávio Rocha, secretário especial da Presidência.

EM TEMPO: Apesar de   algumas explicações da imprensa brasileira, a verdade é que a comunidade internacional não apoiava o golpe, a exemplo do governo Joe Biden, dos EUA, o qual já tinha enviado seus mensageiros para darem o recado. A CIA já dava sinais contrários a iniciativa golpista. França, Alemanha, Espanha, Portugal e tantos outros países, também não apoiavam e iriam criar dificuldades ao governo golpista, através de sanções econômicas e ameaça de intervenção armada. Donde se conclui que os  militares de alta patente  não estavam coesos quanto a esse tipo de aventura, cujo principal beneficiário  seria um ex-militar, o Bozo, que outrora foi expulso do exército por indisciplina. Ok, Moçada! 

Sangrando Bolsonaro

 



"A estratégia é ir sangrando Jair Bolsonaro até que a opinião pública não tenha mais dúvidas sobre o acerto de uma condenação seguida de prisão", diz Helena Chagas (Jornalista)


Jair Bolsonaro (Foto: Tânia Rego / Agência Brasil)

À primeira vista, as bem circunstanciadas revelações da investigação sobre o desvio e a venda de presentes oficiais para enriquecimento ilícito compõem o enredo da crônica de uma prisão anunciada. Entre integrantes do governo e juristas que acompanham o caso, porém, não há grandes expectativas em relação a esse desfecho no curto prazo. Por ora, a estratégia dos investigadores da PF e do STF parece ser, com a ajuda da CPMI, ir sangrando Jair Bolsonaro até o momento em que a esmagadora maioria da opinião pública não tenha mais dúvidas sobre o acerto de uma condenação seguida de prisão.

Apesar da ansiedade de alguns  — até com justa razão — em ver Bolsonaro na cadeia pelo conjunto da obra, ninguém na esfera jurídica e no governo Lula quer ser acusado de perseguição ou politização indevida das investigações contra o ex-presidente. O primeiro, aliás, a lembrar a necessidade de se seguir o devido processo legal, prevendo amplo direito de defesa ao adversário, tem sido o próprio Lula — que, dia sim, outro também, bate na herança maldita recebida, mas não faz comentários sobre os desdobramentos na esfera policial.

Mas o fato de não ser preso, ao menos no curto prazo, não vai livrar Bolsonaro de enorme desgaste político. A recente operação em cima da organização criminosa fez subir de patamar investigações de que já era alvo e que já têm dezenas se ramificações. Segundo quem acompanha o caso, essa não deve ser a última das acusações.

Mais coisa virá para demolir o discurso anticorrupção que notabilizou Jair Bolsonaro e foi utilizado por ele e seus seguidores para satanizar o PT.  Nas próximas semanas e meses, o país continuará sendo exposto,  via PF e CPMI, a uma quantidade de denúncias, indícios e provas que, na hora em que se chegar ao indiciamento, ao julgamento e à condenação de Bolsonaro, poucos irão se surpreender.

A questão agora, entre aliados e adversários, é tentar projetar qual será o tamanho político do personagem e do que se chama hoje de bolsonarismo quando se chegar lá. 

Embora esta seja a mais forte acusação que pesou sobre ex-presidente no terreno da corrupção, amparada pelo mais completo conjunto de provas já apresentado nas investigações de que é alvo, não é a primeira. Nos casos anteriores, alguns envolvendo inclusive a pandemia que ceifou as vidas de mais de 700 mil brasileiros, Bolsonaro se desgastou, mas não acabou politicamente — e a derrota para Lula por uma diferença pequena dá a medida disso.

É possível imaginar que Bolsonaro, numa estratégia de vitimização, consiga manter o apoio de um núcleo radical de direita que está sempre com ele, cegamente, em qualquer hipótese. São aqueles que correm às redes para postar que é tudo mentira. Essa turma hoje gira em torno de 15% a 20% do eleitorado. Mesmo que passe por certa desidratação, ainda será uma fatia significativa. Tanto é que já estava sendo disputada por políticos como os governadores Tarcísio de Freitas e Romeu Zema desde que o ex-presidente ficou inelegível.

Não por acaso,  nos últimos tempos Tarcisio e Zema caminharam aceleradamente para a direita, em discursos e ações. Podem, porém, ter se precipitado e feito um mau negócio, mais ainda agora depois da revelação sobre a  organização criminosa de venda de jóias e presentes. Se o caso não impressiona muito a direita radical, pode provocar um estrago sem precedentes junto ao eleitorado centrista.

O tema da corrupção, ainda mais daquela flagrada num personagem que enganou a todos durante anos de mistificação, cala fundo, por exemplo, em setores da classe média conservadora. É o centro que foi responsável por sua eleição em 2018, e deu um calor em Lula em 2022, que Bolsonaro se arrisca a perder.  E quem ficar com ele ou se aproximar muito de seus radicais — risco de Tarcisio e Zema — pode ter dificuldades de trazer esse eleitor centrista.

Sem a blindagem da presidência da República e em meio a um escândalo que continuará a ser alimentado midiaticamente pela exibição diária de mensagens, gravações, quebras de sigilo e outras provas, Bolsonaro não vai sair tão cedo do  centro do picadeiro. As consequências disso ainda são nebulosas, mas o silêncio da esmagadora maioria de seus aliados diz muito.

EM TEMPO: É isso aí Bozo: " Um dia é do caçador, outro é da caça". 

sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Tentativa de venda de Rolex presenteado mostra que Bolsonaro era maloqueiro, diz Helena Chagas

"O que mais Bolsonaro terá vendido? E recebido em troca?", questionou a jornalista e comentarista da TV 247

4 de agosto de 2023

Helena Chagas e Jair Bolsonaro (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Tânia Rêgo/Agência Brasil)

 

247 - A jornalista Helena Chagas comentou nesta sexta-feira (4) a troca de e-mails do tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, referente à negociação de um relógio da marca Rolex.

Para Helena, as mensagens indicam o comportamento marginal de Bolsonaro e seu entorno. "Era um governo muito maloqueiro", afirmou a jornalista. "Os e-mails do major Cid sobre a venda - enquanto Bolsonaro ainda era presidente - do Rolex ganho da Arábia Saudita expõe, além da desonestidade de se apropriar de um presente de Estado, um presidente da República muito chinfrim. Quem faz isso ocupando o mais alto cargo do país é indigno de se sentar naquela cadeira. O que mais Bolsonaro terá vendido? E recebido em troca?", questionou Helena. 

Em 6 de junho de 2022, Cid recebeu um e-mail em inglês de uma interlocutora. Ela expressou: "obrigada pelo interesse em vender seu Rolex. Tentei entrar em contato por telefone, mas não obtive sucesso." Em seguida, questionou: "Qual é o valor que você espera receber por ele? O mercado de relógios Rolex usados está em declínio, especialmente para modelos cravejados com platina e diamante, devido ao alto valor. Quero ter certeza que estamos na mesma linha antes de fazermos tanta pesquisa".

Em resposta, Mauro Cid informou que não possuía o certificado do Rolex, uma vez que "foi um presente recebido durante uma viagem oficial", e ele tinha a intenção de vender o relógio por US$ 60 mil (cerca de R$ 300 mil, conforme a cotação atual). Entretanto, os e-mails não detalhavam as circunstâncias da aquisição do relógio, informa o jornal O Globo.

Durante uma visita à Arábia Saudita em outubro de 2019, Jair Bolsonaro recebeu um conjunto de joias, incluindo um Rolex, um anel, uma caneta e um rosário islâmico, do rei Salman bin Abdulaziz Al Saud. Recentemente, a defesa de Bolsonaro devolveu os itens de luxo após uma investigação da Polícia Federal relacionada a outro conjunto de joias sauditas, no valor de R$ 5 milhões, retido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

terça-feira, 1 de agosto de 2023

Briga por Festival de Inverno de Garanhuns tem pouco a ver com "amor pela cultura"


Confira a coluna Cena Política, edição online,  desta terça-feira (1º), do Jornal do Comércio, assinada pelo jornalista Igor Maciel.

 



Praça Mestre Dominguinhos na segunda noite do 31º Festival de Inverno de Garanhuns - FOTO: FELIPE SOUTO MAIOR/FUNDARPE

 ANÁLISE

Há um claro interesse eleitoral no anúncio feito pelo prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino (PSB), de que irá assumir o Festival de Inverno de 2024, realizado há mais de 30 anos pela Fundarpe. No ano que vem tem campanha e o atual prefeito deve tentar a reeleição.

Antes de tomar a decisão ele conversou com o deputado Felipe Carreras (PSB). O parlamentar é conhecido por defender empresários da área de eventos, tendo relação familiar, inclusive, com pessoas que exploram o setor em Pernambuco.

Eleição local em jogo

Sivaldo é prefeito desde 2021, foi eleito no meio da pandemia, e quer tentar a reeleição no ano que vem. Por causa da pandemia, ele só teve a oportunidade de vivenciar o evento, como prefeito, em 2022 e agora, em 2023.

No ano passado, com o PSB no poder estadual, tudo acontecia em conjunto entre Sivaldo e o Palácio. Já este ano tudo mudou com a entrada de Raquel Lyra (PSDB).

O líder de Raquel na Assembleia Legislativa é Izaias Regis (PSDB). O deputado tucano é ex-prefeito de Garanhuns, adversário político de Sivaldo e já avisou que disputa a prefeitura em 2024.

Poder e dinheiro

Acontece que a briga para saber quem faz o Festival de Inverno de Garanhuns tem muito mais a ver com dinheiro, capilaridade eleitoral e influência política do que com “amor pela cultura”, como vem sendo divulgado para todos os lados.

Os contratos entre poder público e artistas são sempre muito disputados nesses festivais. Esse poder de atrair investimentos de patrocinadores numa ponta e contratar artistas na outra é algo muito bem vindo num ano eleitoral.

Manda quem pode

O Governo de Pernambuco, dessa vez, agiu rápido. Assim que Sivaldo anunciou que quer fazer o Festival de Inverno por conta própria, o Palácio divulgou as datas do FIG de 2024 como resposta.

Deixou claro que não vai levar a pretensão do prefeito de Garanhuns a sério e se posicionou sem a necessidade de abrir uma guerra de narrativas que poderiam desgastar a relação institucional ainda mais. O FIG será de 18 a 28 de julho.

Quem manda não discute, apenas informa. O governo avisou quem está no comando.

EM TEMPO: Parabéns Igor pela análise precisa. Lembrando que o deputado federal Felipe Carreras é de Direita e era simpático ao governo Bozo. O deputado federal Felipe Carreras precisa se posicionar e informar quais são as suas empresas e se  as mesmas têm como atividade  a realização de eventos, preparação de camarotes, etc. Caso o deputado tenha deixado de ser sócio de alguma empresa que explique também, assim como o nome do(a) seu(sua) substituto(a).  É assim que a música toca. Ok, Moçada!