(Foto: Marcos Correa/PR) |
15 de agosto de 2023
E-mails enviados à
CPMI dos Atos Golpistas revelam encontros não registrados no Palácio da
Alvorada entre Jair Bolsonaro e comandantes das Forças Armadas, após sua
derrota
247 - E-mails recentemente obtidos pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas revelam uma série de reuniões secretas entre Jair Bolsonaro e os comandantes das Forças Armadas após sua derrota nas urnas para o presidente Lula. De acordo com reportagem do Metrópoles, os encontros ocorreram no Palácio da Alvorada e foram omitidos tanto das agendas oficiais de Bolsonaro quanto dos líderes das três Forças Armadas.
Os e-mails,
registrados pelo ex-ajudante de ordens Jonathas Diniz Vieira Coelho, indicam
que Bolsonaro teve pelo menos três encontros confidenciais com os comandantes
militares nos dias subsequentes à eleição. O primeiro desses encontros
aconteceu em 1º de novembro, somente dois dias após a vitória de Lula no
segundo turno das eleições. A troca de e-mails citava a presença dos
"Comandantes de Força", referindo-se ao general Marco Antônio Freire
Gomes, comandante do Exército; almirante Garnier Santos, comandante da Marinha;
e tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, comandante da
Aeronáutica.
Ainda de acordo com
a reportagem, além destes líderes das Forças Armadas, participaram da reunião o
vice-presidente da chapa de Bolsonaro, general Walter Braga Netto, e três
ministros do governo: general Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Anderson Torres
(Justiça) e Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União - AGU). Intrigantemente,
essas reuniões não foram mencionadas nas agendas oficiais divulgadas pelo
Planalto.
No dia subsequente,
em 2 de novembro, a agenda pública de Bolsonaro permaneceu vazia. Entretanto,
os e-mails revelaram que ocorreu uma reunião das 15h30 às 17h15, na qual
estiveram presentes Bolsonaro, o general Freire Gomes, o almirante Garnier
Santos e o senador Flávio Bolsonaro.
Uma terceira
reunião secreta veio à tona em 14 de novembro, quando a agenda pública de Jair
Bolsonaro permaneceu sem compromissos durante a tarde. Às 14h30, os e-mails
indicaram mais uma reunião com os "Comandantes de Força", bem como os
ministros da Defesa, Justiça, AGU, Controladoria-Geral da União, além do
vice-presidente Braga Netto e do almirante Flávio Rocha, secretário especial da
Presidência.
EM TEMPO: Apesar de algumas explicações da imprensa brasileira, a verdade é que a comunidade internacional não apoiava o golpe, a exemplo do governo Joe Biden, dos EUA, o qual já tinha enviado seus mensageiros para darem o recado. A CIA já dava sinais contrários a iniciativa golpista. França, Alemanha, Espanha, Portugal e tantos outros países, também não apoiavam e iriam criar dificuldades ao governo golpista, através de sanções econômicas e ameaça de intervenção armada. Donde se conclui que os militares de alta patente não estavam coesos quanto a esse tipo de aventura, cujo principal beneficiário seria um ex-militar, o Bozo, que outrora foi expulso do exército por indisciplina. Ok, Moçada!
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