(Foto: Ricardo Stuckert) |
Em Florianópolis, ex-presidente rebate falsos patriotas que tentam se apropriar dos símbolos nacionais
18 de setembro de
2022
247 - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu falsos patriotas que tentam se apropriar dos símbolos nacionais e empunhou com orgulho as bandeiras do Brasil e do Partido dos Trabalhadores neste domingo (18/09), na Praça Tancredo Neves, em Florianópolis, durante o ato Todos Juntos por Santa Catarina.
“Essas pessoas precisam aprender algumas
coisas e nosso papel é ensinar. Eu pedi as duas bandeiras [do Brasil e do PT]
porque, normalmente, um fascista que não tem partido político, que nunca
organizou um partido político, que não gosta do povo e que não respeita
ninguém, ele diz o seguinte: meu partido é o Brasil”, disse.
“Essa bandeira [do
Brasil] não é de um partido, é a de 215 milhões de brasileiros que amam esse
país. Eles utilizam essa bandeira porque eles não têm o orgulho de dizer: esse
é o meu partido. E o Partido dos Trabalhadores me dá muito orgulho de ter
criado”, afirmou Lula.
Em seu discurso, o
ex-presidente questionou onde estão as obras de Jair Bolsonaro em Santa
Catarina, defendeu o legado no estado dos governos dele e de Dilma Rousseff,
que também esteve presente, e disse que seu objetivo é voltar a comandar o
Palácio do Planalto para reconstruir o Brasil, sobretudo criando oportunidades
para os jovens.
“Nós temos que
assumir a responsabilidade, mais uma vez, de devolver ao país a alegria, a
esperança, a felicidade, o direito de sorrir, de comer três vezes ao dia, de
sonhar com universidade. Nós não queremos tirar nada de ninguém. O que nós
queremos é ter uma casa, criar nossos filhos em paz e harmonia, que eles possam
estudar, tirar um diploma de doutor, porque não é privilégio dos ricos, é
direito de todos”, declarou.
Fome
Lula também citou a
volta do país ao Mapa da Fome das Nações Unidas, mais um sinal do desgoverno
Bolsonaro, e que políticos de extrema-direita tentam fingir que o problema não
assola Santa Catarina, enquanto a plateia lamentava o aumento do número dos moradores
de rua na capital catarinense.
“Eu sei que muita
gente aqui nesse estado fala: Santa Catarina não tem fome. Eu sei, eu sei. Mas
eu sei que esse estado aqui tem pelo menos 500 mil pessoas passando fome. Os
dados do IBGE demonstram isso e as pessoas tentam esconder. Não é possível! Se
a gente sabe que tem 500 mil, vamos dar comida para essas 500 mil, vamos dar
emprego”, garantiu.
O ex-presidente
recordou ainda os 580 dias que passou preso ilegalmente em Curitiba, no Paraná,
quando foi retirado da disputa das eleições de 2018. “Eles pensaram: não, o
Lula já está com não sei quantos anos, em 2022 ele vai estar velhinho, ele não
vai poder concorrer. Ah, eles não sabem o que é um pernambucano apaixonado.
Eles não sabem que o que deixa uma pessoa velha não é a idade, é a falta de
motivação para viver. É a falta de uma causa. E eu tenho uma causa. A minha
causa chama-se Brasil, a minha causa chama-se povo brasileiro e esse povo vai
voltar ter emprego, vai voltar a comer, vai voltar a passear, vai voltar a rir
e vai voltar a ser feliz outra vez”, completou.
Democracia
Décio Lima,
prefeito de Blumenau entre 1997 e 2005, deputado federal de 2007 até 2019, e
atualmente concorrendo ao governo estadual, disse que Lula é um injustiçado
como foi “Pepe Mujica, Mandela, Martin Luther King e Mahatma Gandhi”.
Ele também citou
Luiz Carlos Cancellier de Olivo, reitor da Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), que dias antes de ser encontrado morto havia sido afastado do
cargo por causa de uma investigação judicial questionada por especialistas.
“Ontem fez cinco
anos deste acontecimento cruel. O Brasil foi vítima de poderes que deveriam
proteger o povo. Mas Santa Catarina dará ao presidente Lula aquilo que falta
para ele ganhar no primeiro turno, aquele 1% que talvez ainda falte. Lula veio
pra cá para vencer no primeiro turno com a força do povo catarinense”, atestou.
Já o senador Dário
Berger, que disputa a reeleição, citou a importância do pleito de outubro para
reestabelecer a ordem democrática e ajudar a enterrar qualquer tentativa
golpista.
“Talvez essa seja
uma das eleições mais importantes das últimas décadas, o que está em jogo é o
futuro de Santa Catarina, do Brasil, da democracia e do estado democrático de
direito. De fato, o Brasil piorou muito nos últimos 4 anos, retrocedeu, voltou
ao mapa da fome. O Brasil que estamos vivendo hoje não é o que queremos, e para
reconstruir este país nós só temos uma oportunidade, e essa pessoa se chama
Lula”, completou.
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