(Photo by Miguel SCHINCARIOL / AFP) |
Atestados de óbito de quatro das nove
vítimas que morreram no último fim de semana após uma desastrosa operação
policial em um baile funk na comunidade de Paraisópolis, na zona Sul de São
Paulo, apontam asfixia e trauma na medula como a causa do óbito. As informações
são do UOL, que teve acesso aos documentos.
De acordo com informações da polícia
civil, que realizou o registro da ocorrência baseado no relato da polícia
militar, os jovens morreram pisoteados ao final do Baile da DZ7, que é
realizado frequentemente nas ruas de uma das maiores comunidades da capital
paulista.
A análise dos quatro atestados de óbito indicam estas causas de morte:
- Uma morte por
"asfixia mecânica por 'enforcação indireta'"
- Uma por
"asfixia mecânica por sufocação indireta"
- Uma morte por
"trauma raquimedular por agente contudente"
- Uma morte ainda a
ser apurada
Família contesta
versão da PM
Para os familiares de algumas das
vítimas é estranho que não haja marcas características de pisoteamento como
grande feridas ou manchas de sangue.
Ao site Jornalistas Livres, os irmãos
de Denys Henrique Quirino da Silva, 16 anos, questionaram a versão da polícia.
Para justificarem suas dúvidas, eles exibiram a calça que a vítima usava no
momento da operação, que não tinha marcas de pisadas, mas estava suja apenas de
barro nos joelhos e na altura das nádegas.
Ver as imagens
Familiares exibem
calça de vítima morta após operação policial em Paraisópolis - Foto: Lucas
Martins/Jornalistas Livres
"Se passaram por cima do meu irmão, porque a
roupa dele está limpa assim?", pergunta um dos irmãos de Denys.
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