Gilberto Dimenstein.
Em 30.01.2019
© Fornecido por Catraca Livre Portal e Comunicação Ltda
Principal texto selecionado hoje pelo Canal Meio é uma reportagem da revista Época, das Organizações Globo,
acusando a ministra da Família, Damares Alves, de sequestro infantil.
A nova edição da revista Época, que já está
publicada no app para iOS e Android, reconstrói a história de como a ministra
Damares Alves levou há 15 anos, de uma aldeia no Xingu, a menina que hoje
apresenta como sua filha adotiva, Lulu Kamayurá. A adoção nunca foi
formalizada.
Uma das pessoas ouvidas pelos repórteres Natália
Portinari e Vinícius Sassine é Tanumakaru, uma senhora octogenária e cega de um
olho, avó da menina e quem a criou até mais ou menos seis anos. Falando em
tupi, ela contou que Lulu nasceu frágil e com inúmeros problemas de saúde.
Era menininha ainda quando Márcia Suzuki, braço
direito da hoje ministra, se ofereceu para leva-la a um tratamento dentário.
“Chorei e Lulu estava chorando”, conta a avó. “Disse que ia mandar de volta.
Cadê?” Damares conta que salvou a menina de ser sacrificada. Segundo os índios,
ela foi levada na marra.
A ministra e Márcia são fundadoras de uma ong
chamada Atini, ligada à Igreja Metodista, e voltada para assistência da
população indígena. A capa, com um close da velha senhora, é forte e traz por
título ‘A branca levou a Lulu’.
Sem detalhes, parte da história de Lulu já havia
sido contada pela Folha. Segundo o jornal, adotar menores que alegam estar em
situação de risco é prática comum da ong e há uma investigação do MP em curso.
A Funai hoje está sob comando de Damares.
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