Mahila Ames de Lara
Fornecido por Poder360 Jornalismo e Comunicação S/S LTDA.
© Reprodução Uma das pautas do senador americano Brad
Hoylman é a defesa da comunidade LGBTQI
O senador
norte-americano Brad Hoylman, filiado ao Partido Democrata, criou 1
abaixo-assinado para pressionar o hotel Marriott Marquis a cancelar 1
jantar de gala em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro, organizado pela
Câmara de Comercio Brasil-Estados Unidos.
O documento foi
divulgado nesta 4ª feira (1º.mai.2019). Às 14h15 de 5ª (2.mai.2019), contava
com cerca de 3.990 assinaturas. O assunto chegou aos trending
topics do Twitter.
Em sua conta no
Twitter, o senador americano postou uma mensagem lembrando a frase de Bolsonaro
de que “preferia ter 1 filho morto do que 1 filho gay”.
“Jair Bolsonaro é
um homofóbico notório que uma vez disse que preferia seu filho morrer do que
ser 1 homem gay. O Marriott quer sediar 1 evento homenageando-o como
homem do ano. Isso é inaceitável”, escreveu.
O caso do jantar de Bolsonaro
A Câmara de
Comércio Brasil-EUA divulgou em 11 de fevereiro que
entregaria ao presidente Jair Bolsonaro o título de “Pessoa do Ano”. O jantar
está marcado para 14 de maio.
A organização do
evento é marcada por desistências e controvérsias. A princípio, a cerimônia
seria realizada no Museu Americano de História Natural de Nova York; a
instituição, no entanto, recusou-se a sediar a solenidade.
Em nota, declarou preocupação com os “objetivos declarados da atual
administração brasileira” e alegou que, quando o espaço havia sido
agendado, ainda não se sabia que Bolsonaro seria 1 dos homenageados.
Agora, o Mariott
também é pressionado a não participar.
A cerimônia também
perdeu o apoio de pelo menos 3 organizações: a
companhia aérea Delta, a consultoria Bain & Company e o jornal Financial
Times.
A carta de Hoylman
Eis a íntegra da
carta, traduzida para o português:
“Escrevemos como
cidadãos preocupados e aliados LGBTQ para pedir à Marriott e Host Hotels and
Resorts, proprietária do New York Marriott Marquis, que cancelem o Jantar de
Gala “Personalidade do Ano” da Câmara de Comércio de 2019 em homenagem ao
notório e homofóbico presidente brasileiro Jair Bolsonaro, programado para 14
de maio de 2019.
O presidente
Bolsonaro tem 1 histórico extremamente perturbador de intolerância, misoginia,
racismo e xenofobia. Entre outras coisas, ele disse uma vez que “seria incapaz
de amar 1 filho homossexual” e que preferiria que seu filho morresse a ser gay.
Além disso, o presidente Bolsonaro disse uma vez que uma deputada brasileira
“não vale a pena ser estuprada” porque “ela é muito feia”.
Dado o sórdido
histórico de comentários públicos do presidente Bolsonaro, é chocante que 1
negócio na cidade de Nova York abrigue 1 evento em apoio a ele. Estamos
profundamente preocupados com a mensagem que tal evento enviaria aos
nova-iorquinos, especialmente aos jovens LGBT, muitos dos quais estão lutando
com sua identidade e estão observando suas declarações contra eles serem
celebradas. Ao sediar este evento, a Marriott está dando ao presidente
Bolsonaro uma plataforma que recompensa seu comportamento ultrajante.
Não acreditamos que
a Marriott e a Host Hotels possam afirmar serem “cidadãos corporativos
responsáveis” ao obrigarem seus funcionários da Marriott Marquis a trabalhar em
1 evento que homenageie 1 fanático bem documentado. Essas corporações ainda têm
tempo para provar à comunidade LGBTQ e aos aliados nova-iorquinos que o ódio
não tem lugar nesta cidade e estado. Solicitamos à Marriott e à Host Hotels que
cancelem imediatamente a Gala de Personalidade do Ano de 2019 da Câmara de
Comércio Brasileiro-Americana no Marriott Marquis.”
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