quinta-feira, 29 de junho de 2023

Entenda o voto que pode cassar Jair Bolsonaro

(Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE)

Benedito Gonçalves destacou que Bolsonaro propagou "mentiras atrozes" sobre o TSE, fez ameaças veladas e utilizou as Forças Armadas como instrumento para atacar o tribunal

29 de junho de 2023



247 – O corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, emitiu seu voto nesta terça-feira, dia 27, no processo que pode resultar na cassação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O ministro acusou Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, solicitando sua inelegibilidade por oito anos. O julgamento será retomado na quinta-feira. Gonçalves destacou que Bolsonaro propagou "mentiras atrozes" sobre o TSE, fez ameaças veladas e utilizou as Forças Armadas como instrumento para atacar o tribunal, caracterizando um comportamento que ele classificou como um "flerte perigoso com o golpismo", segundo relata a jornalista Rayssa Motta, do Estado de S. Paulo.

A base do julgamento é a reunião convocada por Bolsonaro, enquanto presidente, com embaixadores estrangeiros no Palácio da Alvorada, em julho de 2022, na qual foram disseminadas informações falsas sobre o sistema de votação brasileiro e as urnas eletrônicas. As declarações do ex-presidente foram transmitidas pela TV Brasil.

O relator apresentou uma versão resumida de seu voto, que contém 382 páginas, e ressaltou a gravidade das acusações contra Bolsonaro. Segundo Gonçalves, o ex-presidente se valeu de seu cargo e da estrutura da Presidência para disseminar notícias falsas, atacar o TSE, mobilizar seus apoiadores e promover sua candidatura à reeleição. O ministro afirmou que as agressões à Justiça Eleitoral evidenciam a importância dessa instituição para a preservação da democracia.

Gonçalves argumentou que as provas apresentadas deixaram clara e convincente a culpa de Bolsonaro, considerando os fatos incontestáveis e amplamente comprovados. O relator isentou o vice-presidente da chapa, general Walter Braga Netto, de qualquer responsabilidade, atribuindo a Bolsonaro a total responsabilidade pelo evento com os diplomatas.

Outro aspecto abordado pelo ministro foi a inclusão no processo de uma minuta golpista apreendida na residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Essa minuta previa a criação de uma comissão para fiscalizar o TSE e anular o resultado das eleições. A defesa de Bolsonaro tentou excluir esse documento do processo, fazendo referência a um julgamento anterior da chapa Dilma-Temer. No entanto, Gonçalves destacou a diferença entre os casos e ressaltou a gravidade das ações de Bolsonaro. 

Além disso, o voto do relator abordou a relação de Bolsonaro com as Forças Armadas e seu convite para que os militares acompanhassem os testes das urnas eletrônicas. Segundo o ministro, Bolsonaro instrumentalizou as Forças Armadas e flertou perigosamente com o golpismo.

O julgamento terá continuidade com a manifestação dos demais ministros do TSE. Caso Bolsonaro seja condenado, poderá ficar inelegível até 2030, abrindo caminho para rearranjos políticos na direita.

EM TEMPO: É isso aí Bozo. No passado, falaste em demasia, hoje és réu. 

segunda-feira, 26 de junho de 2023

O FIG E A "BRIGA" DOS REPRESENTANTES DA BURGUESIA.

 


Os representantes da Burguesia "brigam"  em demasia  pelo poder. Quase todos os anos têm esse tipo de desavença no período que antecede a realização do FIG. Antes era Zazá "brigando" com os ex-governadores Eduardo Campos e Paulo Câmara. Agora   é o prefeito Sivaldo Albino,   "arengando" com a governadora Raquel Lira.

Lembrando ser  impróprio  o Prefeito do Garanhuns dizer  para o Blog do Magno que:  “Garanhuns não é casa de Mãe Joana, aqui tem Prefeito”. Tudo isso porque não gostou da alteração do período do FIG, ou seja, anteriormente marcado para o período de 14 a 23.07.23 e, agora para o intervalo de 21 até  30.07.23 sem o seu “conhecimento prévio”.

Convém lembrar que o FIG é uma atribuição, por Lei, de realização do Governo do Estado de PE, cabendo ao município, apenas,  dar apoio logístico e se entrosar, em harmonia,  com os diversos departamentos do governo estadual sem pensar em tirar proveito político.

Aqui  segue uma sugestão: Sr. prefeito Sivaldo Albino - pare de "brigar" e consiga a devida autorização do governo do Estado para que os participantes do FIG doem alimentos não perecíveis, roupas, cobertores e agasalhos para a população carente. Sugiro ainda que deem essa atribuição ao grupo Ferreira Costa (o qual  já faz essa tarefa), ao Bispo Diocesano, aos Pastores das Igrejas Evangélicas, aos Clubes de Serviço, ao 71º BI e ao 9º Batalhão da PM.

NÃO VOTARAM NO VELHINHO DE IDEIAS  NOVAS (RSRSRS), O PAULO CAMELO, ISTO É, NAS ELEIÇÕES DE 2020, PORQUE NÃO QUISERAM.  AGORA É SÓ CHORORÔ. OK, MOÇADA!

EM TEMPO: O período do FIG deve ser sempre de 10 dias, sem maiores delongas e o apresentador dos eventos  deve  diminuir a dose de repetir em demasia os nomes dos políticos. Porém,  sugiro que a governadora Raquel Lira convide os Garanhuenses, isto é, o  presidente Lula e o senador Randolphe Rodrigues para participarem da abertura do FIG. OK, MOÇADA, MAIS UMA VEZ!


Base de Lula encontra um caminho para demitir Campos Neto do Banco Central

A ideia é usar um processo no Tribunal de Contas da União, que aponta inconsistências contábeis no BC – o que justificaria sua saída

26 de junho de 2023

Lula rebate presidente do BC: "Esse maluco sabe o que está acontecendo com o povo? É tempo de guerra" (Foto: ABr)



247 – Parlamentares aliados do presidente Lula no Congresso estão analisando a possibilidade de utilizar um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) contra o Banco Central para pressionar a saída de Roberto Campos Neto, presidente da instituição, caso ele continue se opondo à redução da taxa básica de juros (Selic), segundo informa o jornalista Julio Wiziack, na coluna Painel S.A.. O TCU é o órgão responsável por fiscalizar as atividades do governo federal no âmbito do Congresso. Sua missão é garantir a transparência nas contas, finanças, orçamento e patrimônio dos órgãos e entidades públicas do país.

O processo em questão remonta a 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, e investiga alegadas inconsistências contábeis de R$ 1 trilhão apontadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) no balanço do Banco Central naquele ano. Após realizar diligências, os auditores do TCU concluíram que "os demonstrativos não refletem adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a situação patrimonial, o resultado financeiro e os fluxos de caixa do BC". Essas informações constam em um relatório obtido pela coluna.

O presidente Lula e outros integrantes do governo têm criticado veementemente o presidente do Banco Central por manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, mesmo com a queda da inflação. Campos Neto lidera o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, responsável por definir a taxa básica da economia, e tem resistido a adotar uma postura racional, coerente com os dados da economia.

domingo, 25 de junho de 2023

Cúpulas militares só abortaram plano de golpe por falta de apoio dos EUA

 

Por Jeferson Miola (Jornalista)

A democracia clama por investigação e responsabilização das cúpulas militares e oficiais conspiradores que atentaram contra o Estado de Direito


 

Atos terroristas de bolsonaristas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília - 08.01.2023 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) 

Em que pese o conhecimento detalhado que se tem hoje sobre a atuação partidária organizada pelas cúpulas das Forças Armadas como um partido político com projeto próprio de poder, amplos setores da sociedade brasileira ainda acreditam nas “narrativas” mentirosas dos militares, como a do chefe do Estado-Maior do Exército, general Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, que sustenta que “nós, o Exército, nunca quisemos dar nenhum golpe”.

Decerto amparado na crença da eterna impunidade, o general vai longe no seu atrevimento: “Tanto não quisemos, que não demos [o golpe]”, declarou. A mensagem é clara: quando quiserem – ou, quando puderem –, os militares perpetrarão o golpe para tomarem de assalto o poder. As cúpulas militares estão vencendo a batalha comunicacional sobre este período histórico em que tiveram não só primazia absoluta na condução do governo fascista-militar, como centralidade nos trágicos acontecimentos precedentes e posteriores à eleição de 2018, quando elegeram a chapa militar Bolsonaro/Mourão à presidência do Brasil.

Habilmente, descarregam as “culpas” nos bodes expiatórios midiaticamente mais atraentes, como Bolsonaro, Mauro Cid e elementos secundários da súcia. Desse modo, essas cúpulas que implicaram institucionalmente as Forças Armadas nos atentados à democracia vão conseguindo se safar das responsabilidades diretas e centrais na conspiração.

Já em 7 de outubro de 2018, data do primeiro turno da eleição presidencial, reportagem do jornalista argentino Marcelo Falak para o Ámbito Financiero destacava, a partir de relatos de uma fonte do alto oficialato das Forças Armadas brasileiras, que Bolsonaro era, na realidade, um Cavalo de Tróia para viabilizar o projeto secreto da cúpula militar – “o homem que a cúpula das Forças Armadas escolheram, há 4 anos [ainda em 2014, portanto], para que ele se fosse convertido no presidente do Brasil”.  

A evolução dos acontecimentos confirmou o quão certa estava aquela reportagem Agora, quase cinco anos depois, outra matéria jornalística – do jornal inglês Financial Times [FT, de 21/6] – traz claridade a respeito do protagonismo decisivo das cúpulas militares na complexa dinâmica política nacional. O FT relata “uma pressão silenciosa de um ano pelo governo dos EUA para conclamar os líderes políticos e militares do país a respeitarem e protegerem a democracia”.

Na matéria, o ex-embaixador dos EUA no Brasil [2016/2018] Michael McKinsley cita um “empenho muito incomum” que “durou quase um ano” e significou uma “campanha coordenada em várias ramificações do governo dos EUA, como os militares, a CIA, o Departamento de Estado, o Pentágono e a Casa Branca”. De acordo com o também ex-embaixador dos EUA no Brasil [2009/2013] e ex-Sub-secretário do Departamento de Estado Thomas Shannon, “o esforço começou com a visita do assessor de segurança nacional de Biden, Jake Sullivan” a Bolsonaro e a autoridades do governo, em agosto de 2021.

O assessor de segurança do governo Biden se convenceu que “Bolsonaro seria totalmente capaz de manipular os resultados da eleição ou negá-los, como Donald Trump havia feito”. A partir de tal constatação, o governo estadunidense decidiu aumentar as pressões sobre Bolsonaro e os militares. No dia seguinte ao encontro que Bolsonaro promoveu com representações diplomáticas estrangeiras em Brasília para avacalhar o sistema eleitoral brasileiro, o Departamento de Estado saiu em defesa do sistema eleitoral e das instituições brasileiras, numa sinalização crítica à postura de Bolsonaro.

Segundo uma autoridade do alto escalão do Brasil, aquele “endosso incomum” ao sistema de votação brasileiro “foi muito importante, especialmente para os militares. Eles recebem equipamentos dos EUA e fazem treinamentos lá, de modo que ter boas relações com os EUA é muito importante para os militares brasileiros. [Neste sentido], a declaração foi um antídoto contra a intervenção militar”. Uma semana depois, foi a vez de Lloyd Austin, secretário de Defesa do governo Biden, dar uma reprimenda nas cúpulas fardadas nativas, dizendo que as forças militares precisavam estar “sob forte controle civil” [26/7/2022]. Conforme o FT, Austin alertou os militares brasileiros sobre as consequências negativas caso perpetrassem um golpe.

Além do assessor de segurança nacional e do secretário de Defesa dos EUA, a general Laura Richardson, chefe do Comando Sul dos EUA; e o chefe da CIA, William Burns, também se encontraram com o governo Bolsonaro no ano eleitoral. “Isso [tamanha movimentação] é comum? Não, não é”, disse McKinley, reconhecendo a anormalidade da situação. Está claro, portanto, que as cúpulas militares só não prosseguiram o plano golpista de virada de mesa para impedir a posse do presidente Lula por falta de apoio dos EUA.

Fosse Donald Trump o presidente da potência do Norte, ou se Bolsonaro não fosse um aliado estadunidense tão visceralmente atrelado a Trump e contestador da eleição de Joe Biden, provavelmente o governo Biden não teria agido como agiu, e então os militares teriam avançado na consecução do golpe. A democracia clama por investigação e responsabilização das cúpulas militares e oficiais conspiradores que atentaram contra o Estado de Direito. O Brasil não pode continuar nesse auto-engano eterno em relação às Forças Armadas. A impunidade é um caminho livre para a destruição da democracia.

EM TEMPO: Os militares das Forças Armadas, principalmente, não devem se envolver em política, mas precisam conhecê-la, especialmente de "geopolítica". Sugestões de palestrantes sobre Geopolítica: Celso Amorim, Pepe Escobar, dentre outros. Eles sabem que o ex-capitão Bozo era, e é,  indisciplinado, que o ex-presidente general Ernesto Geisel o considerava um mal militar e que o general  Leônidas Pires, Comandante do Exército no governo Geisel, proibiu que Bozo visitasse as dependências do Exército. Além de tudo isso o Bozo tinha o plano terrorista  de jogar uma bomba na Adutora do Guandu no  RJ. Por outro lado, na Câmara dos Deputados o Bozo fazia parte do "Baixo Clero".  Ok, Moçada!  Acorda pra Jesus!

sábado, 24 de junho de 2023

Urgência militar: descolar de Bolsonaro, sinônimo de ditadura, para alinhar-se à democracia

Joseli Parente Camelo (Foto: Aeronáutica)

Por César Fonseca – Jornalista e Editor do sítio Independência Sul Americana.

A aventura militarista bolsonarista deve, segundo o brigadeiro Joseli Parente Camelo, ser o mais rapidamente possível julgada e os responsáveis, punidos



De repente ficou oneroso demais para as Forças Armadas ter seu nome associado a Bolsonaro, que caiu nas barras dos tribunais, ameaçado de perder mandato por oito anos; os militares caíram na real de que sujaram a si mesmo e à instituição democrática ao garantirem aval ao bolsonarismo fascista. Os generais comandantes das forças, apavorados e inseguros, dão-se conta de que caíram numa cilada ao ingenuamente romperem com a hierarquia para se aproximar de forma orgânica do poder, abrindo-se à traição à democracia, em nome de teses estapafúrdicas.

General subordinado a capitão, onde já se viu isso, onde está a razão?

A base da loucura tem origem no apoio da classe média aos militares na busca do poder pelo poder, à custa do rompimento com instituições democráticas. Loucamente, alienada, conservadora, desesperada, socialmente, incapaz de construir seu sonho ambicionado de chegar a ser, também, elite, a classe média sonhou alto sem ter os pés na realidade. 

Porém, mais doida que ela, foram os militares que acreditaram na solidez desse apoio irresponsável.

CLASSE MÉDIA ENSANDECIDA

Inconformada com sua queda de status no contexto histórico nacional marcado pela sobre acumulação de renda que a exclui, paulatinamente, dos benefícios do progresso, sem predisposição para se reconhecer incapaz de fazer história, ao lado dos trabalhadores, a classe média, indo para as ruas, apelou, sofregamente, aos quarteis, para fugir do destino dos assalariados massacrados pelo capital financeiro especulativo.

Caiu do cavalo na garupa dos generais reacionários.

A quem recorrer se sua especialidade histórica é fugir da realidade?

Os militares agora caem em si ao constatar que se tratou de sonho de noite de verão a pretensão de serem salvadores da pátria, dessa classe média despossuída pelo modelo econômico concentrador de renda. Na verdade, ela caiu na armadilha do populismo fascista bolsonarista bonapartista, maior inimigo dos trabalhadores e, consequentemente, da democracia, sem a qual não há chance do trabalho frente ao capital.

INFLEXÃO HISTÓRICA

A entrevista, hoje, do Tenente- Brigadeiro do Ar, Francisco Joseli Parente Camelo, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), à Globonews, na qual reconhece o equívoco do engajamento das forças armadas ao canto de sereia da ditadura ultra neoliberal do mercado financeiro especulativo que bancou Bolsonaro e jogou o país no colapso econômico, porta de entrada para guerra civil, é fator de inflexão histórica.

Quase que pedindo perdão à sociedade brasileira, tal sua angústia em ter que admitir a insensatez e irresponsabilidade das forças armadas nessa aventura histórica, incompatível com a tendência democrática nacionalista, o brigadeiro se abriu à reflexão reparadora dos seus pares e pediu justiça contra os golpistas, conferindo-lhes direito ao devido processo legal com o qual romperam para apoiar um irresponsável capitão fascista na presidência da República.

A aventura militarista bolsonarista, apoiada pelas forças armadas, em sua grande parte, deve, segundo o brigadeiro, ser, o mais rapidamente possível, julgada e os responsáveis, devidamente, punidos, sejam integrantes dos escalões superiores e intermediários ou inferiores.

Joseli fez balanço histórico da participação dos militares em diferentes momentos da vida nacional, desde o Império à República, no afã de considerar de direito a violação da ordem legal segundo os critérios dos próprios militares, como força em si, diante dos demais estratos sociais.

Lembrou, entre outros episódios, o comportamento militar de julgar excepcionalmente participantes da Intentona Comunista, em 1935, arrolando-os sem provas etc, o que não deveria acontecer e que não deve se repetir jamais.

O mesmo aconteceu nas revoltas contra centralização política ditatorial monárquica nas províncias do império, no século 19, e, na República, na perseguição, em 1922, às passeatas dos trabalhadores, na Revolução de 1930, na contrarrevolução de 1932, em 1964, em 1967/8, quando a ditadura baixou o AI-5, gerador de guerrilhas cruelmente massacradas.

Essa escalada anticomunista, diz o brigadeiro, teve um termo a partir da Constituição de 1988 quando foi regulamentado o art. 142 que os militares consideraram autorreconhecimento constitucional como poder moderador.

FARSA DO PODER MODERADOR

Com tal poder os militares, viciados em autoritarismo histórico, lançaram mão da arrogância, violência e pretensão para tentar dar o golpe em Lula, agora, em 8 de janeiro de 2023, inconformados que ficaram com derrota eleitoral de Bolsonaro ao qual ideoligicamente se filiaram, avalizando o fascista.

O colapso do bolsonarismo militarista neoliberal, portanto, é o momento necessário para revisão do equívoco histórico das forças armadas que precisa ser removido, sem revanchismo, ressalva o Brigadeiro, como única alternativa capaz de manter o país unido em torno da democracia, para não cair no suicídio ditatorial que levaria à guerra civil.

A entrevista do Brigadeiro Joceli ocorreu no momento em que a cúpula das Forças Armadas se reúne para tratar da tentativa golpista de impedir posse de Lula, articulada por militares arregimentados por Bolsonaro para militarizar o poder, desmilitarizado, enfim, pelo processo democrático, nas eleições de 2022.

Qual a garantia de que esse retrocesso estará banido para sempre, quando Bolsonaro está prestes a ter suspendido por oito anos direito de disputar eleição?

EM TEMPO: Olha aí os "Camelos" fortalecendo à Democracia. Convém lembrar que não houve o golpe militar porque o governo Joe Biden, dos EUA,  não apoiou, assim como a comunidade europeia. Ok, Moçada!

domingo, 18 de junho de 2023

FUP: "o que move os ataques do ministro do MME ao presidente da Petrobrás?"

Deyvid Bacelar (Foto: Câmara dos Deputados)

 


Coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, disse que o ministro tem atitude "no mínimo leviana", ao questionar o presidente da companhia, Jean Paul Prates




247 - O coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, criticou neste sábado (17) o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pelas declarações contrárias ao presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates. 

Em nota, o coordenador da FUP disse que as declarações surpreenderam a categoria petroleira. "Em sucessivas matérias publicadas na imprensa ao longo da semana, o ministro ocupou seu tempo, não com tarefas de sua Pasta, mas em dar entrevistas lançando ironias e ataques ao dirigente da estatal. Silveira foi mais além ao fazer afirmações genéricas, ou seja, sem especificar a que se referia, sobre a conduta ética e moral da Petrobrás. A atitude do ministro é no mínimo leviana. Sem apontar provas ou citar casos, disse que 'há distorções inexplicáveis', na atuação da companhia, 'inclusive do ponto de vista ético e moral”, afirmou Bacelar. 

"A categoria petroleira quer saber qual o verdadeiro objetivo do ministro com tais posicionamentos beligerantes, que em nada ajudam o País e a Petrobrás, que na administração Lula, volta a ganhar importância e a se fortalecer depois de um desmonte sem precedentes na história da maior empresa brasileira", questionou o coordenador da FUP. 

Alexandre Silveira expressou seu descontentamento com a atual política de gás natural no Brasil durante um seminário realizado pelo grupo Esfera Brasil no Rio de Janeiro nesta sexta-feira (16). O ministro defendeu a ampliação da oferta de gás no mercado através da diminuição da reinjeção nos poços de extração de petróleo, visando impulsionar a atividade industrial.VAI PESAR É A POPULARIDADE DO CONJUNTO DO 

MORRE O MESTRE GONZAGA DE GARANHUNS PATRIMÔNIO VIVO DE PERNAMBUCO

 

Texto extraído do Blog de RA

 

Morreu nesta sexta-feira, por volta das 15 horas, o cordelista e mestre do reisado Gonzaga de Garanhuns, de 79 anos. Ele estava hospitalizado no Hospital Dom Moura, após sofrer um AVC, pouco menos de duas semanas atrás.

Patrimônio Vivo de Pernambuco, desde 2018, Seu Gonzaga, como muitos o chamavam, publicou mais de 100 cordéis, sempre elevando o nome de Garanhuns e a cultura nordestina.

Abaixo transcrevemos texto do professor e escritor Cláudio Gonçalves, que inclui uma entrevista realizada com o Mestre Gonzaga.

C -  O senhor é filho natural de Garanhuns?

G - Sou filho natural de Garanhuns, nasci no sítio Sussuarana, zona rural de Garanhuns em 8 de junho de 1943 hoje pertence ao município de São João, mas a época a cidade vizinha era distrito de Garanhuns.

C -  Como surgiu o interesse pela literatura de cordel?

G - O interesse surgiu quando lendo o Diário de Pernambuco um dos artigos me chamou a atenção, ele falava sobre a literatura de cordel, resolvi então escrever o meu primeiro cordel, isso em 1973, intitulado “Lampião em Serrinha”, hoje Paranatama, isso a partir do estudo de rimas e métricas, daí por diante não parei mais de escrever os folhetos de cordéis.

C -  O senhor já escreveu mais de centenas de folhetos de cordéis com temas religiosos, sátiras de cunho social e político, de personalidades, cangaço, históricos, humorísticos e temas educativos, enfim um grande acervo publicado. Como ocorre esse processo de criação?

G -  É algo inexplicável, me vem a esmo, eu penso em algum tema e começo a escrever, essa inspiração acontece a qualquer hora do dia e muitas vezes em sonhos vem a história e quando a escrevo já vão saindo as rimas e as métricas, nessa hora eu me transporto para o que estou escrevendo, coisa que como já frisei não sei como explicar.

C -  Com o cordel Lampião em Serrinha o senhor já demonstrava uma tendência para o cordel de relato histórico, por se tratar de fato real, Gonzaga de Garanhuns tem preferência em escrever cordéis com temas de ficção ou históricos?

G -  A minha preferência é pelos dois, porque o artista não pode perder a ideia, e sempre deve está experimentando novos desafios, assim surge um material original e inédito.

segunda-feira, 5 de junho de 2023

De amigo de celebridades a agente infiltrado: como Tony Garcia ajudou Moro a virar juiz com poderes de exceção

Por Joaquim de Carvalho (*)

O que Tony conta e diz poder provar é que o ex-juiz acumulou força não pelas sentenças que assinou, mas pelo que descobriu e ocultou

4 de junho de 2023


Tony Garcia e alguns dos amigos famosos: Priscilla Presley, Ayrton Senna e Pelé (Foto: Album de família | Reprodução) 

O empresário e político Tony Garcia conhece Sergio Moro como poucos. Desde que foi preso em 2004, acusado de gestão fraudulenta no Consórcio Garibaldi, ele se transformou num agente infiltrado, depois de saber que apodreceria na cadeia se não colaborasse. Pelo que Tony Garcia contou à TV 247, um dos seus atos de colaboração transformou Sergio Moro no juiz com poderes excepcionais.

Tony Garcia achou que estaria livre de Moro depois de indicar onde estaria guardado um vídeo em que desembargadores do Tribunal Regional da 4a. Região supostamente aparecem de cuecas na suíte presidencial do hotel Bourbon, em Curitiba, na companhia de garotas de programa. Moro teria lhe contado depois que a colaboração permitiu que o vídeo fosse apreendido, num endereço do advogado Roberto Bertholdo em São Paulo, mas não quis dar detalhes sobre o que foi feito com ele. 

Há alguns semanas, o advogado de Tony Garcia, Antônio Figueiredo Basto, relatou o fato ao juiz Eduardo Appio, que ainda não tinha sido afastado pelo TRF-4, mas não há registro de que o vídeo tenha sido encontrado nos arquivos da 13a. Vara Federal de Curitiba. Com vídeo em mãos, Moro teria consolidado seu poder no TRF-4, e ainda liderou um movimento que levou à aposentadoria compulsória do desembargador Dirceu de Almeida Soares, em 2010, que tinha sido presidente do tribunal.

O vídeo teria transferido a Moro a influência que Bertholdo tinha na corte, conquistada com um lobby que incluía ingressos para eventos importantes, como o jogo da Seleção Brasileira e festas com profissionais do sexo. Quando o vídeo foi gravado, em novembro de 2003, Tony ainda não tinha caído nas garras de Moro. Segundo Tony, em 19 de novembro de 2003, Roberto Bertholdo mandou buscar de avião desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4a. Região e os levou para o estádio do Pinheirão, para assistirem, em área vip, ao jogo da Seleção Brasileira contra o Uruguai, pelas eliminatórias da Copa de 2006. 

Em 2002, o Brasil tinha se sagrado pentacampeão mundial de futebol, o que fez aumentar o interesse dos brasileiros pelo futebol. Também em 2002, Sergio Moro assumiu a 2a. Vara Federal de Curitiba, reclassificada, mais tarde, para 13a. Vara Federal. Na 2a. Vara, mais tarde 13a., ficariam concentrados, num primeiro momento, os casos de fraude no uso das contas CC5 do Banestado, que escancararam o submundo financeiro de empresários sonegadores, políticos corruptos e traficantes de armas e drogas, entre outros criminosos.

Depois do jogo da Seleção Brasileira, de acordo com o relato de Tony Garcia, os desembargadores foram acomodados no Bourbon, e a suíte presidencial foi usada para uma festa dos magistrados, em que havia prostitutas contratadas pela cafetina Mirlei Oliveira, antiga prestadora de serviços de Bertholdo. Numa demonstração de poder e prestígio, Bertoldo teria convidado Tony Garcia para "dar uma passadinha" na suíte presidencial. Bertholdo estava com a esposa, Adriana, e com um sócio, o advogado Sérgio Costa. 

Tony Garcia ainda não era agente infiltrado de Moro. Sua reputação à época era de empresário bem sucedido, que tinha sido deputado estadual, e três vezes candidato a senador. Em uma delas, em 2002, Bertoldo foi candidato a primeiro suplente na sua chapa. Tony também tinha a reputação de galã, embora não atuasse em novelas, e teve namoros com celebridades, como Xuxa, depois que o relacionamento entre ela e Ayrton Senna terminou. O tricampeão de Fórmula 1 era também amigo de Tony Garcia, a ponto de passarem juntos o Reveillon de 1993, em Angra dos Reis, onde ambos tinham mansão.

Tony Garcia foi amigo de outro namorado famoso de Xuxa, Pelé, de quem era vizinho no Guarujá. Mesmo após o escândalo do consórcio Garibaldi, no início dos anos 2000, Tony Garcia conservou amizades com famosos e políticos influentes. Em 2018, delatou o governador Beto Richa porque era próximo dele. Há dois meses, Tony hospedou em sua casa Priscilla Presley, que saiu de Bervely Hills e foi a Curitiba só para participar de sua festa de 70 anos. Ela mesma postou em seu Instagram uma foto tirada com ele, na capital paranaense. 

domingo, 4 de junho de 2023

CNN entra no caso Tony Garcia, que diz que Moro agiu para afastar Appio em razão de suas denúncias


4 de junho de 2023

Empresário Tony Garcia diz que depois que o juiz Eduardo Appio tirou o “esqueleto do armário” o ex-juiz suspeito Sérgio Moro, hoje senador, entrou em ação


Tony Garcia, Eduardo Appio e Sergio Moro (Foto: Divulgação | Reprodução)

247 - A CNN repercutiu, neste domingo (4), as denúncias feitas pelo empresário Tony Garcia contra o ex-juiz suspeito Sérgio Moro e diversos procuradores da Lava Jato. Em entrevista à TV 247, Garcia contou como foi usado por Moro como “agente infiltrado” para que ele perseguisse inimigos e adversários políticos, como o advogado Roberto Betholdo e o ex-ministro José Dirceu. 

Na entrevista à CNN, o empresário fez uma nova revelação: a de que Moro entrou em ação para afastar o juiz Eduardo Appio em razão de seu caso. Segundo Garcia, como Appio tirou o “esqueleto do armário”, Moro manobrou para que sua aliada Gabriela Hardt assumisse a 13ª Vara de Curitiba. Garcia também diz que todas as suas denúncias foram engavetadas por Gabriela. 

Entretanto, o caso foi remetido ao juiz Dias Toffoli, que poderá tomar seu depoimento. Nesta segunda-feira, o deputado Rogério Correia (PT-MG) apresentará requerimento para que Garcia seja ouvido na Câmara dos Deputados

Em entrevistas recentes à TV 247, o ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, e o criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, defenderam a prisão de Moro caso as denúncias sejam confirmadas.