Texto extraído do Blog do Magno Martins
Com edição de Ítala Alves
Tive, de ontem para hoje, acesso exclusivo a fontes
diretas das Forças Armadas, sobre reuniões decisivas, contando com a
participação das patentes mais altas, que resolveram não mais dar apoio a
Bolsonaro diante do atual contexto de crescente radicalização irracional.
As Forças Armadas em nenhuma hipótese admitem a
possibilidade defendida pelo clã Bolsonaro de uma guerra civil. Essa foi a gota
d’água final para se programar o afastamento do atual presidente. A hipótese de
“auto-golpe” foi terminantemente descartada. Todas as Forças Armadas estão em
prontidão para atuar de forma enérgica a qualquer momento de tentativa de
ruptura do Estado de Direito por parte de Bolsonaro.
Inicialmente, os militares apoiaram Bolsonaro
apostando que ele poderia ter um comportamento racional e alinhado com o
verdadeiro patriotismo das Forças Armadas, na linha do lema “Ordem e
Progresso”. Ocorre que foram encontrando um ex-tenente rebelado e
descontrolado, incapaz de liderar.
Na verdade, viram que o verdadeiro lema de
Bolsonaro é: “Minha família acima de tudo, meus filhos acima de todos”. Entre
os exemplos, citam as humilhações que os filhos impuseram a generais de máxima
referência, como Mourão e de Santos Cruz, que demonstraram que Bolsonaro só
segue sua família e apenas tenta usar as Forças Armadas para o seu benefício
político pessoal e da sua família.
Também entendem claramente que Bolsonaro tentou
fazer uma espécie de aliciamento dos militares, ofertando cerca de três mil
cargos nos mais diferentes ministérios e órgãos federais, muitas vezes
colocando militares sem qualquer treinamento especializado. Mas os líderes da
ativa não concordam com essa jogada e consideram algo espúrio.
Hoje, pelo menos 80% dos militares de alta patente,
que sempre decidem tudo de forma colegiada, consideram que Bolsonaro já rompeu
todos os limites do razoável e está querendo jogar o Brasil num conflito
sangrento, inaceitável pelas Forças Armadas. Avaliam que as bases bolsonaristas
originais estão desencantadas e que o tenente não tem mais bala na agulha para
colocar as grandes massas na rua como sustentação popular.
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Os serviços de inteligência internos já concluíram
que hoje Bolsonaro perde apoio nas classes médias mobilizadoras e ganha apoio
nas periferias urbanas miseráveis e no Nordeste, por conta dos R$ 600 que estão
sendo distribuídos pela CEF. Por essas e várias outras razões, decidiram que
Bolsonaro só tem duas saídas: renunciar de maneira pacífica para evitar uma
cassação política ou sofrer um processo de impeachment com o Congresso tendo respaldo
das Forças Armadas.
Note-se que o ministro Barroso anunciou, no seu
discurso de posse como Presidente do TSE, que em três semanas vai colocar em
pauta o pedido de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão e isso não é do interesse
dos militares.
Ou seja, as Forças Armadas querem uma solução
pacífica e constitucional, elevando o General 4 Estrelas Antônio Hamilton
Martins Mourão (GCRB - GCMM - GCMD) como o legítimo presidente da República.
Ouvi coisas bem mais duras contra Bolsonaro, mas preferi não focar em ataques e
sim na essência política da questão: Bolsonaro não conta mais com o apoio da
maioria das Forças Armadas que agora vão agir dentro da lógica e da razão para
colocar o Brasil no caminho do entendimento nacional, dentro da Lei e da Ordem.
EM TEMPO DESTE BLOG: Há cerca de 40 anos existia uma música do cantor e compositor Marcos Valle intitulada: " Não confie em ninguém com mais de 30 anos". Hoje, creio que poderia ser atualizado para 20 anos. Bolsonaro foi expulso do Exército e sempre foi indisciplinado. Os filhos seguem o mesmo caminho. Donde se conclui que não tem como corrigir Bolsonaro e seu Clã. Portanto, foi um grande erro dos militares apoiarem Bolsonaro, por ser despreparado de cultura e emocionalmente, autoritário, amostrado, mal educado, insensível e de má índole. Continuo reivindicando que os militares que estão no governo, cerca de 3.000, deveriam desembarcar o mais breve possível. Agora durmam com essa bronca.
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