ISTO É - Germano Oliveira
© Fornecido por IstoÉ
Toda vez que Bolsonaro viaja ao exterior, como agora, concluímos que
não temos um presidente à altura do cargo. Ele nos envergonha profundamente. É
a tal vergonha alheia. Chegamos à conclusão de que ele é inútil como
presidente, detestável como ser humano, ridículo como líder de uma nação que,
apesar dele, ainda está entre as vinte maiores do mundo. Se dependesse dele,
obviamente, nem isso. Já fomos a oitava economia e hoje somos a 12ª, mas com viés
de baixa. Logo, nem convidados para a reunião do G20 seremos.
Bolsonaro enxovalha a imagem do Brasil lá fora.
Comecemos pela reunião do G20 em Roma. Logo no primeiro dia em que se hospedou na embaixada brasileira na magistral Praça Navona, preferiu sair escondido pela porta dos fundos para fugir da imprensa, tendo como companheiro o filho Carluxo. Saiu a passear pelo centro da capital italiana como um deslumbrado turista. Foi comer presunto e queijos finos, com dinheiro, claro, do erário brasileiro.
Afinal, o que faz o 02 nessa viagem oficial, a não ser propagar fake News, sua especialidade? Bem, o fato é que pai e filho rodaram os pontos turísticos de Roma, a Fontana de Trevi, entre outros, quando deveria estar se encontrando com as autoridades relevantes do G-20. Biden, dos EUA, por exemplo, foi recebido pelo papa Francisco. O americano ainda se encontrou com outros presidentes importantes. De Bolsonaro, preferiu distância. O capitão é inócuo.
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Para não dizer que
ele não se reuniu com nenhum presidente estrangeiro do G20, arrumaram para ele
um encontro, às pressas e fora da agenda, com o presidente turco, o também
maligno Recep Erdogan, um fascista como ele. Nessa reunião
inexpressiva, Bolsonaro voltou a fazer o que mais gosta: mentir. Disse a
Erdogan que a economia brasileira ia bem, mas que a imprensa não lhe dava
trégua. Falou que os preços dos combustíveis estavam um pouco caros por causa
da Petrobras, esta sim, o problema do seu desgoverno. Fake News, atrás de fake
News.
Mas, quando todos
esperavam que ele fosse se recuperar e marcar novos encontros com razoável
representatividade, nada aconteceu. Bolsonaro passou em branco no G-20, como já
havia acontecido recentemente na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ele é
um pária internacional. Ninguém quer ficar ao seu lado, conversar com ele,
muito menos. Ele não tem o que falar, não sabe o que falar. Afinal, mal sabe
falar português. Seu repertório não passa muito do “tá ok?” É vazio, ignorante,
tosco, um zero à esquerda. O presidente francês, Emmanuel Macron, presente ao
encontro, nem quis passar perto do brasileiro. Também pudera. Basta lembrar que
no passado recente o capitão disse que sua mulher era velha e feia. Um horror.
Um pária e misógino.
Resultado da
reunião do G-20 para o Brasil? Zero, nada, nenhuma proposta, nenhum diálogo
bilateral ou multilateral. Nenhum acordo para viabilizar negócios. Bolsonaro é
de um vazio abissal.
O mais terrível
ainda é que Bolsonaro escolheu ir ao G20 e rejeitou a ida à reunião do clima em
Glasgow, na Escócia, a poucas horas de Roma. O debate sobre as mudanças
climáticas promovido pela ONU em Glasgow começou depois do encontro do G-20 em
Roma e voltou a reunir os mais importantes líderes mundiais que também
estiveram na Itália para tratar da redução de poluentes e salvar o planeta do
aquecimento global. Os mais respeitados líderes do mundo lá comparecem.
O Brasil só não
passou em brancas nuvens porque os governadores, como João Doria (SP) e Renato
Casagrande (ES), resolveram nos representar. Caso contrário passaríamos novo
vexame. Bolsonaro, como sempre, esquivou-se. Segundo o vice-presidente, o
general Hamilton Mourão, ele refugou a ida a Glasgow porque, se fosse, seria
massacrado por causa da Amazônia e do desleixo criminoso do Brasil com o meio
ambiente. Como não tem proposta alguma para reduzir a poluição no Brasil, o
mandatário preferiu ficar passeando na Itália, foi visitar Pádua, a terra dos
seus ancestrais, mas nem lá foi bem recebido: os moradores o rechaçaram com
promessa de jogar esterco de animais na comitiva do brasileiro.
Se no exterior o
capitão é essa figura desprezível, imaginem aqui. O mandatário é um
obscuro presidente, que as pessoas contam os dias, contam as horas, para que
ele deixe de nos representar, seja aqui, seja no exterior. Ele só nos
envergonha. Sai daí, Bolsonaro!
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