Da redação - VEJA
Prefeito de Nova Iorque, Bill de Blasio |
O prefeito de Nova
Iorque, Bill de Blasio,
comemorou o cancelamento da viagem do presidente Jair Bolsonaro à cidade, onde ele
receberia o prêmio Pessoa do Ano, promovido pela Câmara de Comércio
Brasil-Estados Unidos.
“Jair Bolsonaro
aprendeu do jeito difícil que nova-iorquinos não fecham os olhos para a
opressão. Nós expusemos sua intolerância. Ele correu. Não fiquei surpreso –
valentões geralmente não aguentam um soco. Seu ódio não é bem-vindo aqui”,
escreveu ele.
Em um segundo post,
Blasio continuou a crítica: “O ataque de Jair Bolsonaro a direitos LGBTQ e seus
planos destrutivos para o nosso planeta se refletem em líderes demais –
incluindo no nosso país. Todos devem se levantar, falar e lutar contra esse
ódio temerário”.
Na última
sexta-feira, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou por
meio de nota que Bolsonaro cancelou a ida aos EUA por causa dos protestos: “Em
face da resistência e dos ataques deliberados do prefeito de Nova Iorque e da
pressão de grupos de interesses sobre as instituições que organizam, patrocinam
e acolhem em suas instalações o evento anualmente, ficou caracterizada a
ideologização da atividade”, disse.
Mas este não foi o
único motivo. Conforme relevou o blog Radar On-line, de VEJA, a
gota d’água se deu quando Bolsonaro descobriu que o secretário de estado
americano, Mike Pompeo, não compareceria ao evento. Pompeo seria o homenageado
pelo lado dos Estados Unidos (todo ano um representante de cada lado é
escolhido). Ele, no entanto, recebeu de uma última hora uma missão de Donald
Trump na Rússia.
Em abril, Blasio já
havia ido ao Twitter para agradecer ao Museu de Nova Iorque por ter se recusado
a sediar o evento da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, onde a cerimônia
normalmente é realizada.
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