sábado, 4 de julho de 2020

MPF adia julgamento de Dallagnol por ‘Powerpoint’ sobre Lula


Poder360


© Fernando Willadino / FIESC.  O procurador Deltan Dallagnol coordena a operação Lava Jato no Paraná. Ele responde a 24 representações no Conselho Nacional do Ministério Público; outras 12 foram arquivadas

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) adiou o julgamento da representação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra integrantes da força-tarefa da Lava Jato, acusado de abuso de poder pela montagem de 1 powerpoint apresentado à imprensa. O caso seria analisado na próxima semana, mas foi reagendado para a 1ª sessão de agosto. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O petista alega que houve violação de garantias e direitos na entrevista à imprensa onde os procuradores da Lava Jato detalharam a investigação contra ele. Entre os procuradores que são alvos da representação está Deltan Dallagnol, que conduziu a apresentação de 2016, quando foi mostrado 1 PowerPoint descrevendo Lula como o personagem central do esquema de corrupção na Petrobras.
© Reprodução Slide da apresentação da força-tarefa da Lava Jato em 2016 colocava Lula como elemento central






A mudança de datas foi 1 pedido do relator Marcelo Weitzel, sob a justificativa de que o volume de processos a serem analisados na próxima sessão seria muito grande, e a sessão seria a última antes do recesso do órgão.

Achei melhor não ‘tumultuar’ mais ainda a sessão, com um processo volumoso com várias sustentações orais para uma pauta já preenchida por processos de outros conselheiros, entendendo que seria melhor para deixar para a 1ª sessão de agosto. Neste sentido, já pedi para a assessoria inscrever esse processo assim que a pauta for aberta aos conselheiros para a sessão de agosto”, afirmou Weitzel à Folha.

O CNMP é presidido pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Representantes do Ministério Público, do Judiciário, da advocacia e pessoas indicadas pelo Congresso Nacional estão entre os membros.

EM TEMPO: Os Procuradores da Lava Jato de São Paulo, assim como os de Curitiba e do Rio de Janeiro, atuam como entidades  autônomas do próprio MPF e agem à revelia da lei. A recente busca e apreensão, midiática, nas residências do senador José Serra e de sua filha, é um procedimento ilegal porquê o processo já transita na Justiça Eleitoral. Não pode existir duplicidade de julgamento sobre o mesmo assunto. Por isso é que a PGR (Procuradoria Geral da República) está investigando o desempenho dos integrantes da Lava Jato em desacordo com as leis brasileiras. É o caso do desaparecimento de dois Sistemas Guardiões de escuta telefônica e o vínculo dessa gente com o FBI. E o tal  gráfico denominado de "powerpoint" foi uma invenção  de Dallagnol para incriminar o ex-presidente Lula. Agora durmam com esse crime  cometido pelo próprio Estado (MPF é órgão de Estado e não de governo). 

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