(Andre Borges/NurPhoto via Getty Images) |
O senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) enviou requerimento ao presidente do Senado, Davi
Alcolumbre (DEM-AP) pedindo "a imediata" devolução à Presidência da
República dos novos vetos feitos por Jair Bolsonaro à lei do uso de máscaras.
O presidente
publicou nesta segunda (6) no "Diário Oficial da União", o DOU, veto
dizendo que deixa de ser obrigatório o uso de máscaras em presídios. Além
disso, estabelecimentos não precisarão mais afixar cartazes informando sobre o
uso correto do equipamento de proteção.
Na sexta-feira
(3), Bolsonaro já havia feito diversos vetos ao projeto de lei de uso de máscaras
aprovado pelo Congresso em 9 de junho, entre eles, dispositivos que tornavam
obrigatório o uso do equipamento de proteção em igrejas, comércios e escolas.
De acordo com
Randolfe Rodrigues, houve uma "total burla" à Constituição por parte
de Bolsonaro, já que o prazo para sanções ou vetos a uma lei é de 15 dias, e já
tinha expirado na quinta (2).
Ele vai acionar
também o STF (Supremo Tribunal Federal) para questionar a iniciativa.
"Diante de
cenário tão grave para a saúde da nossa população, já havia causado espanto na
sociedade a decisão do Presidente da República de vetar parcialmente o PL
[projeto de lei]", diz o parlamentar na mensagem a Alcolumbre. Depois
disso, segue, "o presidente surpreendeu-nos com uma espécie de extensão do
veto, via pretensa retificação da publicação. Ora, Excelência, lei não se
veta!".
Randolfe lembra
ainda que retificações de atos no DOU têm sido constantes no governo Bolsonaro.
Ele cita duas delas: a retificação da exoneração de Maurício Valeixo da
direção-geral da Polícia Federal, com a retirada da "assinatura" de
Sergio Moro do ato depois de o ex-ministro da Justiça dizer que não participara
dele; e a mudança na data de exoneração de Abraham Weintraub do Ministério da
Educação (MEC), "após verdadeira fuga do país em momento durante o qual
respondia a inquérito no STF [Supremo Tribunal Federal].
Segundo o
senador, o ato de retificação publicado nesta segunda (6) é "nefasto"
e deve ser devolvido a Bolsonaro, perdendo a validade.
EM TEMPO: Bolsonaro é inegavelmente uma pessoa de má índole. Parabéns para o nosso conterrâneo e senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
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