Jornalista diz que acordo abre as portas para a entrega da Amazônia ao bilionário
22 de maio de 2022
Ato pelo Fora Bolsonaro e o colunista Janio de
Freitas (Foto: Stefano Figalo/Brasil de Fato RJ | Reprodução)
247 – Jair Bolsonaro está
entregando a Amazônia a Elon Musk e humilhando os próprios militares, aponta o
jornalista Jânio de Freitas, um dos mais experientes do Brasil. "Bolsonaro
e seu governo levaram a aplicação da proposta militar para a Amazônia ao nunca
imaginado. Não só em razão da influência do Exército na composição e na
orientação governamentais. Há também as facilidades para exploração criminosa
da riqueza natural por garimpeiros ilegais, madeireiros idem, contrabandistas,
invasores de terras indígenas e do patrimônio público para fazendeiros e
agroindustriais. E, criação no atual governo, a interseção de milícias urbanas
nessa criminalidade amazônica. Agora se arma o grande avanço. Ou, mais claro,
inicia-se a perda da Amazônia", escreve ele, em sua coluna na Folha de
S. Paulo.
"Musk veio ao
Brasil para receber, sob as aparências de um acaso feliz, o que levou para os
Estados Unidos. É notória a caça de metais preciosos e outros para inovações
nas indústrias americanas de carros elétricos e de exploração espacial privada,
por foguetes, satélites e telecomunicações. Três entradas no futuro, nas quais
Musk é a figura proeminente no mundo", acrescenta. "Como se tudo
fossem entendimentos ali mesmo descobertos e consumados, em algumas dezenas de
minutos, Bolsonaro comunicou ao país acordos de boca pelos quais ficam
contratadas empresas de Musk para monitoramento da Amazônia por satélite; para
telecomunicações lá e em outras regiões, e a ele concedido o uso explorativo
das informações detidas por órgãos brasileiros sobre o território amazônico,
natureza, solo e subsolo", pontua ainda Jânio de Freitas.
"Acordo de
boca para empresas de Musk devassarem, por satélite e por meios terrenos, o
maior patrimônio natural do território, sobretudo a sua riqueza mineral, de
importância decisiva para o amanhã do país. Acordo de boca, de pessoa a pessoa,
sem interveniência de qualquer das instituições oficiais ao menos como
consulta", afirma o jornalista. "Tal acordo é ato de lesa-pátria.
Implica violação de exigências constitucionais, contraria os interesses
nacionais permanentes (expressão da linguagem militar) e configura violação da
soberania sobre parte do território. É a transformação, do hipotético à
realidade pretendida, da visão que por mais de meio século, foi geradora do
chamado pensamento geopolítico das Forças Armadas", alerta.
EM TEMPO: Bozo está aí para destruir o país.
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