Nome icônico da diplomacia estadunidense, o ex-secretário de Estado propõe uma saída realista para a guerra
24 de maio de 2022
Diplomata Harry Kissinger e guerra na Ucrânia
(Foto: Reuters)
247 - O diplomata Henry
Kissinger, icônico ex-secretário de Estado dos Estados Unidos que exerceu
importante influência na política externa do país entre 1968 e 1976, defendeu
que a Ucrânia deveria abrir mão de parte do seu território para encerrar a
guerra contra a Rússia.
"As
negociações [entre Moscou e Kiev] precisam começar nos próximos dois meses
antes que criem reviravoltas e tensões que não serão facilmente
superadas", disse Kissinger durante discurso em Davos, no Fórum Econômico
Mundial. "Idealmente, a linha divisória deveria ser um retorno ao status
quo anterior. Prosseguir a guerra além desse ponto não seria sobre a liberdade
da Ucrânia, mas uma nova guerra contra a própria Rússia."
Kissinger também
deu um recado aos países do Ocidente, alertando que a busca pela imposição de
uma derrota sobre a Rússia pode desestabilizar as estruturas de poder da Europa.
Disse ainda que isso representaria um risco de deixar Moscou mais próxima da
China. "Espero que os ucranianos correspondam com sabedoria ao heroísmo
que eles têm demonstrado", disse, acrescentando que é mais apropriado à
Ucrânia ser um Estado neutro do que um país totalmente integrado à Europa.
EM TEMPO: Acontece que a política externa do governo Biden e da OTAN, consiste no prolongamento da guerra, pensando que vai fragilizar e vencer a Rússia pelo cansaço.
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