segunda-feira, 1 de novembro de 2021

O ridículo Bolsonaro

 

ISTO É - Germano Oliveira

© Fornecido por IstoÉ

  

Toda vez que Bolsonaro viaja ao exterior, como agora, concluímos que não temos um presidente à altura do cargo. Ele nos envergonha profundamente. É a tal vergonha alheia. Chegamos à conclusão de que ele é inútil como presidente, detestável como ser humano, ridículo como líder de uma nação que, apesar dele, ainda está entre as vinte maiores do mundo. Se dependesse dele, obviamente, nem isso. Já fomos a oitava economia e hoje somos a 12ª, mas com viés de baixa. Logo, nem convidados para a reunião do G20 seremos. Bolsonaro enxovalha a imagem do Brasil lá fora.

Comecemos pela reunião do G20 em Roma. Logo no primeiro dia em que se hospedou na embaixada brasileira na magistral Praça Navona, preferiu sair escondido pela porta dos fundos para fugir da imprensa, tendo como companheiro o filho Carluxo. Saiu a passear pelo centro da capital italiana como um deslumbrado turista. Foi comer presunto e queijos finos, com dinheiro, claro, do erário brasileiro.

Afinal, o que faz o 02 nessa viagem oficial, a não ser propagar fake News, sua especialidade? Bem, o fato é que pai e filho rodaram os pontos turísticos de Roma, a Fontana de Trevi, entre outros, quando deveria estar se encontrando com as autoridades relevantes do G-20. Biden, dos EUA, por exemplo, foi recebido pelo papa Francisco. O americano ainda se encontrou com outros presidentes importantes. De Bolsonaro, preferiu distância. O capitão é inócuo.

Continue lendo

Para não dizer que ele não se reuniu com nenhum presidente estrangeiro do G20, arrumaram para ele um encontro, às pressas e fora da agenda, com o presidente turco, o também maligno Recep Erdogan, um fascista como ele. Nessa reunião inexpressiva, Bolsonaro voltou a fazer o que mais gosta: mentir. Disse a Erdogan que a economia brasileira ia bem, mas que a imprensa não lhe dava trégua. Falou que os preços dos combustíveis estavam um pouco caros por causa da Petrobras, esta sim, o problema do seu desgoverno. Fake News, atrás de fake News.

Mas, quando todos esperavam que ele fosse se recuperar e marcar novos encontros com razoável representatividade, nada aconteceu. Bolsonaro passou em branco no G-20, como já havia acontecido recentemente na Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ele é um pária internacional. Ninguém quer ficar ao seu lado, conversar com ele, muito menos. Ele não tem o que falar, não sabe o que falar. Afinal, mal sabe falar português. Seu repertório não passa muito do “tá ok?” É vazio, ignorante, tosco, um zero à esquerda. O presidente francês, Emmanuel Macron, presente ao encontro, nem quis passar perto do brasileiro. Também pudera. Basta lembrar que no passado recente o capitão disse que sua mulher era velha e feia. Um horror. Um pária e misógino.

Resultado da reunião do G-20 para o Brasil? Zero, nada, nenhuma proposta, nenhum diálogo bilateral ou multilateral. Nenhum acordo para viabilizar negócios. Bolsonaro é de um vazio abissal.

O mais terrível ainda é que Bolsonaro escolheu ir ao G20 e rejeitou a ida à reunião do clima em Glasgow, na Escócia, a poucas horas de Roma. O debate sobre as mudanças climáticas promovido pela ONU em Glasgow começou depois do encontro do G-20 em Roma e voltou a reunir os mais importantes líderes mundiais que também estiveram na Itália para tratar da redução de poluentes e salvar o planeta do aquecimento global. Os mais respeitados líderes do mundo lá comparecem.

O Brasil só não passou em brancas nuvens porque os governadores, como João Doria (SP) e Renato Casagrande (ES), resolveram nos representar. Caso contrário passaríamos novo vexame. Bolsonaro, como sempre, esquivou-se. Segundo o vice-presidente, o general Hamilton Mourão, ele refugou a ida a Glasgow porque, se fosse, seria massacrado por causa da Amazônia e do desleixo criminoso do Brasil com o meio ambiente. Como não tem proposta alguma para reduzir a poluição no Brasil, o mandatário preferiu ficar passeando na Itália, foi visitar Pádua, a terra dos seus ancestrais, mas nem lá foi bem recebido: os moradores o rechaçaram com promessa de jogar esterco de animais na comitiva do brasileiro.

Se no exterior o capitão é essa figura desprezível, imaginem aqui.  O mandatário é um obscuro presidente, que as pessoas contam os dias, contam as horas, para que ele deixe de nos representar, seja aqui, seja no exterior. Ele só nos envergonha. Sai daí, Bolsonaro!

Nenhum comentário:

Postar um comentário