(Foto: Conaq) |
Criminosos invadiram o terreiro onde Bernadete
estava, relata a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco
18 de agosto de 2023
247 - Bernadete Pacífico,
uma respeitada liderança quilombola da Bahia, foi assassinada na noite desta
quinta-feira (17). Ela era integrante da Coordenação Nacional de Articulação de
Quilombos (Conaq) e foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
e líder da comunidade quilombola de Simões Filho, na Região Metropolitana de
Salvador.
A ministra da
Igualdade Racial, Anielle Franco, relatou que criminosos invadiram o terreiro
onde Bernadete estava. "O racismo religioso mata e produz violências
reais", escreveu. "O ataque contra terreiros e o assassinato de
lideranças religiosas de matriz africana não é pontual. O racismo religioso é
mais uma faceta da conformação racista que estrutura o país e precisa ser
combatido por meio de políticas públicas".
O governador da
Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), determinou a ida da Polícia Militar e da
Polícia Civil até o local e pediu que os agentes "sejam firmes na
investigação".
Ministro dos
Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida também deslocou uma equipe até
o local do crime.
Bernadete era mãe
de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, diz a
Conaq. Líder da comunidade Pitanga dos Palmares, ele foi assassinado há 6 anos.
Segundo a entidade, a 'mãe Bernadete' "atuava na linha de frente para
solucionar o caso do assassinato do seu filho Binho e bravamente enfrentou
todas adversidades que uma mãe preta pode enfrentar na busca por justiça e na
defesa da memória e da dignidade de seu filho".
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