Folhapress Dia 20.03.2019
SÃO PAULO, SP
(FOLHAPRESS) - A avaliação positiva do governo de Jair Bolsonaro (PSL) na
Presidência caiu 15 pontos percentuais desde o começo do mandato. É o que
aponta levantamento do Ibope divulgado nesta quarta-feira (20).
De acordo com o instituto, 34% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro
ótimo ou bom -esse número era de 49% em janeiro e 39% em fevereiro. Ao mesmo
tempo, o percentual dos que avaliam o governo como ruim ou péssimo aumentou 13
pontos percentuais: de 11% em janeiro para 24% em março. Outros 34% consideram o
governo regular, enquanto 8% não sabem ou preferiram não responder à pesquisa.
O
Ibope fez 2.002 entrevistas nos dias 16, 17, 18 e 19 de março e a margem de
erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.A aprovação do
presidente também mostra declínio nos primeiros meses de mandato, de 67% em
janeiro para 57% em fevereiro e 51% em março. Já os que desaprovam o presidente
foram de 21% em janeiro para 38% em março. Em fevereiro o índice era de 31%. A
confiança do brasileiro no presidente, que era de 62% em janeiro, também sofreu
abalo. De acordo com o Ibope, ela caiu para 55% em fevereiro e chegou a 49% em
março.
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Já os que não confiam passaram de 30% para 44% de janeiro a março -em
fevereiro eram 38%.Considerando apenas o levantamento de março do Ibope,
Bolsonaro tem sua melhor avaliação (61%) entre os evangélicos e os moradores
das regiões Norte e Centro-Oeste.
Os entrevistados que moram no Nordeste e em
municípios com mais de 500 mil habitantes (53% em cada segmento) são os que
mais declaram não confiar no presidente.Os números do Ibope mostram ainda que a
avaliação Bolsonaro é a mais baixa em um princípio de governo em relação aos
últimos três presidentes (FHC, Lula e Dilma).
Considerando também o segundo
mandato, a avaliação do atual presidente só é superior às de início de segundo
mandato de FHC e Dilma.Antes de completar cem dias, o governo Bolsonaro
coleciona polêmicas e recuos e ainda não conseguiu consolidar uma base no
Congresso. Após a repercussão diante de um vídeo obsceno compartilhado nas
redes sociais por Bolsonaro no Carnaval, analistas do Planalto identificaram
perda de engajamento em torno do presidente.
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