"A extraordinária onda democrática que toma conta de todo país nesta etapa da campanha pode se transformar num gigantesco tsunami", aponta Jeferson Miola para o Brasil 247.
21 de setembro de 2022
Lula,
Alckmin e candidatos da Coligação Brasil da Esperança, participam do ato Todos
Juntos por Santa Catarina, no Largo da Alfândega, em Florianópolis (SC).
18.09.2022
A conjuntura eleitoral acelerou enormemente em favor da eleição do Lula no primeiro turno. É perceptível, nas ruas, um clamor democrático-popular que vai formando uma onda lulista nesta reta final da campanha. A estafa com Bolsonaro só aumenta, na mesma proporção de crescimento do desejo de fim do pesadelo. O dia 2 de outubro, neste sentido, é visto como um alívio.
O show de horrores do Bolsonaro e das Forças Armadas no 7 de setembro sedimentou em amplos segmentos da sociedade brasileira o sentimento de cansaço e saturação com o desastre militar-bolsonarista. A apropriação partidária e eleitoral desta data cívica nacional selou o isolamento político, social e institucional de Bolsonaro e do governo militar. E, por outro lado, expandiu com força a consciência, em vários extratos sociais, da necessidade de derrotar imediatamente Bolsonaro para encerrar de vez este ciclo de terror e tragédia nacional.
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É notório o assombro causado na sociedade pela violência bolsonarista, que culminou no segundo assassinato bárbaro de um eleitor do Lula no intervalo de 50 dias. Em modo desespero com a perspectiva de derrota já no primeiro turno, Bolsonaro e seus seguidores fanáticos vêm cometendo um desatino atrás do outro. A agressão à jornalista Vera Magalhães, mais que um ataque pessoal, foi nomeada como de fato é: mais um grave atentado bolsonarista à imprensa e, portanto, mais uma evidência do alto risco à democracia que Bolsonaro representa.
Na tresloucada agenda internacional para participar do funeral da rainha Elisabeth II e da Assembléia Geral da ONU, Bolsonaro aumentou a vergonha mundial. Além de não conseguir melhorar seu desempenho com o uso partidário e eleitoral das agendas oficiais no estrangeiro, Bolsonaro ainda perdeu apoios de setores antipetistas engajados na sua campanha. Lula é o beneficiário preferencial do eleitorado que majoritariamente reprova o governo militar e rejeita Bolsonaro.
A candidatura Lula, com desempenho consolidado ao redor de 50% dos votos válidos, é a destinatária natural da migração da intenção de votos das pessoas indecisas e de eleitores voláteis das candidaturas de Ciro Gomes e Simone Tebet. Ciro assiste à debacle da sua candidatura. Com a bolsonarização da sua campanha, militantes e dirigentes pedetistas se unem a ex-pedetistas, trabalhistas e brizolistas históricos que defendem o voto em Lula para elegê-lo já no primeiro turno.
É notável a receptividade da candidatura Lula nas ruas. Um clima receptivo como há anos não se via, devido ao ódio antipetista propagado pela elite dominante e sua mídia. Nas ruas, há um clima de entusiasmo e confiança na vitória do Lula para encerrar o pesadelo bolsonarista. As pessoas – das mais simples às mais intelectualizadas – percebem com lucidez o risco que representa postergar para o segundo turno a eleição do Lula, que pode ser conquistada já no primeiro turno.
A população está atenta, tem consciência de que Bolsonaro e os militares pretendem avacalhar a eleição. As pessoas entendem perfeitamente que a vitória do Lula já no 2 de outubro é o principal remédio para evitar o caos e o tumulto militar-bolsonarista. Está se formando a onda lulista para garantir a vitória do Lula no primeiro turno. Os comícios empolgantes que Lula realizou nos Estados do sul na última semana relembram os comícios memoráveis das grandes vitórias democráticas e progressistas que vivenciamos.
A extraordinária onda democrática, popular e antifascista que toma conta de todo país nesta etapa derradeira da campanha pode se transformar num gigantesco tsunami em defesa da democracia e do povo brasileiro. O começo do fim do pesadelo fascista está a 11 dias de distância.
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