ESTADÃO - Bruno
Luiz
Presidente Bolsonaro em Londres, acompanhado pela
esposa, Michelle, e pelo pastor Silas Malafaia. Foto: Chip Somodevilla/Reuters© Fornecido
por Estadão
SALVADOR - A campanha do
ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) vai acionar o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente Jair
Bolsonaro (PL) pelo discurso com tom de campanha neste domingo,
18, em Londres.
O PT considera que o chefe do
Executivo cometeu abuso de poder
político e econômico porque a fala foi feita na sacada da
residência oficial do embaixador brasileiro no Reino Unido. A legislação
eleitoral proíbe atos de campanha em prédios públicos. “É um absurdo, uma coisa inaceitável, e o
jurídico da campanha de Lula está preparando uma ação contra mais esse
desrespeito à Justiça Eleitoral”, disse o senador Humberto Costa (PT-PE),
coordenador da campanha de Lula, ao comentar a ação em entrevista ao Broadcast Político.
Bolsonaro está em Londres para o funeral da Rainha Elizabeth II. No discurso, ele repetiu o tom usado em atos eleitorais para fazer críticas ao adversário petista. “Sabemos quem é do outro lado e o que eles querem implantar em nosso Brasil. A nossa bandeira sempre será dessas cores que temos aqui [apontando para a bandeira do Brasil na sacada da residência]: verde e amarela. Jamais aceitaremos o que eles querem impor”, disse o candidato à reeleição. O presidente ainda disse que vencerá o pleito em 1º turno. “Eu estive no interior de Pernambuco. A aceitação é simplesmente excepcional. Não tem como a gente não ganhar no 1º turno”, afirmou.
Uso de imagens
A senadora Soraya Thronicke (União
Brasil), candidata à Presidência, e a vereadora Erika Hilton (PSOL-SP),
candidata a deputada federal, pediram ao TSE que proíba Bolsonaro de usar
imagens de sua viagem a Londres na campanha. Em seu pedido, a candidata do
União Brasil apontou que, se confirmado o uso eleitoreiro do evento,
“estar-se-á diante de clara situação de emprego de recursos patrimoniais
públicos em benefício de sua candidatura, em flagrante abuso do poder econômico
e político”.
Como o Estadão já mostrou, fontes próximas ao presidente apontaram
que a
possibilidade de fazer imagens para a propaganda eleitoral pesou para sua
decisão de comparecer ao ato.
EM TEMPO: Bozo é um fora da lei e se aproveita, provocando o TSE, porque, infelizmente, tem apoio de uma parcela considerável dos militares. Paralelamente ao lance do "imbrochável" o Bozo é "insentimental", tanto quanto a morte da Rainha Elizabeth II, quanto aos que morreram por COVID 19
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