© Foto: Adriano Machado/Reuters |
CORREIO BRAZILIENSE - Renato Souza
O ministro Sérgio Moro, da Justiça, chegou ao seu
limite e pediu demissão ao presidente
Jair Bolsonaro nesta
quinta-feira (23/4). O motivo foi o anúncio feito pelo presidente de que deve
trocar o comando da Polícia
Federal. Bolsonaro tenta, agora, reverter o pedido de Moro.
O atual
diretor-geral, Maurício Valeixo, que tem o apoio do ministro, deve ser demitido
para dar lugar a um nome que tenha maior proximidade com Bolsonaro. Moro,
porém, vê na troca um ato extremo de desautorização, que ocorreria para
proteger aliados atualmente na mira da corporação.
A intenção de fazer
a troca ocorre em meio ao andamento de um inquérito, aberto pelo Supremo
Tribunal Federal (STF), a pedido do Procurador-geral da República, Augusto
Aras, que mira deputados bolsonaristas. Eles são suspeitos de atuar para
financiar e incentivar manifestações contra o Supremo e o Congresso.
As manifestações
foram convocadas em várias cidades para pedir um "novo AI-5". O próprio presidente participou de
um ato em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília.
Resistência da corporação
As tentativas de
trocar o diretor-geral da PF encontram resistência não só de Moro, mas também
de delegados e agentes. É consenso que, se concretizadas, enfraquecerão o
ministro da Justiça. Dentro da
corporação, a notícia da troca foi recebida como uma bomba por agentes e
delegados. Nem a Presidência nem o Ministério da Justiça se manifestaram
oficialmente sobre o caso, até o momento.
EM TEMPO: A cada dia que se passa o presidente Bolsonaro está ficando mais isolado, tendo que recorrer aos militares para suprirem sua deficiência. Afinal, o Bolsonaro quer aparelhar a PF para proteger os seus filhos e os seus aliados e amigos. Agora é a vez de Bolsonaro renunciar. Será? Agora durmam com essa bronca.
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