O povo venezuelano enfrentou, nesse dia 30 de abril, uma tentativa de
golpe de Estado contra o governo constitucional e legitimamente eleito de
Nicolás Maduro. A ação, que incluiu a movimentação de grupos armados, bloqueios
de estradas e a convocação à população para ir às ruas contra Maduro, foi
liderada principalmente por Juán Guaidó – deputado autoproclamado presidente do
país – e Leopoldo López – um militante de ultradireita que estava em prisão
domiciliar por conta de outras ações golpistas realizadas recentemente, e
recebeu o apoio declarado e descarado do governo dos Estados Unidos.
Guaidó e
López representam grupos econômicos que lucram com a crise econômica, que fazem
contrabando e outros negócios escusos à custa do sofrimento dos trabalhadores.
Atuam de forma servil ao imperialismo e querem submeter o povo venezuelano aos
interesses dos Estados Unidos, não escondendo seu propósito de controlar as
reservas de petróleo do país e de fazer retroceder o processo bolivariano,
cujas características mais marcantes são a defesa da soberania nacional, o
compromisso em buscar atender as necessidades básicas das camadas mais pobres
da população e o incentivo à organização popular, com significativos avanços
nas condições de vida e nas conquistas de direitos civis e sociais obtidos nos
últimos 20 anos.
Os EUA e a grande
mídia mentem descaradamente ao dizer que na Venezuela se vive uma ditadura, sem
qualquer menção às dezenas de eleições livres promovidas nas duas últimas
décadas e à ampla liberdade de imprensa vigente, que permite inclusive a
manifestação da oposição. Tampouco fazem qualquer referência ao criminoso
bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos ao país, com sanções e confisco
de recursos e mercadorias essenciais à saúde e às necessidades da população.
Guaidó, López e
outros opositores tiveram liberdade de divulgar suas ideias na imprensa e de
reunir-se, mesmo atacando a paz e a segurança da população. Mas o vergonhoso
apoio político e econômico estadunidense à oposição a Maduro não é capaz de
fazer com que a direita obtenha respaldo do povo venezuelano, que se mantém
firme na defesa da soberania nacional. Daí que crescem as ameaças de Donald
Trump em recorrer à intervenção militar. Ao longo do dia, os golpistas foram
sendo desmascarados, com muitos militares declararando que haviam sido
enganados. A população foi massivamente para as ruas apoiar com decisão o
governo e denunciar os golpistas, muitos dos quais se esconderam em embaixadas
estrangeiras. A pronta resposta do governo Maduro e do povo mobilizado nas ruas
frustrou os planos da direita golpista, do imperialismo e dos governos da
região subservientes aos EUA, como os de Bolsonaro e Macri.
Em pronunciamento à
nação, Maduro declarou que a ação já está sendo investigada e que os golpistas
serão processados legalmente, como manda a Constituição. Os venezuelanos
reafirmaram firmemente, mais uma vez, sua opção pelo poder popular, pelo
desenvolvimento social, pela democracia. É hora de consolidar o regime, de
superar as dificuldades presentes e avançar no rumo da justiça e da igualdade
social.
Nesse primeiro de
maio, milhares de venezuelanos participaram de grandes manifestações em defesa
dos direitos dos trabalhadores, contra as tentativas de golpe da oposição e os
ataques do imperialismo e pelo aprofundamento das conquistas da Revolução
Bolivariana. O povo venezuelano é senhor de seu destino e saberá buscar as
melhores alternativas para superar a crise e os problemas de sua economia para
garantir um futuro próspero e soberano, avançando no caminho do Socialismo.
Não ao golpe de
Estado na Venezuela! Todo o apoio ao povo e ao governo da Venezuela! Todo
repúdio à tentativa de golpe e à ingerência do imperialismo norte-americano na
Venezuela!
Partido Comunista
Brasileiro
Comissão Política
Nacional
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