17 de abril de 2019
PCB de Goiás
Vivemos em tempos nos
quais defensores do movimento do Escola sem Partido têm criado um ambiente
hostil nas escolas e nas universidades.
Há uma intensa criminalização de
professores/as, assim como a tentativa de proibir a liberdade de expressão na
escolha do conteúdo dado em sala de aula, garantido pela Constituição
brasileira. As condições das escolas e das universidades já andam muito
difíceis e, além disso, os/as professores/as se veem obrigados a lidar com
própria a perda da vontade de lecionar e do sofrimento psíquico aliado a esse
clima de perseguição.
Não bastasse isso, o
governo Bolsonaro defende a militarização das escolas. Goiás tem sido um forte
exemplo a ser seguido. À primeira vista, pode parecer que a comunidade escolar
e universitária estaria mais segura com a presença da força policial,
entretanto, na prática, o que acontece é o contrário.
Um exemplo recente e
flagrante ocorreu no dia 15 de abril pela manhã no Campus do Instituto Federal
(IFE) em Águas Lindas/Goiás. A professora Camila Marques, militante da
Intersindical e da direção do SINASEFE, exercia suas atividades em sala de aula
quando percebeu que havia policiais agindo de forma truculenta com alunos.
Preocupada com a abordagem violenta, Camila começa a filmar a operação
policial, é impedida e levada presa sob alegação de desobediência aos policiais
juntamente com três alunos com atitudes ditas suspeitas.
Vamos pensar como
ficará o clima dentro do IFG de Águas Lindas depois do ocorrido. Normalmente,
os/as professores/as já são perseguidos/as por oferecem uma educação crítica
nas salas de aula. Agora eles/as devem se preocupar com a possibilidade de
serem presos/as pelo fato de defenderem os direitos mais básicos de seus/uas
alunos/as. As pautas bolsonaristas de criminalização dos/as professores/as e de
militarização das escolas procuram transformar esses espaços em locais onde
os/as filhos/as da classe trabalhadora aprendam, na verdade, a temer e a se
calar, em vez de entenderem o mundo em que vivem para transformá-lo.
Felizmente podemos contar
com a camarada e professora Camila Marques na trincheira de luta da educação!
O
Partido Comunista Brasileiro se solidariza com a luta da professora na certeza
de que superaremos tempos tão difíceis!
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