Extra
sex., 31 de dezembro de 2021
Em suas previsões para 2022, o jornal
britânico Financial Times, uma das publicações econômicas mais conhecidas no
mundo, aposta na derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de outubro. Os
colunistas e editores do diário econômico também preveem que a extrema direita
não sairá vencedora na França, e que nem a Rússia invadirá a Ucrânia, nem a
China, Taiwan. Nos EUA, o Partido Democrata, do presidente americano, Joe
Biden, perderá o controle do Congresso americano em novembro, de acordo com as
previsões do jornal.
Confira algumas das previsões:
No Brasil, o editor de América Latina
do FT, Michael Stott, prevê que, "apesar das bravatas", o ex-capitão
do Exército, de extrema direita, "terá um fim bem mais prosaico". A
inflação alta e uma economia estagnada darão vantagem ao ex-presidente Lula,
"favorito para vencer por ampla margem".
Na França, a extrema direita também
não sairá vitoriosa, salvo reviravoltas inesperadas. Éric Zemmour, o polemista
admirador de Donald Trump, dividirá o voto com Marine Le Pen, que pode não
chegar ao segundo turno. Mesmo em segundo turno, ela ou Zemmour provavelmente
enfrentariam o presidente Emmanuel Macron, que atrairia os eleitores
convencionais. A má notícia para Macron, no entanto, é que ele provavelmente
vencerá por uma margem menor do que em 2017.
Nas previsões, o jornal também não
aposta numa invasão russa na Ucrânia, apesar da escalada do presidente russo
Vladimir Putin. Segundo Ben Hall, editor de Europa do FT, Putin pode alcançar
muitos de seus objetivos sem isso: desestabilizar a Ucrânia, dissuadir os
aliados de Kiev de fornecer ajuda militar, intimidar a Otan e forçar mais
concessões nas negociações para encerrar os combates na região de Donbass, onde
separatistas pró-Rússia lutam contra o Exército ucraniano.
A China, por sua vez, também não deve
invadir Taiwan, pelo menos não em 2022, apesar da escalada dos exercícios
militares da China perto de Taiwan, que fica a cerca de 161 km da costa do
continente.
Para o jornal, um ataque a Taiwan
representaria o risco de suicídio econômico para a China, já que os EUA
provavelmente imporiam sanções severas.
Nos EUA, o jornal acredita que os
democratas perderão a Câmara dos Representantes e o Senado nas eleições
legislativas de novembro. As eleições de meio de mandato são, normalmente um
revés para o partido que controla a Casa Branca, mas 2022 será mais parecido
com o "baque" que os democratas de Barack Obama receberam em 2010,
segundo o FT.
Além dos baixos índices de aprovação do presidente
Joe Biden, os republicanos têm a seu favor o redesenho dos distritos eleitorais
com base no Censo de 2020, de modo a facilitar a vitória de candidatos do
partido.
EM TEMPO: Não é uma eleição fácil, mas é provável que Bozo fique somente com seus fanáticos, que o diga os Baianos, os Índios, os desempregados, além dos familiares de mais de 600 mil mortos pela COVID, dentre outras razões, incluindo a tolerância com a agressão ambiental.
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