segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Lula tem 50% e Bolsonaro, 43%, aponta Ipec

dw.com 

Nova pesquisa do instituto aponta estabilidade na reta final do segundo turno. Nos votos válidos, Lula aparece com 54%, contra 46% de Bolsonaro.

 

Provided by Deutsche Welle© Evaristo Sa/Miguel Schincariol/AFP


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 50% das intenções de voto, contra 43% do presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira (24/10). A diferença de intenção de voto entre os dois candidatos permanece em sete pontos. Outros 5% responderam que pretendem votar em branco ou nulo, e 2% estão indecisos.

Na pesquisa anterior, divulgada há uma semana, Lula apareceu com os mesmos 50% e Bolsonaro, 43%. Nas intenções de votos válidos, que desconsidera brancos e nulos e os indecisos, Lula tem 54% e Bolsonaro, 46%. Na pesquisa passada, eles também apareceram com 54% e 46%, respectivamente..

A pesquisa foi realizada em 22 a 24 de outubro com 3.008 eleitores em 183 municípios, e tem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. No primeiro turno, Lula obteve 48,4% dos votos válidos, contra 43,2% de Bolsonaro.

Pesquisas x resultados

O resultado do primeiro turno surpreendeu e gerou críticas a institutos de pesquisa, já que os últimos levantamentos do Datafolha e do Ipec divulgados na véspera do pleito apontavam Lula 14 pontos percentuais à frente de Bolsonaro. Pesquisas anteriores também vinham indicando ampla vantagem do petista. No entanto, após a contagem de votos, a vantagem de Lula foi de cerca de cinco pontos percentuais. Com 100% das urnas apuradas, Lula recebeu 48,43% dos votos, Bolsonaro, 43,2%.

Em entrevista à DW, o diretor de amostragem do Survey Research Center da Universidade de Michigan (EUA) e membro da American Association for Public Opinion Research (Aapor), Raphael Nishimura, disse que tratar as pesquisas eleitorais como oráculo não faz sentido.

"Não tem como a gente dizer que pesquisas pré-eleitorais erram ou acertam o resultado das eleições. Elas são um retrato do momento", explica o estatístico.

Como possíveis explicações para a diferença dos resultados da pesquisa e do que foi visto nas urnas, Nishimura cita que uma parte do eleitorado pode ter mudado o voto em cima da hora, depois das últimas sondagens. O não comparecimento de 20% é outro ponto difícil de considerar nos levantamentos. A terceira hipótese é de um viés de não resposta por parte de eleitores pró-Bolsonaro que desconfiam dos institutos.

jps (ots)

EM TEMPO: O IPEC, QUAEST, IPESPE e DATAFOLHA, são alguns dos institutos de pesquisa confiáveis, mas há os inconfiáveis que buscam agradar os contratantes. 

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