PODER 360 - Nicholas Shores
© Sérgio
Lima/Poder360 Jair
Bolsonaro tossindo ao discursar em ato onde manifestantes pediam a volta do
AI-5
Um estudo da USP
(Universidade de São Paulo) atualizado a pedido da CPI (Comissão Parlamentar de
Inquérito) da Covid-19 no Senado concluiu que o governo federal se “empenhou”
e teve “eficiência” na “ampla disseminação” do coronavírus em
território nacional contando com a tese da imunidade de rebanho por contágio.
A análise do Centro de Estudos e Pesquisas de Direito Sanitário da Faculdade de Saúde Pública da USP se baseia em atos normativos, ações de obstrução e propaganda contra a saúde pública de autoridades federais, entre elas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Os autores do
estudo coletaram dados de fontes como normas federais, discursos oficiais,
manifestações públicas de autoridades federais e plataformas digitais no
período de 3 de fevereiro de 2020 a 28 de maio de 2021.
Traçaram uma linha
do tempo e constataram os seguintes atos e omissões:
- defesa da tese da imunidade
de rebanho por contágio;
- incitação constante à
exposição da população ao vírus e ao descumprimento de medidas sanitárias preventivas;
- banalização das mortes e
sequelas causadas pela doença;
- obstrução sistemática a
medidas promovidas por governadores;
- foco em medidas de
assistência a abstenção de medidas de prevenção;
- ataques a críticos da
resposta federal, à imprensa e ao jornalismo profissional;
- e consciência da
irregularidade de determinadas condutas.
O estudo da USP
chega à CPI da Covid poucos dias após a revelação, em vídeo divulgado pelo portal Metrópoles,
de encontro em setembro de 2020 no qual o virologista Paolo Zanotto propôs a
Bolsonaro a criação de um gabinete das sombras para
aconselhar o governo no enfrentamento da pandemia.
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