Yahoo Notícias, sáb., 10 de abril de 2021
Brazilian senator Renan
Calheiros delivers a speech during a session to elect the Senate's new
president, at the National Congress in Brasilia on February 2, 2019. (Photo by
Sergio LIMA / AFP) (Photo credit should read SERGIO LIMA/AFP via Getty Images)
O senador Renan Calheiros (MDB-AL)
chamou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de "charlatão", em
apoio à instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), determinada pelo
ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, para apurar
possíveis omissões do governo federal durante a pandemia de coronavírus.
"As pessoas perguntam na rua:
'Quantas mortes poderiam ter sido evitadas se o governo tivesse acertado a
mão?'. Essas questões têm que ser levadas na CPI. O presidente da Republica deu
uma de charlatão, prescreveu remédios, defendeu a cloroquina, teria mandado
fabricar... e isso tudo é passível de investigação", disse Calheiros em
entrevista à CNN Brasil.
Barroso deu o parecer ao analisar uma ação apresentada pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO) para a instalação da comissão no Senado. Os dois conseguiram o apoio de 29 companheiros de casa, dois a mais que exigido pelo regimento da casa. Mesmo com as assinaturas necessárias para a instauração da CPI, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), vinha resistindo a instalá-la.
"Defiro o pedido liminar para
determinar ao Presidente do Senado Federal a adoção das providências
necessárias à criação e instalação de comissão parlamentar de inquérito",
afirmou Barroso, que também lembrou que não cabe análise de conveniência
política do presidente da Casa para determinar a abertura da CPI.
Bolsonaro subiu o tom e reclamou que a CPI "não poderá
investigar nenhum governador, que porventura tenha desviado recursos federais
do combate à pandemia". No entanto, o presidente omite que o Senado tem
competência para fiscalizar o governo federal. No caso dos governos estaduais,
caberia às Assembleias Legislativas a fiscalização do uso das verbas.
"Barroso se omite ao não determinar ao Senado
a instalação de processos de impeachment contra ministro do Supremo, mesmo a
pedido de mais de 3 milhões de brasileiros. Falta-lhe coragem moral e sobra-lhe
imprópria militância política", afirmou.
EM TEMPO: Falta o Conselho Nacional de Medicina abrir um processo contra Bozo por exercício ilegal da profissão.
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