ESTADÃO - Marco Antônio Carvalho
© TABA BENEDICTO/
ESTADAO Em São Paulo,
a mobilização ocorreu na Avenida Paulista, na região central, onde centenas se
reuniram em marcha
A Coalizão Negra por Direitos, coletivo
que reúne entidades do movimento negro de todo o País, realizou protestos em
diferentes capitais nesta quinta-feira, 13, como São Paulo, Rio, Brasília e
Salvador. A data, que marca a abolição formal da escravidão no Brasil em 1888,
foi lembrada em manifestações contra o racismo, contra a violência policial e
o “histórico de genocídio negro avança no Brasil de uma forma sem limites”,
como divulgou a coalizão.
Em São Paulo, a mobilização ocorreu na Avenida Paulista, na região central, onde centenas se reuniram em marcha. No Rio, o ato ocorreu na Cinelândia, no centro, e em Brasília o protesto foi na Praça dos Três Poderes. Em Salvador, a manifestação se deu na Praça da Piedade. Os atos transcorreram sob o lema de “Nem bala, nem fome e nem covid, o povo negro quer viver”.
A operação policial
que deixou 28 pessoas mortas no Jacarezinho, na
quinta-feira, 6, foi lembrada e tratada como “chacina”, com pedidos de
responsabilização para os autores das mortes. “Vidas e histórias exterminadas
pelas forças do Estado, sem respeito a nenhum direito previsto em lei. Corpos
cuja humanidade e cidadania são negadas na vida e na morte”, reforçou uma carta
da coalizão que convocava para os atos.
“Seja pelo
coronavírus, seja pela fome, seja pela bala, o projeto político e histórico de
genocídio negro avança no Brasil de uma forma sem limites e sem possibilidade
concreta de sobrevivência do povo negro”, destacaram os organizadores no
documento. A gestão do presidente Jair Bolsonaro também foi alvo de
críticas dos integrantes dos protestos.
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