Matheus Pichonelli, Yahoo Notícias, sex., 14 de maio de 2021
Em meio ao furacão da CPI da Covid no Senado, a Câmara dos Deputados
revogou a Lei de Segurança Nacional, resquício do período da ditadura militar
(1964-1985) e que vem sendo usada com mais frequência nos últimos anos como
arma para perseguir opositores ao governo de Jair Bolsonaro.
Entre janeiro de 2019 e o início de abril deste ano, segundo informações da PF, foram 84 inquéritos instaurados com base na lei. Quase o dobro dos quatro anos anteriores, período que inclui os mandatos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB).
Entre os alvos do governo Bolsonaro com base na LSN, estão nomes de
destaque como o youtuber Felipe Neto, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), e o
colunista da Folha de S.Paulo, Hélio Schwartsman.
Mas também foram investigados e perseguidos anônimos como o sociólogo
Tiago Costa Rodrigues, responsável pelos outdoors que estampavam Bolsonaro e a
expressão "não vale um pequi roído", no interior do Tocantins.
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