Redação Notícias, Yahoo
Bolsonaro declarou, nesta quarta, que possui um
'contato cordial' com Trump. (Foto: AP Photo/Manuel Balce Ceneta)
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta
quarta-feira (4) que não tem amizade com o presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, mas sim “um contato bastante cordial”. A declaração acontece um
dia depois de Trump anunciar o aumento nas taxas de importação do aço e
alumínio brasileiro, e acusar o Brasil de ter “aumentando artificialmente” o valor do dólar frente ao
real.
“Eu acredito
no Trump, não tenho uma idolatria por ninguém, tenho uma amizade. Não vou falar
amizade, não frequento a casa dele, mas temos um acordo com contato bastante
cordial”, disse. “Não tem decepção porque não bateu o martelo ainda. Não é porque um amigo meu falou grosso numa situação
qualquer que eu já vou dar as costas para ele”, acrescentou
Bolsonaro.
Apesar da declaração do presidente se distanciando
de Trump, o Yahoo Notícias reuniu ao menos sete momentos em que Bolsonaro
forçou a aproximação entre eles.
· * ‘ESTAMOS NOIVOS’
A primeira e mais evidente de todas foi quando
Bolsonaro disse, em tom de brincadeira, que está ‘noivo’ do
presidente dos Estados Unidos ao comentar sua relação com
Trump, em julho deste ano.
Na ocasião, o mandatário do Brasil citou a conversa
com Trump em sua visita ao G20, no Japão, e o convite que fez para que ele
viesse ao Brasil. “Estamos noivos, saindo por aí, conversando. Talvez ele, como
propus no Japão, venha aqui para a América do Sul. A gente vai reunir os
presidentes de Argentina, Paraguai, Chile, Peru, Colômbia, porque realmente,
pelo que eu sinto, temos um problema chamado Venezuela. Não tem data, não”,
afirmou Bolsonaro.
· * ‘I LOVE YOU’
Outro momento foi a declaração - literalmente - que
Bolsonaro fez a Trump quando se encontrou com o presidente dos EUA durante a
74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque, em
setembro. Segundo o colunista Lauro Jardim, de “O Globo”, o presidente
brasileiro teria dito “I love you”, mas
em resposta teria ouvido do presidente americano um frio “Bom te ver
novamente”.
· * CHÁ DE CADEIRA DE 1 HORA
Depois de discurso de pouco mais de 30 minutos,
Bolsonaro aguardou cerca de 1 hora para se encontrar com Trump. No entanto, o
encontro entre os dois foi extremamente breve. Quando Trump apareceu, deu
apenas 17 segundos a Bolsonaro, um aperto de mão, uma foto e um envio de
parabéns a seu filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). “Ótimo discurso”, disse Trump
ao presidente brasileiro, já logo o dispensando novamente. Trump não assistiu
presencialmente à fala de Bolsonaro, pois ficou em um saguão externo, dando
entrevistas.
· * MESMO HOTEL E ‘VÁCUO’
Um dia antes do famigerado “I love you” e da longa
espera, Trump e Bolsonaro ficaram no mesmo hotel em Nova York por 2 horas. O
presidente do Brasil chegou no local às 16h40, e o dos Estados Unidos saiu por
volta das 18h40. No entanto, os dois
não se encontraram – Trump só se reuniu com os líderes da Coreia do Sul e do
Egito.
· * CONVITE VIA MINISTRO
Ainda em setembro, o ministro das Relações
Exteriores, Ernesto Araújo, foi o porta-voz de Bolsonaro para convidar Trump
para uma visita ao Brasil, reforçando o chamado que já tinha feito em julho. O
convite de Bolsonaro, via Araújo, foi transmitido ao secretário de Estado dos
Estados Unidos, Mike Pompeo.
· * ASTRONAUTA NA FESTA DE
INDEPENDÊNCIA
Na celebração da
Independência dos EUA, no dia 4 de julho, Bolsonaro aproveitou
as comemorações e decidiu, em gesto incomum, ir pessoalmente à embaixada dos
Estados Unidos em Brasília. O ex-capitão do Exército participou de um coquetel,
foi a uma sessão de fotos e se vestiu de astronauta para o clique ao lado do
ministro — conhecido por ser o primeiro astronauta brasileiro.
Na festa da Independência dos EUA, Bolsonaro
compareceu à embaixada em Brasília e chegou a fazer foto com astronauta.
* ABANDONO DOS PRIVILÉGIOS DA OMC
Em troca do apoio ao Brasil na OCDE (Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), Trump exigiu pautas caras do
governo brasileiro, como a isenção de visto na entrada de americanos no país
(caso que não será correspondido) e a saída da posição privilegiada do Brasil
na OMC (Organização Mundial do Comércio), como país emergente.
A posição defende os interesses de países em
desenvolvimento em negociações com nações ricas, com sua saída a balança
comercial brasileira ficará desfavorável, disputando preços de produtos em
mercados mais consolidados. Bolsonaro acatou ambas as propostas.
EM TEMPO: Qual a razão dos militares apoiarem um Presidente tão submisso ao Donald Trump, Presidente dos EUA? Além do mais o Bolsonaro foi um militar indisciplinado (assim achava o ex-presidente e ditador Ernesto Geisel), expulso do exército e como político era do "Baixo Clero" (políticos despreparados que habitam no Congresso Nacional). Na realidade Bolsonaro e os filhos estão deslumbrados em serem fã do Trump e visitarem a Casa Branca. Somente as análises do psicanalista Freud, para explicar tamanha subserviência e loucura.
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